sábado, 25 de dezembro de 2010

Uma Breve História do Natal

O primeiro Natal começou a ser celebrado nas vésperas do nascimento de Jesus, quando, segundo a Bíblia, os anjos anunciaram a Sua chegada.
Nessa altura o imperador Augusto, determinou o recenseamento de toda a população do Império Romano por causa dos impostos, tendo cada pessoa, para o efeito de se registar na sua localidade.
O Novo Testamento refere que José partiu de Nazaré para Belém, para se recensear, e, levou com ele a sua esposa, Maria, que esperava um Filho. Ao longo da viagem, chegou a hora de Maria dar à luz e como a cidade estava com os albergues completamente cheios, tiveram de pernoitar numa gruta.
Foi nessa região da Judeia e no tempo do rei Herodes que Jesus nasceu. Diz a Bíblia que um Anjo desceu sobre os pastores que guardavam os seus rebanhos durante a noite e disse-lhes:"deixai o que estais a fazer e vinde adorar o menino, que se encontra em Belém e é o vosso Redentor". Os pastores foram apressados, procurando o lugar indicado pelo Anjo, e lá encontraram Maria, José e o menino. Ao vê-lo, espalharam a boa nova.
Os Evangelhos, de S.Marcos e S. Mateus relatam a história do nascimento de Jesus e ao contrário do que julgávamos, Jesus não teria nascido no inverno, mas sim na Primavera ou no Verão. Os pastores não guardariam os rebanhos nos montes com o rigor do Inverno.

