sábado, 5 de novembro de 2011

2° Guerra Mundial Parte 8 - A Guerra do Deserto

Olá Pessoal,

Nesse capitulo, vamos ver sobre a Guerra do Deserto que praticamente foi o inicio da entrada da Itália na guerra. O ditador italiano Benito Mussolini, ao ver que a França estava praticamente dominada pela Alemanha e a Inglaterra então estaria praticamente sozinha na guerra, viu a oportunidade perfeita para a entrada da Itália no teatro de guerra visando aumentar o território ultramarino italiano.

O que a Itália não contava é que mesmo com um exercito maior e mais bem equipado do que o britânico, sofreria tantas perdas para os ingleses do general Wavell. somente em 3 batalhas, foram feitos 115 mil prisioneiros italianos.

O situação só começou a mudar para o lado italiano, quando Hitler envia o general Erwin Rommel mais tarde conhecido como "Raposa do Deserto" para ajudar os italianos. O resto da história vocês podem conferir abaixo.

Boa Leitura,
Bruno Mingrone


A Guerra no Deserto (1940 - 1943)

Erwin Rommel
Na altura em que a batalha na França já podia ser considerada como oscilando decisivamente a favor de Hitler, a Itália entrou na guerra, conduzida por Benito Mussolini. Viu que a França logo cairia e que a Inglaterra seria, portanto deixada sozinha numa posição vulnerável - um momento ideal, pensou ele, para depô-la de sua posição no Mediterrâneo e na África e para aumentar as possessões ultramarinas da Itália.

Nessa altura, também, um pequeno exército britânico no Egito, comandada pelo General Sir Archibald Wavell, defrontou-se com uma força italiana na Cirenaica, comandada pelo Marechal Graziani, muitíssimo superior numericamente. Antes que Graziani tivesse tempo para organizar uma ofensiva, Wavell moveu-se no Egito num ataque-relâmpago que iria acarretar resultados de largo alcance num espaço de tempo bem curto - o tipo de ação, aliás, que iria caracterizar os oscilantes sucessos de ambas as partes na guerra do deserto. Movendo-se em direção à fronteira egípcia, as forças de ataque britânicas, inclusive a 7ª Divisão blindada, que ganharia o apelido de Ratos do Deserto, tomou o forte Capuzzo aos italianos em 14 de junho de 1940. Graziani reagiu contra a ameaça avançando para o leste a 13 de setembro e estabelecendo uma cadeia de acampamentos em torno de Sidi Barrani, contra quais Wavell ordenou ao general O’Connor que investisse. A 7 de dezembro começaram os ataques britânicos aos acampamentos, com os tanques Matilda do 7º Regimento Real de Tanques na vanguarda, e em três dias os italianos estavam debandando, sendo aprisionados 40.000 deles. Esse sucesso retumbante foi seguido pela captura da fortaleza italiana de Bardia, no litoral, onde 45.000 italianos foram aprisionados, e, mais tarde, por uma investida para o oeste, que culminou com a captura do porto-chave de Tobruk, a 21 de janeiro de 1941, e de mais de 30.000 prisioneiros. Durante toda a campanha, os tanques Matilda desempenharam um papel crucial.

Enquanto isso, O’Connor estava necessitando desesperadamente de reforços e novo equipamento, mas a mente de Churchill estava fixada no envio de tropas para ajudar os países balcânicos a resistir contra a Itália e Alemanha, e os reforços foram negados. Entretanto, O’Connor recebeu permissão para avançar para oeste, com a finalidade de tomar o porto de Benghazi. À medida que o avanço prosseguiu, o reconhecimento de terreno revelou que os italianos estavam se aprontando para partir de Benghazi rumo a El Agheila, pela estrada litorânea, e apesar de seus recursos exauridos, O’Connor audaciosamente resolveu tentar separá-los avançando para o interior e interceptando-os quando contornassem o promontório. Os Ratos do Deserto investiram através do deserto. Tomaram posição em Beda Fomm, e em  6 de fevereiro os italianos em retirada foram desbaratados, 20.000 deles caindo prisioneiros.

Com as forças italianas em confusão, as perspectivas de finalmente expulsá-los da África do Norte por meio de um avanço sobre Trípoli eram excelentes, mas Churchill, ainda convencido de que os conflitos nos Bálcãs era de maior importância, ordenou que seus homens fizessem alto. O fato seguinte, funesto para os ingleses, foi a chegada do General Erwin Rommel, mais tarde conhecido como “Raposa do Deserto”, para apoiar as forças italianas na Líbia. Chegou a 12 de fevereiro e sua presença se revelou tão decisiva que, pela metade de abril, a força britânica toda, com exceção da guarnição retida em Tobruk, fora empurrada para trás, de volta à fronteira egípcia. Vendo que o avanço inglês fora detido, Rommel decidiu, ainda que dispondo de forças bastante inadequadas, tomar a ofensiva. Rapidamente retomou a garganta de El Agheila e tocou para Benghazi, que também retomou. Em 14 de abril assediou Tobruk, que foi corajosamente defendida pela 9a Divisão australiana, comandada pelo General Leslie Morshead; não conseguiu atravessar as defesas e, na terceira semana de maio, o cerco foi levantado.

