quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Os Atores de Chaves - Angeline Fernández (Bruxa do 71)

"A Bruxa do 71"

Vocês sabiam que a nossa tão querida Bruxa do 71 não era mexicana? Pois é! Ela nasceu na cidade de Madrid, na Espanha. Angelines Fernández, contrária à ditadura do general Franco, teve que fugir de seu país em 1947. Tentou emigrar para o México, mas primeiramente não obteve sucesso e acabou vendo-se obrigada a mudar de planos, refugiando-se em Cuba.

Depois de uma temporada teatral na ilha do Caribe, regressou ao México em 1950 para se tornar uma das divas do cinema daquele país. Também brilhou no Teatro Arbeú, além de atuar em teleteatros e radionovelas. Chegou a trabalhar nos filmes dos comediantes mexicanos Cantinflas e Arturo de Córdovas, tanto em dramas como em comédias (comprovando sua versatilidade). Eis alguns títulos que contaram com sua participação: "Misterios de la magia negra" (em 1957), "Mi niño, mi caballo y yo" (em 1958), "El esqueleto de la señora Morales" (em 1959), "El Padrecito" (em 1964), "Estrategia matrimonial" (em 1966), "Despedida de casada" (em 1967), "Corona de lágrimas" (em 1968), "Oye Salomé!" (em 1978), "El Chanfle" (em 1978), "El Chanfle 2" (em 1981), "Charrito" (em 1983), "Bella entre las flores" (em 1990).

Mas a personagem que a consagrou foi mesmo a Dona Clotilde, que interpretou brilhantemente por mais de 23 anos. Angelines procurou se dedicar o máximo a personagem para satisfazer Chespirito, o que ocasionou a sua grande atuação na série. Antes de Angelines ganhar o papel, ela pedira a Ramón Valdez, o Seu Madruga, para conversar com Roberto Gómez Bolaños com o intuito deste sondá-la a participar de seus programas. Era o início de uma grande parceria.

O engraçado era que as crianças tinham medo de Angelines, pois achavam que ela era realmente uma bruxa. E, no começo, ela ficava irritada com isso, mas depois começou a aceitar e até mesmo a achar engraçado. A melhor amiga de Angelines foi María Antonieta de las Nieves, a Chiquinha. Ramón Valdez também foi um grande confidente (quem sabe não rolou um affair?). Ela teve escassas participações nos episódios do Chapolin.


Por incrível que pareça, Angelines Fernández foi considerada uma das mulheres mais belas do México em sua juventude (anos 40 e 50). E, por ironia do destino, sua principal personagem tinha como característica maior ser muito feia.

A causa do falecimento de Angelines foi um enfarte causado pelo seu câncer no pulmão, cultivado devido ao fumo em excesso - assim como Ramón Valdéz. A atriz deixou sua filha única e duas netas. Seu corpo descansa em Mausoleos del Ángel, no México.


Fonte: http://www.portaldochaves.com.br/

domingo, 16 de janeiro de 2011

Os Atores de Chaves - Edgar Vivar (Sr. Barriga)

O Dono da Vila
 
Edgar Vivar
Natural da Cidade do México, Edgar Vivar iniciou a carreira em 1964 no Centro Universitário de Teatro e entre as obras em que trabalhou estão "Marcelino pan y vino" e "En Roma el amor es broma". Ao todo, participou de mais de 40 peças. Depois participou do musical "Luisa Fernanda", espetáculo no qual o ator fez uma turnê por Miami, Boston e outros lugares dos Estados Unidos. Em 1970, foi convidado por Roberto Gómez Bolaños para participar de seus seriados. Além de ator, Edgar Vivar é formado em Medicina, profissão que chegou a exercer por dois anos.

Apesar de ser conhecido como um ator cômico, Vivar também atuou em novelas como "Alguna vez tendremos alas", produzida por Florinda Meza em 1997, e "Amarte Así". No cinema, participou de filmes como: "¿No Oyes Ladrar los Perros?", "En el Cine" , "El Chanfle", "El Chanfle 2", "Don Ratón y Don Ratero" e a produção estrangeira "In and Out".

Assim como a maioria dos ex-atores das séries, Edgar tinha um circo, que se chamava "Circo de Noño y el Señor Barriga". Nas turnês que realizou, fazia algo no mínimo curioso: interpretava o Nhonho e o Seu Barriga, e contracenava numa vila montada no próprio circo com atores covers.

Edgar Vivar despediu-se dos personagens num programa realizado na TVN do Chile, em 15 de setembro de 2002, onde participou de um episódio recriado, com outros atores interpretando os personagens Chaves, Chiquinha, Quico, Seu Madruga e Dona Florinda.

Nos últimos anos, Edgar teve vários problemas cardíacos e pulmonares devido a seus 134 quilos e chegou a ficar seis meses internado numa UTI. É divorciado e pai de dois filhos. Recentemente, fez uma cirurgia para redução de estômago.