Em relação à data do nascimento de Jesus, existem também algumas dúvidas. A estrela que guiou os Três reis Magos até à gruta de Belém deu lugar a várias explicações. Alguns cientistas afirmam que deverá ter sido um cometa. No entanto nessa altura não há registo que algum cometa tivesse sido visto. Outros dizem que no ano 6 ou 7 a. C. houve um alinhamento dos planetas Júpiter e Saturno mas também não é muito credível, para que se considere esse o ano do nascimento de Jesus. Por outro lado, visita dos Reis Magos é comemorada 12 dias depois do Natal (Epifania) sendo tradicional festejar este acontecimento em pleno Inverno, a 6 de Janeiro. O cálculo mais engenhoso, baseava-se na ideia de que, uma vez que se parte do princípio de que Cristo terá morrido a 25 de Março, deve também ter sido concebido a 25 de Março, porque o seu tempo na Terra tinha de ser um número perfeito de anos. Nove meses depois de 25 de Março, temos 25 de Dezembro, e, desta forma, pode justificar-se a data escolhida oficialmente.
A escolha do dia 25 de Dezembro foi inteligente e nada teve de arbitrário.
Ao colocar, de uma vez por todas o nascimento de Cristo a meio das antiquíssimas festividades pagãs do solstício do Inverno, a Igreja Cristã tinha a esperança de as absorver e de as converter. O que aconteceu foi que, por um lado, as festividades pagãs foram vitoriosamente envolvidas pelas fé cristã, eo nascimento de Jesus transformou-se. no espírito das pessoas, no principal ponto de interesse do solstício do Inverno.
Os Apóstolos encarregaram-se de espalhar a palavra de Jesus Cristo e muita gente se converteu ao Cristianismo. Os primeiros cristãos foram perseguidos pelos romanos e apenas no ano de 306 d. C, quando o imperador Constantino se converteu ao Cristianismo, este se difundiu em grande
escala. Esse imperador mandou construir muitas igrejas, entre elas está a igreja da Natividade em Belém, no local onde se julga que Jesus terá nascido.
Embora a celebração do Natal começasse com o nascimento de Jesus, tornou-se verdadeiramente popular há apenas 300 anos.
Os primeiros registos da celebração do Natal têm origem na Turquia, a 25 de Dezembro, em meados do sec II.
No ano 350, o Papa Júlio I levou a efeito uma investigação pormenorizada e proclamou o dia 25 de Dezembro como data oficial e o Imperador Justiniano, em 529, declarou-o feriado nacional.
O período das festas alargou-se até à Epifania, ou seja vai desde 25 de Dezembro até 6 de Janeiro. O dia 6 de Janeiro é o chamado dia dos Reis Magos.
Bom, mas porque celebramos o dia 25 de Dezembro e não outra data se temos tantas dúvidas sobre o nascimento de Jesus? Vejamos a explicação que se segue. Os dias em Dezembro ficam cada vez mais pequenos, até ao dia 21 do mesmo mês, dia do solstício de Inverno, e, os povos pagãos festejavam os dias que precediam esta data, com o objectivo de apaziguar o Sol e fazer
com que este aparecesse de novo, fazendo com que o Inverno fosse mais suave. Após o solstício os dias ficam maiores e mais claros, isto significava para eles luz, alegria e esperança de boas colheitas.
Em Roma festejava-se o triunfo de Saturno sobre Júpiter. Saturno era a idade de ouro de Roma, por isso era associado ao Sol. Os romanos festejavam esta festa próximo do solstício. Nesta altura ninguém trabalhava. Acendiam-se velas e grandes fogueiras para iluminar a noite e havia muita comida.
Outro ritual era a oferta de presentes para apaziguar a deusa das colheitas, sim, os romanos tinham deuses para quase tudo :). A Igreja não aprovava estas festas pagãs, pelos excessos que se cometiam, comprende-se pois que as tentassem abolir, no entanto, chegou à conclusão que era preferível permitila-las para não privar o povo dos festejos que tanta alegria lhes davam, mas tentando transmitir-lhes a ideia, de que esta cedência era feita para dar honras a Cristo. Assim o seu nascimento seria celebrado com digniade e teria a sua festa. Muitos desses costumes ainda hoje existem, mas outros ficaram esquecidos.
O mais antigo é talvez a comida e a bebida que neste dia existe em abundância em quase todos os lares, É talvez por isso que os não católicos festejam o Natal com grande entusiasmo. Os maiores festejos da Era romana, realizavam-se em honra do deus Mitra, que nasceu a 25 de Dezembro. por este facto, o Imperador Aureliano declarou este dia o maior feriado em Roma. Passado cerca de um século Imperador Constantino, que se tinha convertido ao cristianismo, manteve muitos dos rituais, pois o deus Mitra representava o sol e a sabedoria.
Cristo representa a vida, a luz e a esperança. Então em vez de se festejar o Sol como antigamente, passar-se-ia a celebrar o nascimento de Jesus Cristo e a festa pagã seria absorvida pela festa cristã.
Durante as invasões bárbaras no século V, os povos Nórdicos e Germânicos conhecem o Cristianismo tomam contacto com o Natal. Saliente-se que estes povos já festejavam o solstício com rituais próprios e mais tarde foram incorporados no Natal.
A religião Cristã foi abraçando toda a Europa, dando a conhecer a outros povos a celebração do Natal. Em Inglaterra, o primeiro arcebispo de Cantuária foi responsável pela celebração do Natal. Na Alemanha, foi reconhecido em 813, através do sínodo de Mainz. Na Noruega, pelo rei Hakon em meados de 900. Este rei teve a título de curiosidade o cognome de O BOM. Portanto em finais do séc. IX, o Natal já era celebrado em toda a Europa.
Através dos séculos o carácter pagão destas celebrações foi progressivamente absorvido pela celebração cristã, no entanto alguns dos rituais mantiveram-se.
Em Inglaterra Alfredo, o Grande, declarou 12 dias de festividade. Henrique III celebrava o Natal com a matança de animais e eram oferecidos presentes ao rei, No entanto este, mudou um pouco a tradição e passou também a distribuir comida pelos mais pobres.
Em 1533 o Natal tornou-se um grande acontecimento, e era celebrado com cânticos, danças, teatro e abundância de comida. O Clero com estes excessos todos colocou alguns entraves à maneira como o Natal era celebrado, isto é para a igreja, faltava o lado espiritual. Surgiu então a questão abolir ou não as festas, antes que estas caíssem em exageros.
Com a reforma Lutero considerou os festejos desnecessários e, na Escócia, o Natal foi abolido em 1583. O povo demonstrava o seu descontentamento com estas leis e foi resistindo ao seu cumprimento, continuando a festejar o Natal. Mas a lei foi mais forte e e o Natal tornou-se de facto ilegal. As igrejas foram fechadas e quem não respeitasse a lei era punido. Note-se que os Puritanos tomaram estas medidas como precaução, pelos exessos pagãos que estes festejos continham e não pelo celebração do acontecimento cristão.
O Natal foi novamente legalizado em 1660, quando Carlos II regressou ao poder. Mas, com a revolução industrial o espírito do Natal foi-se perdendo. Era necessário trabalhar o mais possível para fazer dinheiro, e não havia lugar ao descanso, como tal os feriados foram proibidos, incluindo o do Natal.
Apenas algumas pessoas continuaram a festejar o Natal em suas casas. Alguns patrões concediam também algumas horas livres aos seus empregados.
Enquanto em Inglaterra a maioria das pessoas andava triste, na Alemanha, as pessoas festejavam alegremente o Natal, que se consolidou com muita tradição.
No século XIX (finais) os americanos, viam esta época com grande ternura, provavelmente devido aos emigrantes germânicos que a celebravam com entusiasmo.
Os germânicos celebravam o Natal com grandes feiras, árvores, luzes e presentes, e a crianças eram o alvo das maiores atenções.
Quando em 1837 a rainha Vitória subiu ao trono de Inglaterra, este país mudou radicalmente a sua posição acerca do Natal. A rainha casou com o príncipe Alberto de descendência alemã, e o príncipe trouxe consigo as tradições, e o espírito do Natal ressurgiu. Esta época era maravilhosa. A família real festejava-a com grande carinho pelas crianças, e fomentava a solidariedade e o amor pelo povo.
A primeira árvore de Natal foi introduzida pelo próprio príncipe Alberto. A Família real foi a grande responsável pelo impacto que o Natal veio a ter em Inglaterra. Era uma época de boa vontade e de amor, na qual os mais desprotegidos recebiam algum consolo.
Finalmente no século XX, o feriado continuou e a tradição chegou até nós.