Então planejou avançar sobre o Egito, mas seus pedidos de reforços foram negados porque Hitler estava dando prioridade à invasão da Rússia. O resultado foi que a Alemanha perdeu uma oportunidade perfeita de conseguir uma vitória decisiva e expulsar a Inglaterra da África do Norte.


Mapa com as posições das tropas do Eixo e dos aliados em Al Alamein

Havia pouco tempo, porém, para uma mudança de opinião, pois Wavell acabava de receber o auxílio por que esperava tanto tempo. Com suas ambições balcânicas frustradas, Churchill enviou um comboio à África do Norte através do perigoso Mediterrâneo, conduzindo um grande carregamento de novos tanques. Quando chegaram, organizou-se um contra-ataque britânico. A 13 de maio Wavell desencadeou a Operação Brevidade, destinada a reunir-se à guarnição sitiada de Tobruk e socorrê-la. Não teve êxito, e no final do mês os ingleses estavam de volta ao Egito mais uma vez. Depois, na metade de junho, ocorreu a Operação Arpão, uma tentativa de peso para recuperar a iniciativa, mas no decorrer da campanha os ingleses perderam 91 tanques contra doze alemães, e também esta operação fracassou.

Churchill agora estava totalmente resolvido a vencer a campanha do deserto, e despejou homens e equipamentos na região. Wavell foi substituído pelo General Sir Claude Auchinleck, e prepararam-se planos para a ofensiva seguinte, a Operação Cruzada, que foi desencadeada na metade de novembro. Compreendia um movimento duplo: uma força deveria se ocupar das tropas de fronteira de Rommel; a outra, contornar-lhe o flanco, destruir os blindados, e avançar sobre Tobruk. Em suas tentativas de abater os blindados altamente móveis de Rommel, a força de contornamento se dispersou, mas conseguiu atingir Sidi Rezegh, 20 km a sudoeste do perímetro de defesa de Tobruk. Aqui ocorreu uma importante batalha de tanques, que resultou na vitória de Rommel, embora com o sacrifício de setenta preciosos tanques. Enquanto os ingleses se recuperavam do impacto, Rommel atacou repentinamente pela retaguarda, visando a cortar as comunicações dos adversários. Moveu-se velozmente em direção à fronteira egípcia, mas o ataque perdeu grande parte da sua potência devido à dificuldade de comunicações e à deficiência de combustível, e Rommel acabou fazendo meia volta. Os ingleses em seguida manobraram para investir rumo a Tobruk, e Rommel recuou para a garganta de El Agheila,  chegando lá em janeiro de 1942.

Uma vez em El Agheila, recebeu novos tanques e equipamento, e a 21 de janeiro moveu-se para leste novamente, tomando Benghazi e logo alcançando os limites de Gazala, 80 km a oeste de Tobruk. Depois de uma luta feroz, a fortaleza britânica em Gazala caiu, e Rommel rumou para Tobruk, que tomou em junho, junto com 35.000 prisioneiros e grande quantidade de valiosas provisões. Para os ingleses isso representou um desastre que perdeu apenas para a capitulação de Cingapura, ainda mais que logo se viram em plena retirada para o Egito, com Rommel em furiosa perseguição. Nessa precipitada corrida para leste, Rommel cruzou a fronteira egípcia e empurrou os ingleses até uma distância de apenas 100 km de Alexandria.

Aqui, em El Alamein, os ingleses contra-atacaram. As tropas de Rommel estavam cansadas, suas provisões, terminando, e seus tanques, reduzidos em número, mas o ataque britânico não foi de porte suficiente para transformar o avanço alemão em retirada. Entretanto, a vantagem acabou ficando com os ingleses, pois embora suas perdas quase se igualassem às de Rommel, podiam arcar com elas, enquanto ele não - e o avanço foi realmente detido.

No começo de agosto de 1942, o General Bernard Montgomery voou para substituir Auchinleck. Resolveu não empreender qualquer ação ofensiva até ter tempo de organizar uma força para uma vitória decisiva, mas a 30 de agosto Rommel, agora contando com reforços, atacou a posição britânica na cordilheira de Alan Halfa. Foi incapaz de fazer o avanço que planejara e finalmente foi forçado a recuar, devido à deficiência de combustível. Montgomery resolver não dar seguimento a uma tentativa de golpe de misericórdia, preferindo continuar seus preparativos para uma ofensiva posterior, mas a Batalha de Alan Halfa, que fôra bem conduzida e de bom desempenho, representou para os ingleses um grande reforço de autoridade, enquanto finalmente tirava a iniciativa a Rommel à força.