Edgar Vivar esteve no Brasil em setembro de 2003 e concedeu entrevista a Sônia Abrão no programa Falando Francamente. Na entrevista, o ator deixou claro que nunca fora amigo de Carlos Villagrán e que era contra a briga de Chespirito e María Antonieta de las Nieves, alegando que a mídia mexicana espetacularizava demais o conflito.

Atualmente residindo na Argentina, ainda assim mantém-se muito ativo. Em 2005, fez a novela mexicana "Amarte así", protagonizou um filme espanhol chamado "El Orfanato", fez uma participação especial em "Bandidas", estrelado por Penélope Cruz e Salma Hayek e atuou em um episódio da série norte-americana "Tempo Final".

Fonte: http://www.portaldochaves.com.br/

sábado, 15 de janeiro de 2011

Os Atores de Chaves - Carlos Villagrán (Kiko)

O Kiko                          

Carlos Villagrán

Carlos Villagrán nasceu na Colônia Nativista, em Queretaro, México. Veio de uma família muito pobre. A casa onde viveu com seus pais e irmãos era tão humilde que não tinha nem colchão para dormir. Devido a essas duras dificuldades que a vida lhe impôs, teve que começar a trabalhar muito cedo, ainda na infância.

Aos 23 anos, começou a trabalhar como fotógrafo profissional. Chegou a atuar em alguns dos jornais mais bem conceituados do México. Mas seu sonho mesmo era ser comediante... ou jogador de futebol.

O convite para trabalhar junto a Chespirito e todo o elenco das séries veio graças a Rubén Aguirre, que apresentou Carlos para Roberto Bolaños, que já o havia visto em cena numa obra teatral.
O ator é conhecido como Pirolo, pois antes de atuar em Chaves, tinha um personagem com esse nome. Carlos Villagrán interpretou hilários vilões na série Chapolin e, claro, se consagrou com o Quico, o bochechudo mimado e tonto filho de Dona Florinda. Inclusive chegou a gravar um disco em 1976.

No fim de 1978, Villagrán deixa o elenco de Chaves para trabalhar na Venezuela. Lá fez os programas "Federrico", "O circo de monsieur Cachetón" e "Kiko botones", que não fizeram muito sucesso. No México, em 1988, gravou "Ah que Kiko", seu último trabalho na televisão.

Villagrán diz que deixou o elenco de Chaves e Chapolin alegando que seu personagem Quico estava ganhando muita popularidade, sendo assim constantemente convidado para gravar discos e comerciais. Por isso, teriam querido diminuir sua participação nos seriados, o que acabou não aceitando. Essa é a versão de Villagrán. Numa entrevista, Chespirito disse que Carlos Villagrán o falou que queria tentar carreira solo e Bolaños disse que tudo bem, mas que se ele quisesse voltar à série Chaves, todos o receberiam de braços abertos. Embora, segundo os demais atores do seriado, o convívio com Villagrán estivesse insuportável devido a sua arrogância e prepotência. Carlos Villagrán já teve um caso com Florinda Meza antes de esta se casar com Chespirito. Ficou por mais de vinte anos sem ver ou falar com Roberto Bolaños, até que ambos se encontraram num especial da Televisa em homenagem ao comediante, no dia 1º de abril de 2000. 


Kiko

Atualmente, Carlos vive na Argentina e tem um circo chamado El Circo de Kiko, que, inclusive, já veio ao Brasil em meados da década de 90. Neste período, o ator concedeu entrevistas para Serginho Groisman no "Programa Livre" e para Jô Soares no "Jô Soares Onze e Meia". Ele esteve em Foz de Iguaçu em setembro de 2003. É casado e tem seis filhos: Paula, Sylvia, Samantha, Edson, Gustavo e Vanessa. Recentemente, voltou a aparecer nos noticiários ao denunciar um hospital por não ter fornecido os cuidados necessários para salvar a vida de sua netinha pequena, que acabou falecendo.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Os Atores de Chaves - Roberto Gomez Bolaños (Chaves)

O Eterno Chaves


Escritor, publicitário, desenhista, ator, diretor, produtor, comediante, compositor, dramaturgo e pai de seis filhos. Este é o polivalente Roberto Gómez Bolaños, o Chespirito, nascido a 21 de fevereiro de 1929, na Cidade do México e filho da dona-de-casa e secretária Elsa Bolaños com o pintor, desenhista e ilustrador de diversos jornais Francisco Gómez Liñares (responsável pela capa de importantes revistas de sua época, como "O Universal Ilustrado" e "Continental"). Com a morte precoce do marido, D. Elsa se viu na responsabilidade de sustentar os três filhos. Uma tarefa difícil, como descreve Chespirito em seu livro "Sin Querer Queriendo – Memorias". Também sobrinho do ex-presidente do México, Gustavo Díaz Ordaz Bolaños, Chespirito começou sua vida estudando Engenharia Mecânica na Faculdade de Engenheiros da Universidade Nacional Autônoma do México. Até formou-se, mas descobriu que seu talento estava concentrado em Letras. Já com 22 anos, em 1951, foi redator publicitário da empresa D'Arcy. Especializou-se a escrever roteiros, redigindo primeiramente para o rádio... e depois, pra TV.