Fonte:  http://onatal1.no.sapo.pt/

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Biográfia de Julio César

"Alea jacta est."
Isto é, "a sorte está lançada", disse Júlio César ao atravessar o rio Rubicão, voltando da Gália para Roma. Sabia que, a partir dali, não havia caminho de volta, ou tomava poder ou sua carreira política estaria encerrada.

Caio Júlio César nasceu em Roma, de uma família de patrícios, a elite romana. Segundo a lenda, sua antepassada mais remota era a própria deusa Vênus, mãe de Enéas, o primeiro povoador da península Itálica.

César viveu seus primeiros anos no bairro popular de Suburra, onde aprendeu, entre outras línguas, o hebraico e dialetos gálicos. Em 82 a.C. escapou às perseguições do ditador Lúcio Cornélio Sila, inimigo de sua família. Entre 81 a.C. e 79 a.C. Julio César prestou serviço militar na Ásia e na Cilícia (na atual Turquia).

                                                         
 
Vercingetórix se entrega à Julio César
Em 78 a.C., com a morte de Sila, regressou a Roma, iniciando carreira de advogado no fórum romano. Era o início de sua carreira política. Em 69 a.C., César foi eleito questor (magistrado encarregado de questões financeiras) pela Assembléia do povo. Foi-lhe designada a província romana da Hispania Ulterior.

Quatro anos mais tarde, foi eleito edil (encarregado dos serviços e obras públicas), e em 63 a.C. , "pontifex maximus" (sumo sacerdote - a religião romana estava ligada ao Estado). Neste mesmo ano, tornou-se pretor (juiz). Depois de um ano no cargo, assumiu o posto de governador da Hispania Ulterior.

Em 59 a.C. Júlio César tornou-se cônsul (chefe de governo) pela primeira vez. Em 58 a.C. iniciou a campanha militar pela conquista da Gália, que duraria até 52 a.C. O historiador Plutarco apontou como saldo dessas guerras 800 cidades capituladas, 300 tribos submetidas, um milhão de gauleses escravizados e outros três milhões mortos nos campos de batalha.

Julio César
Em 50 a.C., o senado liderado por Pompeu ordenou o regresso de César e a desmobilização das suas legiões na Gália. Júlio César não cumpriu a ordem e, atravessando o Rubicão, no norte da Itália, deu início a uma guerra civil que duraria dois anos. Em 48 a.C. derrotou definitivamente Pompeu, em Farsala. Regressou a Roma, tornando-se ditador (na Roma antiga, o governante com plenos poderes, embora nomeado pelo Senado e por um período previamente estabelecido).
César consolidou seu domínio do mundo conhecido na época, através de uma série de campanhas complementares: no Egito, na África , na Espanha (48-45 a.C.). Em Roma sua posição tornou-se cada vez mais monárquica, à medida que assumia sucessivamente o consulado e estendia a duração de seus poderes ditatoriais. Por fim, assumiu não somente a realeza (convertendo a República romana em Império), mas também a condição de deus vivo.

Entre o povo e as legiões romanas, sua popularidade era imensa, devido aos triunfos militares que enriqueciam a cidade e eram generosamente distribuídos, embora de forma desigual, aos cidadãos romanos. Durante o período em que esteve à frente do Estado romano, introduziu importantes reformas administrativas e estendeu a cidadania romana a outras regiões do império. Também reformou o calendário, introduzindo um que encerrava os séculos de confusão causados pela defasagem entre o ano lunar e o solar.