Em 23 de outubro, Montgomery estava pronto, e a Segunda Batalha de El Alamein começou. Rommel estava doente e suas forças eram numericamente bem inferiores, tanto em terra quanto no ar. A batalha abriu com um maciço fogo de barragem combinado com bombardeio às posições do Eixo, mas a primeira investida britânica, a Operação Carga, foi bloqueada, e Montgomery pôs em ação a Operação Supercarga, um ataque de front limitado desferido contra a fraca divisão italiana de Trento, no centro, que pegou Rommel de surpresa. A 4 de novembro as defesas do Eixo foram rompidas e Rommel começou a recuar. Embora Montgomery tenha saído em seu encalço, as tropas de Rommel escaparam e logo estavam de volta à garganta de El Agheila.

A campanha da África do Norte entrava agora em nova fase, a final. A vitória inglesa em El Alamein fôra decisiva, e Rommel viu que dali em diante não poderia fazer outra coisa senão tentar conter o avanço britânico por tanto tempo quanto possível. Juntando-se a essa pressão do leste, ele agora tinha que fazer frente a uma ameaça do oeste, pois tropas britânicas e americanas haviam desembarcado no Marrocos e na Argélia a 8 de novembro, no primeiro estágio da Operação Tocha.


Durante toda a campanha russa, Stalin fizera pressão para que Churchill e Roosevelt abrissem um segundo front e assim desviassem pelo menos uma parte da atenção e do esforço alemães do front russo. Depois de algumas discussões, duas possibilidades vieram à tona: uma invasão na Normandia, que era o que Roosevelt preferia fazer; e desembarques na África do Norte, pelo que Churchill optava. Escolheu-se a primeira possibilidade, mas quando Rommel irrompeu no Egito no meio de 1942, Churchill conseguiu convencer Roosevelt das sérias implicações da ameaça de Rommel ao Canal de Suez, e elaboraram-se então planos para desembarques na África do Norte, sob o codinome de Operação Tocha.

O desembarque ocorreu em Casablanca, Orã e Argel. A resistência das forças francesas de Vichy foi superada ou evitada, mas isso retardou o começo das operações na Tunísia por tempo suficiente para que as tropas do Eixo na região fizessem movimentos ofensivos bem sucedidos e estabelecessem excelentes posições defensivas contra os assaltos aliados do leste e oeste. Os Aliados não queriam prosseguir antes de se reforçarem completamente, mas quando chegou dezembro eles viram que as forças do Eixo tinham sido consideravelmente aumentadas, e isso, junto com o começo do mau tempo, atrasou o avanço na Tunísia até fevereiro de 1943.

Rommel, cujos homens estavam guardando os acessos a leste, percebeu que, se os alemães não tomassem a ação ofensiva, as tropas aliadas logo os encurralariam, sem esperanças,  pelos dois lados, e imediatamente pleiteou uma ofensiva a oeste, onde os Aliados eram mais fracos. Mas o comandante alemão a oeste, General von Arnim, fez um ataque muito tímido, que não conseguiu deter o avanço inimigo, e Rommel foi forçado a correr em seu auxílio. Estava começando a fazer algum progresso contra o adversário (tomando o passo de Kasserine), quando teve que correr para leste a fim de desviar uma ameaça de apoio por parte das tropas de Montgomery. Chegou tarde demais, porém, e gradualmente os exércitos do Eixo foram empurrados de ambos os lados para o norte da Tunísia. Hitler recusou-se a sancionar uma evacuação ao estilo de Dunquerque, e a 12 de maio de 1943 todas as tropas do Eixo capitularam. A guerra na África do Norte tinha chegado ao fim. Mussolini fracassara totalmente na obtenção dos territórios que tanto cobiçara no começo; Churchill, enviando reforços em 1941, para impulsionar a Operação Cruzada, fizera isso às custas da força britânica no Extremo Oriente, contribuindo indiretamente, talvez, para o desastroso colapso da resistência britânica em Cingapura; e Hitler, enviando vastos reforços a seus exércitos combatendo na Tunísia, e deixando de evacuá-los antes que fosse tarde demais, fez com que a Sicília e a península italiana ficassem desprovidas de tropas para repelir os desembarque aliados, oferecendo condições para o primeiro estágio da conquista da Europa pelos Aliados.

Fonte; www.segundaguerramundial.com.br

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