Sua grande criatividade e maestria no ofício de roteirista chamou a atenção dos humoristas Viruta e Capulina, que convidaram Bolaños para escrever o roteiro de seus shows, entre eles o consagrado "Cómicos y Canciones". O sucesso foi imediato e os patrocinadores adoraram o humor rico e sagaz do jovem. Chespirito escreveu "Cómicos y Canciones" por dez anos e também "El Estudio de Pedro Vargas". Estes dois humorísticos, por cinco anos, disputaram a liderança de audiência da TV mexicana (de 1960 a 1965). Em 1966, o consagrado Mario Moreno "Cantinflas" elegeu os roteiros de Bolaños para uma série que se chamaria "El Estudio de Cantinflas", porém o patrocinador cancelou o projeto.

Sua estréia como ator ocorreu por acaso. Em 1958, como o autor de "Cómicos y Canciones" e por saber o texto, substituiu um ator que havia faltado. A partir daí, não parou mais. Em 1968, Chespirito foi contratado pela TV Tim, com 30 minutos da programação de sábado. Então, como ator e escritor, estrelou suas duas novas séries: "Los Supergenios de la Mesa Cuadrada" e "El Ciudadano Gómez"

Se lhe fizerem a seguinte pergunta: quem surgiu primeiro, Chaves ou Professor Girafales? O que você responderia? Certamente erraria, pois a resposta correta é a segunda opção. Isso mesmo. Foi o Professor Girafales. O personagem nasceu no primeiro programa que Chespirito teve na TV Tim, "Os Super Gênios da Mesa Quadrada", de 1970. Nesse programa, que lembrava um telejornal, María Antonieta de las Nieves lia as notícias do dia, que eram comentadas por dois conhecidos nossos: o doutor Chespirito Chapatin e o Professor Rubén Aguirre Girafales, além de Ramón Valdez Tirado ao Anis, um intelectual entregue às bebidas. Só que as notícias lidas eram reais, e as pessoas das quais os Super Gênios tiravam sarro eram reais... era um estilo de humor bem diferente do habitual de Chespirito, ele era semelhante ao nosso "Casseta e Planeta Urgente". Eles também liam cartas inexistentes e davam respostas absurdas às mesmas. O programa até que deu certo, só que Chespirito não gostava muito dele (talvez por medo da reação das pessoas enfocadas), e criou outro, meses depois, chamado "Chaves", que deu mais certo ainda... Mesmo sendo um programa datado, "Os Super Gênios" chegou a ser bastante exibido e reprisado no exterior. Aqui no Brasil infelizmente o programa nunca foi exibido. O Professor Girafales, no seriado "Chaves", se chama Inocêncio Girafales.

Em 1970, já com sua programação aumentada para uma hora na segunda-feira às 20 horas, a série passou a ser chamada de "Chespirito" e tinha quadros variados no qual Chapolin Colorado ("El Chapulín Colorado") fora apresentado, sendo que um ano depois também foi criada a série Chaves ("El Chavo Del Ocho"). Estes duas sketchs se destacaram tanto que tiveram meia hora de duração em um dia da semana, alternando as séries a cada dia. A partir de 1973, "El Chavo Del Ocho" e "El Chapulín Colorado" deixaram de ser quadros para se tornarem seriados. A Televisa, que comprara a TV Tim, passaria a produzir os programas.

As séries estouraram na TV mexicana e passaram a ser transmitidas internacionalmente por outras emissoras em quase toda a América Latina. No México, o sucesso era tanto que, em 1975, a série chegou dar picos de audiência entre 55 e 60 pontos. Já com o sucesso nas mãos, Chespirito em 1978 fez, escreveu e atuou no filme "El Chanfle", batendo todos os recordes de bilheteria existentes naquela época. Outros sucessos dele no cinema: "El Chanfle II" (1980), "Don Ratón y Don Ratero" (1983), "Charrito" (1985) e "Musica de Viento" (1988).

A partir de 1980, preencheu com o programa "Chespirito" (no Brasil, Clube do Chaves) uma hora de duração todas as segundas-feiras às 20 horas. As séries foram gravadas até 1995. Fora os personagens Chaves e Chapolin, Chespirito fez o Dr. Chapatin, Pancada Bonaparte (Chaparrón) e Chaveco (Chompiras). A série foi sucesso total, tanto que até teve seus produtos como discos, bonecos, lancheiras, brinquedos em geral, fitas de vídeo... Em 1996, se reiniciam as transmissões de seu programa, com renovado sucesso. Hoje, ela é transmitida para mais de 30 países, com dublagem original e também em outros idiomas (que é o caso do Brasil).