Assassinato de Julio César
Nesse meio tempo, teve a célebre relação amorosa com Cleópatra, a quem fez rainha do Egito - então uma das mais ricas províncias romanas. Mas em Roma os senadores não só desaprovavam essa união como usavam-na como pretexto para difamá-lo. Percebendo sua intenção de acabar definitivamente com a República e centralizar em suas mãos o poder, bem como transmiti-lo a um descendente, os senadores conspiraram para matar César, o que aconteceu em 44 a.C.Em seu testamento, porém, ele deixou todos os seus bens para a população de Roma. Esta, também incitada por Marco Antônio, reagiu contra os conspiradores, forçando-os a fugir da cidade. Alguns historiadores contemporâneos levantam a tese de que Júlio César, sentindo-se velho e sofrendo de epilepsia, deixou-se matar, acreditando que com isso, seu sucessor no governo romano seria seu herdeiro legal, Otaviano Augusto, como aconteceu de fato.

Destaque-se que, além do talento militar, César teve também uma grande atuação intelectual em Roma. Foi um orador elogiado por Cícero - o maior dos oradores romanos. Escreveu poesia e dois livros sobre gramática latina. Sua obra principal chama-se "Comentários" que abrange sete livros sobre a guerra da Gália e sobre a guerra civil, em que, com um estilo supostamente objetivo e imparcial, defende-se das muitas acusações que lhe foram feitas por seus críticos.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/



terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Israel: tempestade revela estátua de mármore da época romana

Ashekelon/Israel

A tempestade que varreu nos últimos dias a costa oriental do Mediterrâneo causou o desmoronamento de uma falésia em Ashkelon, no sul de Israel, revelando uma grande estátua de mármore da época romana, anunciou Yoli Schwartz, a porta-voz da Autoridade israelense encarregada das antiguidades.

Trata-se de uma representação de mulher, uma peça de 200 kg e de 1,2 m. Perdeu a cabeça e os braços, mas isso parece anterior à tempestade. A estátua se apresenta com "sandálias delicadamente esculpidas", segundo Schwartz.
 
 


A descoberta é uma das poucas boas notícias após o temporal que caiu na região durante vários dias, com ventos de mais de 100 km/h e ondas de até 12 metros, que destruíram sítios arqueológicos ao longo do litoral.


Nesta terça-feira, as autoridades haviam anunciado que as ondas arruinaram os diques que protegiam o porto israelense de Cesareia, a 50 km ao norte de Tel Aviv, colocando em perigo a célebre localidade da época romana.

Fonte: http://www.yahoo.com.br/

sábado, 11 de dezembro de 2010

Silvio Santos completa 80 anos - Uma breve história de sua trajetória

Uma breve trajetória do maior apresentador da televisão brasileira.

Silvio Santos, um dos maiores nomes da história da televisão brasileira, completa 80 anos no dia 12 de dezembro esbanjando saúde, mas imerso na maior crise de sua vida. Uma fraude contábil promovida por executivos do Banco PanAmericano, uma de suas 44 empresas, gerou um rombo de R$ 2,5 bilhões num império que começou a ser erguido por Silvio quando ele tinha apenas 15 anos.

Pessoas próximas ao apresentador relatam que ele ficou decepcionado, sim, mas que imediatamente arregaçou as mangas para contornar o problema e saldar a dívida - ele tem 10 anos para pagar o empréstimo junto ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e deu como garantia todo o seu patrimônio (incluindo o SBT), avaliado em R$ 2,7 bilhões.


Hoje, começamos contando a história do homem que nasceu Senor Abravanel e ganhou o Brasil como Silvio Santos - ele adotou o nome artístico para se tornar mais popular, mas sempre mostrou muito orgulho de sua origem judaica.

E no slideshow abaixo você pode conferir uma coletânea de fotos da carreira artística de Silvio como apresentador.







Das ruas para os palcos

Silvio sempre foi uma máquina de dinheiro. Aos 15 anos, já ganhava uns trocados na Lapa, o bairro boêmio do Rio de Janeiro, apostando nos "malandros" da sinuca - Silvio observava atentamente o comportamento dos jogadores e apostava nos melhores.