Chespirito também fez shows, os chamados "Show de Chespirito" e "La Quinta Vergara". Lotaram estádios de futebol, auditórios como o Luna Park em Buenos Aires e o Madison Square Garden na cidade de Nova York. A lotação destes shows chegaram até 80 mil pessoas em apresentações entre os anos de 1977 a 1983. O Chile viu barreiras de audiência serem quebradas, a Colômbia concedeu cidadania aos atores... Inclusive, numa viagem a este país, um pequeno engraxate colombiano, ao ver Roberto Gómez Bolaños sentado no mesmo ônibus em que estava, juntou seus trocados e entregou-os a Chespirito, dizendo: "Toma, Chaves! Agora você pode comprar o seu sanduíche de presunto". Ele, para não acabar com a fantasia do menino, aceitou as moedas.

Após um breve cancelamento, em 2000, as séries voltaram a passar na Televisa e preenche três horários por dia, de manhã, de tarde e de noite com altíssima audiência, certamente a maior do México. No dia 1º de abril daquele mesmo ano, devido ao 30° aniversário do programa "Chespirito", a Televisa lhe oferece uma merecida homenagem transmitida durante o dia inteiro pelo Canal 2 ("El Canal de las Estrellas"), na qual todo o elenco se reúne - inclusive Carlos Villagrán, que não o via há mais de vinte anos na ocasião. Ainda em 2000, decide dar seu apoio à candidatura de Vicente Fox, apesar de ter-se mantido sempre afastado da política, pois sua influência na alma e no coração dos mexicanos representa uma grande responsabilidade. Hoje, mantendo-se ainda apolítico (e sobretudo, apartidario), felicita-se por ter "posto um grão de areia na mudança para um México mais democrático".

Ele é muito homenageado, tem seis filhos (do primeiro casamento) e 12 netos e seu braço direito é a atual esposa Florinda Meza, a Dona Florinda, por quem se apaixonou definitivamente durante uma viagem ao Chile em 1977. A união só seria oficializada, porém, 27 anos depois em novembro de 2004, num restaurante da Cidade do México. Seu apelido Chespirito foi dado pelo diretor de cinema Agustín P. Delgado, considerando Roberto Gómez Bolaños um pequeno Shakespeare com estatura de 1m60cm (e "Chespirito" é uma espécie de diminutivo de Shakespeare em espanhol). Delgado assimilou a sua formidável capacidade de escrever, tanto em teatro, cinema e TV, comparando-o ao escritor inglês. Calcula-se que, em 43 anos de carreira, Chespirito escreveu 60.000 folhas, 2.400.000 linhas e, aproximadamente, 168.000.000 letras.

Roberto Gómez Bolaños, que encenou por sete anos ininterruptos a peça teatral "11 y 12" (que voltou a estar em cartaz em 2007), é diretor da Televicine, empresa de cinema da Televisa, dando importante impulso à indústria de cinema mexicano que vinha sofrendo uma penosa decadência. Lançou recentemente, dois livros: "...Y Tambíén Poemas" (com poesias de sua autoria) e "Sin Querer Queriendo - Memorias" (autobiografia). Seu maior sucesso literário é "El Diario del Chavo del Ocho" (1995), lançado no Brasil em 2006 com o título de "O Diário do Chaves". Chespirito, que procura tocar um hobby que sempre sonhou - nada relacionado com os seriados que o consagrou - de escrever contos eróticos, atualmente sofre com problemas de saúde, pois perdeu a audição do lado esquerdo e luta contra um enfisema pulmonar, resultante de 40 anos em que foi fumante. Em 2007, Chespirito viu seu nome e o de "El Chavo del Ocho" no Guinness Book 2007 como o único programa a alcançar, pelo menos uma vez, a liderança de audiência em todos os países que foi transmitido.

Em constante evolução, trabalhando incessantemente e crescendo sem limites, Roberto Gómez Bolaños tem como seu maior objetivo ser feliz, fazendo felizes as outras pessoas... e certamente o conseguiu, com grande êxito.


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Os Atores de Chaves - Ramón Valdés (Seu Madruga)

Olá Pessoal,

Hoje vamos contar a história dos atores de Chaves. E nada como começar com Ramon Valdes, o eterno e saudoso Seu Madruga.
É o meu personagem preferido e acho que é o preferido da grande maioria dos fãs de Chaves. Inseri até um vídeo do episódio O Casamento do Seu Madruga, que não passou no Brasil.

É isso ae pessoal leiam, matem as saudades e se divirtam!
Bruno Mingrone

Ramón Valdés (Seu Madruga)


Seu Madruga

Muito querido pela absoluta maioria dos fãs das séries Chaves e Chapolin, Ramón Valdéz interpretava o Seu Madruga com todo aquele seu carisma único e contagiante. Ele nasceu na Cidade do México e faleceu devido ao câncer pulmonar, já que fumava em demasia. A princípio, o câncer havia atingido o estômago, mas de tanto que fumava, espalhou-se até o pulmão. O saudoso Don Ramón (nome original de seu personagem) foi casado três vezes e teve aproximadamente dez filhos. A cantora Aracely Julián foi uma de suas esposas.

Com dois anos de idade, foi morar com seu pai na cidade de Juárez. Antes de trabalhar com Chespirito, atuou em vários filmes junto com seu irmão Germán "Tin-Tan" Valdéz, um dos mais renomados comediantes do México. Também tinha outro irmão consagrado na comédia: Manuel "El Loco" Valdéz. Alguns dos filmes de que Ramón Valdéz participou foram: "Calabacitas tiernas" (1948), "El rey del barrio" (1949), "Soy Charro de Levita" (1949), "La marca del Zorrillo" (1950), "Fuerte, audaz y valiente" (1960) e "El capitán Mantarraya" (1969). Ramón foi um veterano em cinema, atuando em quase 50 filmes. Também trabalhou em "Sabados de la Fortuna" no Canal 8, e em novelas, como "Lupita" (exibida no Brasil pelo SBT em 1985).

Ramón conheceu Chespirito em uma película onde trabalharam juntos, fazendo um papel pequeno. Trabalhou em "Los Supergenios de la Mesa Cuadrada", onde interpretou "El ingeniebrio Don Juan Ramon Valdez y tirado al anis", um intelectual entregue às bebidas. Mas se fez mundialmente conhecido ao atuar na série "El Chavo del Ocho", onde fazia o Seu Madruga com uma incomparável e singular forma de interpretar seu personagem. Ramón já conhecia Angelines Fernandez do cinema e se tornaram muito amigos.

Segundo alguns conhecidos, Ramón era parecido com seu personagem por sua forma simples de se vestir no dia-a-dia idêntica a do Seu Madruga e também devido às tantas frases ditas pelo pai da Chiquinha na série que, por sinal, faziam parte de seu vocabulário cotidiano. O intérprete do Professor Girafales, Rubén Aguirre, alega que Chespirito, ao ajudar Ramón a compor o personagem, teria dito a ele: "Seja você mesmo!".

No ano de 1979, Ramón Valdéz deixou o elenco do Chaves e foi tentar a sorte na América do Sul, mais precisamente na Venezuela. Lá, participou de um programa humorístico junto com Carlos Villagrán (o Quico). Mas o programa, que se chamava Federrico (onde interpretou Don Moncho), não foi muito bem recebido e Ramón resolveu voltar a fazer parte da família Chaves em 1981. Abandonaria a série novamente no ano seguinte. Nos últimos anos de sua carreira, Ramón Valdéz viajou por todo o México acompanhado de seu circo. Seu derradeiro trabalho foi em 1987 na série "Ah que Kiko!", produzida pela emissora mexicana Telerey em que atuou novamente ao lado do personagem de Carlos Villagrán.



Seu Madruga e sua histórica frase

Curiosidades sobre Ramón Valdés

  • Sabe-se que Ramón Valdés tinha uma memória privilegiada. Fora do estúdio vestia-se quase igual como no seriado, pois afirmava que com os Jeans podia sentar onde quisesse sem temer sujar a roupa. (segundo declarações de seu filho Rafael Valdés).
  • Também tinha rituais curiosos, como fumar um cigarro antes de dormir.
  • Segundo o próprio Chespirito, Ramón Valdez foi a única pessoa até hoje que conseguiu fazê-lo chorar de rir durante uma atuação cômica.
  • Apesar de, no seriado Chaves, Seu Madruga fugir da Bruxa do 71 (Angelines Fernandez), na vida real os dois eram muito bons amigos. Tanto que, quando Ramón morreu em 1988, a atriz passou a noite ao lado do corpo chorando e dizendo "Mi Rorro" (Meu bebê). A atriz ficou tão decepcionada que começou a descuidar da saúde, e começou a envelhecer mais rapidamente. Ramon Valdez Também manteve grande amizade na vida pessoal com os atores Édgar Vivar (que atuou como o Senhor Barriga) e Rubén Aguirre (que interpretou o Professor Girafales também era um dos melhores amigos de Ramón). Villagrán, o Quico na série, foi um dos melhores amigos de Ramón Valdés.
  • Certa vez, quando Ramón estava no hospital, Villagrán foi visitá-lo e lhe disse: "Nos vemos lá em cima, no céu.". Ramón se contrariou, e mantendo seu bom humor disse: "Não se faça de louco, nos vemos lá embaixo, no inferno!".
  • Ramón Valdés nunca pôde desassociar sua pessoa do papel de Seu Madruga. Tanto as pessoas como os produtores não podiam vê-lo em outro papel. O ator confessou para a revista Actores&Actrices&Rumores que, depois de deixar o seriado Chaves, recebeu apenas quatro ofertas para atuar: as quatro eram pedidos de Chespirito para voltar a fazer o papel de Seu Madruga. De qualquer forma, sua carreira não terminou com a sua saída da turma do Chaves: atuou em diversas peças de teatro, duas no colégio de sua filha mais velha e uma no colégio de sua filha mais nova. Em todas as peças, fez o papel de Seu Madruga. Ramón voltou à televisão em 1981, quando Chaves havia se tornado um quadro do Programa Chespirito novamente. 
  • Camisas com o rosto do Seu Madruga são comuns no Brasil. Boa parte dessas camisas possuem a frase "Seu Madruga não morreu". Em outras camisas, ele está caracterizado como Che Guevara ou mesmo Jesus Cristo. Algumas ainda trazem frases ilustres ditas por Don Ramón no seriado como "não existe trabalho ruim, o ruim é ter que trabalhar"
  • Uma das muitas frases de efeito ditas por Ramón Valdéz ao interpretar Seu Madruga se tornou um bordão pouco igualada até os dias de hoje, e figura também em um número incontável de camisas acompanhadas de sua figura: "A vingança nunca é plena. Mata a alma e a envenena!"
  • Dublado no Brasil pelo veterano Carlos Seidl