De dia, vagando pelas ruas do centro do Rio, Silvio observava que os vendedores que mais faturavam eram os que melhor se comunicavam. Logo, pensou numa forma original de chamar atenção para as canetas que vendia numa esquina - ele realizava truques de mágica. Até que um dia um fiscal da Prefeitura - o "rapa" - o abordou e lhe confiscou toda sua mercadoria, mas, fascinado com a voz de Silvio, deu a ele um cartão para que fizesse um teste na Rádio Guanabara. Aquele foi o embrião da carreira artística de Silvio.

O dinheiro começou a entrar numa jogada genial de marketing - algo que praticamente não existia naquela época. Percebendo que as pessoas se entediavam durante a travessia da balsa que faz o trajeto Rio-Niterói, Silvio pediu autorização para animar o pessoal com alto-falantes na barca. Logo, sacou que era possível ganhar dinheiro vendendo produtos. Fez um empréstimo, montou bares nas barcas, procurou a Companhia Antártica de Bebidas e passou a vender ali cervejas e refrigerantes. A empresa passou a patrocinar apresentações de diversos artistas na barca. E assim Silvio se tornou o maior vendedor de cervejas do Rio de Janeiro - apenas com uma ideia genial.

Mas ele ainda tinha interesse em se tornar um artista de sucesso. Por isso, topou fazer um teste na Rádio Nacional de São Paulo. Passou e ali começou sua amizade com Manuel de Nóbrega, que era, na época, o "Homem do Baú". O "baú" era uma caixa com presentes que a pessoa recebia no Natal depois de pagar 12 prestações ao longo do ano. Mas o negócio acabou trazendo mais problemas do que dinheiro para Manuel de Nóbrega, e ele acabou chamando Silvio para dar um jeito na situação. Com seu incrível empreendedorismo, Silvio conseguiu tornar o "baú" um negócio lucrativo - e o herdou de graça de Manuel de Nóbrega, em retribuição por tê-lo tirado do "buraco."

Na televisão, Silvio estreou em 1961, na TV Paulista, com o "Vamos brincar de forca". Logo passou a apresentar outros programas de variedades, mas quando a Globo assumiu o comando da TV Paulista, no final dos anos 60, Silvio teve de se enquadrar no perfil que a emissora queria ter. Não conseguiu e saiu. Acabou voltando com tudo ao comprar 50% das ações da TV Record, onde pôde fazer o que gosta - mas sem esquecer da rixa com a Globo, em especial com Roberto Marinho, dono da emissora, e Boni, então diretor-artístico.

"Eu não nasci dono de televisão, eu me tornei dono de televisão porque os donos de televisão fecharam portas pra mim, mas quando se fecha uma porta, Deus abre uma janela", disse Silvio, numa espécie de "editorial" durante seu programa na Record. "Fui obrigado a comprar 50% de ações, nasci animador de programas e continuaria sendo se os homens não fossem tão vaidosos, tão poderosos", emendou.

O passo seguinte foi batalhar para ter seu próprio canal de TV - e no início dos anos 80 ele recebeu a concessão para criar o SBT. Silvio vendeu as ações da Record para o bispo Edir Macedo, e não descansou enquanto seu próprio canal não se estabelecesse como a segunda maior audiência da TV - e em vários momentos nos anos 90 o SBT conseguiu ficar à frente da Globo, principalmente nos domingos, com o Topa Tudo Por Dinheiro. A essa altura, o império de Silvio já incluía uma construtora, um hotel, uma empresa de cosméticos, uma financeira e, claro, um banco - o PanAmericano.

Mas a Record, ainda assim, tinha muito mais caixa, e acabou ultrapassando o SBT nos últimos anos. Silvio luta para colocar as finanças de seu império novamente em dia, depois da quebra do PanAmericano. Mas uma prova de que seu carisma não se abala foi dado no último dia 5, quando a própria Record exibiu uma reportagem especial de 45 minutos sobre Silvio no programa "Domingo Espetacular". Ironicamente, a emissora do bispo Edir Macedo conseguiu ultrapassar a Rede Globo e ficar à frente no Ibope por mais de meia hora.

Outra prova de que Silvio continua "pop" é que no Yahoo! o apresentador está entre os assuntos mais buscados desde o surgimento da crise no PanAmericano, mês passado. "Vida empresarial do Silvio Santos" e "Dívida de Silvio Santos" são alguns dos tópicos mais procurados no serviço de busca do Yahoo!, o que mostra o interesse das pessoas na situação financeira do apresentador. Antes, os termos mais buscados que faziam relação a Silvio eram "pegadinhas" e "Maísa".

Fonte: Yahoo - www.yahoo.com.br

Silvio Santos se emociona ao contar as origens de sua família