domingo, 2 de janeiro de 2011

História do Chaves

Olá Pessoal,

Nessa primeira semana de 2011, vamos contar a história de um dos maiores programas infantis de todos os tempos. Trata-se de Chaves, ou El Chavo del Ocho como é conhecido no México.
Quem nunca assistiu esse seriado que até hoje nos faz dar boas risadas? Agora vamos ver a origem, curiosiadades e biográfias dos atores e até dos dubladores no Brasil.

Espero que todos gostem!
Um Abraço,
Bruno Mingrone

O Programa


Cartaz do seriado no México

O seriado mexicano El Chavo Del Ocho (O Garoto do Oito, em português) conquistou milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Seu criador é Roberto Gómez Bolaños, o Chespirito, também intérprete do personagem principal. O que mais intriga a todos é como o humor ingênuo da série sobreviveu até hoje na televisão, dominada por assuntos referentes a violência, crime, sexo, etc.

Chaves é um menino órfão que vive em uma vila pobre de uma cidade que poderia ser localizada em qualquer grande metrópole mundial. Só tem a roupa do corpo, seus sapatos velhos e surrados, o barril onde se refugia, e um suposto apartamento onde passa as noites. Sempre morrendo de fome, sonha em comer um sanduíche de presunto, seu prato favorito. Tem amigos na vizinhança, como Quico, o menino mimado e bochechudo que sequer chegou à distribuição de cérebros (como o próprio admite). Chiquinha, a esperta garota órfã de mãe que, mesmo tendo pouco dinheiro, se diverte às custas de suas trapalhadas. Ela é filha de Seu Madruga, o tão conhecido malandro, viúvo e que deve 14 meses de aluguel! Um homem a que a vida fechou todas as portas, mas que ele mesmo nem fez questão de abri-las novamente. Vive apanhando de Dona Florinda, mãe do Quico e que sempre sai em defesa do filho, mesmo estando equivocada. Diz-se da alta sociedade, mas que, após a morte do marido em um naufrágio, teve que se contentar em viver naquela pobre vila, através da pensão do falecido.

Tem também a temida Dona Clotilde, vulga Bruxa do 71, que vive correndo atrás de Seu Madruga, sem sorte. As crianças implicam com ela devido a seu jeito de ser e de se vestir, inclusive seu cachorro possui um nome duvidoso: Satanás. Já viveram por lá Jaiminho, o carteiro que vive querendo evitar a fadiga e não trabalhar, e Dona Neves, bisavó de Chiquinha que implica com todos os moradores da vila. Para cobrar o aluguel dos inquilinos vai sempre o Senhor Barriga, dono do lugar. Sempre é recebido com pancadas do Chaves. Seu filho é Nhonho, rico e inteligente, às vezes aparece na vizinhança para brincar com os meninos, mas sempre é caçoado por ser rechonchudo. O Professor Girafales, professor das crianças, vai visitar a Dona Florinda sempre com um buquê de flores e é convidado para uma xícara de café. Tem também o Godinez e a Pópis, presentes na escola e que às vezes aparecem na vila.

Turma do Chaves

O programa estreou em 1971, na TV Tim (México), dentro do "Programa Chespirito", criado três anos antes e onde já era exibido sketchs de "Chapolin" desde 1970. Esses dois quadros do programa fizeram tanto sucesso e tiveram tamanha aceitação pelo público que logo a emissora TV TIM decidiu dar-lhes características de seriados, com um dia da semana para cada um em horário nobre. Isso ocorreu no ano de 1973. Sem saber, Roberto Gómez Bolaños havia criado seus dois maiores fenômenos televisivos e a rota de sucesso destes estava apenas começando. Ainda em 1973, tanto "Chaves" como "Chapolin" começam a passar no canal de TV Televisa e se estende por uma grande parte dos países da América Latina, abrindo as portas da televisão mexicana para o mundo. Se, hoje em dia, as novelas mexicanas são tão exportadas, isso se deve a essa abertura de portas proporcionada pelas duas séries de Chespirito.

No começo, os personagens de "El Chavo del Ocho" (nome original de "Chaves") ainda não tinham características próprias: o Seu Madruga morava na casa da Dona Florinda, o Sr. Barriga não tinha esse nome e era apenas o zelador da vila ou um simples cobrador, etc. Pouco tempo depois, novos personagens foram sendo criados (Dona Florinda, Quico, Dona Clotilde) e os que já existiam passaram a ganhar as características marcantes de suas personalidades que conhecemos atualmente. "Chaves", nos anos de 1975, 1977, 1978 e 1979, passou por várias mudanças no cenário, nas aberturas do programa e nas roupas dos personagens. O seriado, no decorrer do tempo, fez tanto sucesso que proporcionou sua exibição atual em mais de 30 países e lotações esgotadas em casas de espetáculos dos mais diversos lugares em função dos shows realizados pelos personagens caracterizados pelos respectivos atores. O próprio criador e intérprete do personagem (Roberto Gómez Bolaños "Chespirito") não esperava tamanho sucesso. Mas, no final do ano de 1978, Carlos Villagrán (o intérprete do Quico) decidiria sair do elenco da série para seguir carreira solo na Venezuela. Poucos meses depois, em 1979, Ramón Valdéz (o Seu Madruga) também receberia uma boa oferta para participar do mesmo seriado na Venezuela e deixaria a vila do Chaves.

Nessa época, Chespirito, numa estratégia de roteiro, criou o restaurante da Dona Florinda, tentando alimentar por mais algum tempo as séries e cobrir o espaço deixado pela saída de Quico e de Seu Madruga, dois dos personagens mais queridos do programa. Além disso, também incorporou à vila dois novos personagens: Dona Neves e Jaiminho. E Nhonho e Pópis ganharam uma maior participação. Em 1980, Chespirito resolveu parar de gravar o seriado, que se tornaria um quadro do "Programa Chespirito" ("Clube do Chaves", no Brasil), que retornaria com diversos sketchs de humor e personagens novos e já conhecidos pelo público mexicano desde 1968.

Ramón Valdéz, o Seu Madruga, regressaria à série em 1981. Novas histórias foram feitas com a presença do tão carismático personagem, mas ele deixaria novamente o elenco no ano seguinte. Nessa mesma época, a Televisa passou a fazer uma estratégia para comercializar as séries de Chespirito para países que ainda não as haviam comprado, como era o caso do Brasil. Juntamente com a venda de novelas, a emissora mexicana enviava como brinde alguns episódios de Chaves e Chapolin para serem analisados e, caso aprovados, fossem comprados e transmitidos. Até que, no final da década de 80, voltam a ser gravados para o Programa Chespirito quadros de Chaves e Chapolin. Porém, os atores já estavam menos ágeis e mais envelhecidos e, por isso, o sucesso dos quadros não foi o esperado. A ausência dos personagens Quico e Seu Madruga também colaborou para isso. A gravação desses quadros, que eram em sua maioria adaptações de antigos roteiros dos seriados, duraram até 1994. Esses quadros foram exibidos no Brasil pelo SBT no programa "Clube do Chaves". O seriado de maior sucesso na TV há mais de vinte anos conquista gerações em gerações, fazendo com que o humor de Chespirito continue presente em cada coração e que espelhe mais e mais o nosso dia-a-dia.

No Brasil

Chamada do Seriado no SBT
O programa "Chaves" veio por acaso no meio da compra de novelas mexicanas; e Silvio Santos mandou dublar, embora muitos dissessem que era de má qualidade e não daria certo. Finalmente, em 1984, "Chaves" e "Chapolin" estrearam no SBT dentro do programa do Bozo, um programa infantil da época estilo Xuxa, porém apresentado por um palhaço. O primeiro episódio da série exibido foi "Caçando Lagartixas". "Chaves" era exibido às segundas, quartas e sextas, e "Chapolin" às terças e quintas. Depois de aproximadamente um mês no ar, "Chaves" começou a dar boa audiência ao canal. Três anos depois, a série ganhou um novo horário, às 20h de todas as terças, quintas e sábados, além do horário antigo no programa do Bozo. Em 1988, o SBT começou a exibir episódios inéditos do Chaves e, a partir de setembro, o programa passou a ser apresentado de segunda a sábado. Em 1990, mais episódios inéditos foram ao ar, aos domingos, além dos antigos episódios, que continuaram de segunda a sábado às 12h30min, 18h e 20h30min. Em 1992, entraram mais episódios inéditos e alguns substituíram versões antigas que nunca mais foram exibidas. Outros episódios deixaram de ser apresentados - os chamados "episódios perdidos".



Biográfia de Dilma Rousseff.

O Inicio


Filha do engenheiro e poeta búlgaro Pétar Russév (naturalizado brasileiro como Pedro Rousseff) e da professora brasileira Dilma Jane Silva, Dilma Vana Rousseff faz a pré-escola no Colégio Isabela Hendrix e, a seguir, ingressa em um dos colégios mais tradicionais do Brasil, o Sion, de influência católica, ambos em Belo Horizonte.

Aos 16 anos, transfere-se para uma escola pública, o Colégio Estadual Central (hoje Escola Estadual Governador Milton Campos). Começa, então, a militar como simpatizante na Organização Revolucionária Marxista - Política Operária, conhecida como Polop, organização de esquerda contrária à linha do PCB (Partido Comunista Brasileiro), formada por estudantes simpáticos ao pensamento de Rosa Luxemburgo e Leon Trotski.

Mais tarde, em 1967, já cursando a Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Dilma passou a militar no Colina (Comando de Libertação Nacional), organização que defendia a luta armada. Esse comportamento, de passar de um grupo político a outro, era comum nos movimentos de esquerda que atuavam durante o período da ditadura iniciada com o Golpe de 1964.
Em 1969, já vivendo na clandestinidade, Dilma usa vários codinomes para não ser encontrada pelas forças de repressão aos opositores do regime. No mesmo ano, o Colina e a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) se unem, formando a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Em julho, a VAR-Palmares rouba o "cofre do Adhemar", que teria pertencido ao ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros. A ação ocorreu no Rio de Janeiro e teria rendido à guerrilha US$ 2,4 milhões. Dilma nega ter participado dessa operação, mas há quem afirme que ela teria, pelo menos, ajudado a planejar o assalto.

Em setembro de 1969, a VAR-Palmares sofre um racha. Volta a existir a VPR. Dilma escolhe permanecer na VAR-Palmares - e ainda teria organizado três ações de roubo de armas no Rio de Janeiro, sempre em unidades do Exército.

Presa em 16 de janeiro de 1970, em São Paulo, o promotor militar responsável pela acusação a qualificou de "papisa da subversão". Fica detida na Oban (Operação Bandeirantes), onde é torturada. Depois, é enviada ao Dops. Condenada em 3 Estados, em 1973 já está livre, depois de ter conseguido redução de pena no STM (Superior Tribunal Militar). Muda-se, então, para Porto Alegre, onde cursa a Faculdade de Ciências Econômicas, na Universidade Federal do RS.


Do PDT ao PT

Filia-se, então, ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), fundado por Leonel Brizola em 1979, depois que o governo militar concedeu anistia política a todos os envolvidos nos anos duros da ditadura.

Dilma Rousseff ocupou os cargos de secretária da Fazenda da Prefeitura de Porto Alegre (1986-89), presidente da Fundação de Economia e Estatística do Estado do Rio Grande do Sul (1991-93) e secretária de estado de Energia, Minas e Comunicações em dois governos: Alceu Collares (PDT) e Olívio Dutra (PT).

Filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT) desde 2001, coordenou a equipe de Infra-Estrutura do Governo de Transição entre o último mandato de Fernando Henrique Cardoso e o primeiro de Luiz Inácio Lula da Silva, tornando-se membro do grupo responsável pelo programa de Energia do governo petista.
Ministérios

Dilma Rousseff foi ministra da pasta das Minas e Energia entre 2003 e junho de 2005, passando a ocupar o cargo de Ministra-Chefe da Casa Civil desde a demissão de José Dirceu de Oliveira e Silva, em 16 de junho de 2005, acusado de corrupção.

Em 2008, a Casa Civil foi envolvida em duas denúncias. Primeiro, a da montagem de um provável dossiê contendo gastos pessoais do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O dossiê seria uma suposta tentativa de silenciar a oposição, que, diante do escândalo dos gastos com cartões de créditos corporativos realizados por membros do governo federal, exigia a divulgação dos gastos pessoais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua esposa. Depois, em junho, a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, acusou a Casa Civil de ter pressionado a agência durante o processo de venda da empresa Varig ao fundo de investimentos norte-americano Matlin Patterson e seus três sócios brasileiros. Dilma Rousseff negou enfaticamente todas as acusações.

Em 9 de agosto de 2009, a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, disse ao jornal Folha de S. Paulo que, num encontro com Dilma, a ministra teria pedido que uma investigação realizada em empresas da família Sarney fosse concluída rapidamente. Dilma negou a declaração de Lina, que, por sua vez, reafirmou a acusação em depoimento no Senado Federal, mas não apresentou provas.

Apesar de, em diferentes períodos, ter cursado créditos no mestrado e no doutorado de Economia, na Unicamp, Dilma Rousseff jamais defendeu a dissertação ou a tese.

De guerrilheira na década de 1970 a participante da administração pública em diferentes governos, Dilma Vana Rousseff tornou-se uma figura pragmática, de importância central no governo Lula. No dia 20 de fevereiro de 2010, durante o 4º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, Dilma foi aclamada pré-candidata do PT à presidência da República. Em 31 de março, obedecendo à lei eleitoral, afastou-se do cargo de ministra-chefe da Casa Civil. Durante a cerimônia de transferência do cargo, assumido por Erenice Guerra, Dilma afirmou, referindo-se ao governo Lula: "Com o senhor nós vencemos. Vencemos a miséria, a pobreza ou parte dela, vencemos a submissão, a estagnação, o pessimismo, o conformismo e a indignidade".

De fato, Dima Rousseff venceu as eleições presidenciais de 2010, no segundo turno, com 56,05% dos votos válidos, tornando-se a primeira mulher na presidência da República Federativa do Brasil.

Fonte:
http://educacao.uol.com.br/biografias