domingo, 30 de outubro de 2011

Aconteceu Hoje na História - 30 de Outubro

30 de Outubro de 1988 - Ayrton Senna é Campeão Mundial de F1 Pela Primeira Vez

Ayrton Senna
No dia 30 de outubro de 1988, o piloto Ayrton Senna dava início a uma série de vitórias para o automobilismo brasileiro. Após vencer o circuito de Suzuka, no Japão, ele garantia, de maneira antecipada, seu primeiro título mundial da Fórmula-1. A vitória no GP aconteceu depois de uma sensacional recuperação. Com problemas na largada, Senna perdeu 15 posições. Na 28ª volta, ultrapassou o rival Alain Prost e assumiu a ponta até o final da corrida.

“Quanto mais difícil, melhor, mas não achei que tinha que passar por este sofrimento todo. Só Deus sabia que seria tão duro, mas agora que acabou acho que foi melhor assim. Foi a corrida da minha vida, uma coisa tremenda”, declarou o piloto. Senna encerrava o ano batendo recordes. Foram 12 poles, oito vitórias e 88 pontos

Fonte; http://www.seuhistory.com/

sábado, 29 de outubro de 2011

Aconteceu Hoje na História - 29 de Outubro


29 de Outubro de 1888 - Nasce Li Dazhao

Li DLi Dazhao nasceu em 29 de outubro de 1888 e faleceu em 28 de abril de 1927. Foi um intelectual chinês, considerado um dos fundadores do Partido Comunista da China junto com Chen Duxiu. Durante sua etapa como bibliotecário em Pequim, Li foi um dos primeiros intelectuais chineses a se interessar pelos acontecimentos que se desenrolavam na Rússia, onde os bolcheviques haviam proclamado a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Li Dazhao via no novo estado soviético um modelo exemplar do que devia ser uma sociedade justa. Diante de quem se desejava que a China copiasse o progresso econômico das potências ocidentais e do Japão. Na Universidade de Pequim, fundou um grupo de estudo do marxismo junto a vários alunos e professores da universidade. As atividades políticas de Li Dazhao chamaram a atenção de Chen Duxiu, então decano da Universidade de Pequim. Chen era um dos mais destacados intelectuais da época, editor da revista reformista Nova Juventude, na qual se publicaram artigos e obras literárias que logo exerceram uma profunda influência sobre o pensamento chinês do século XX. Chen Duxiu convidou Li Dazhao para editar um número especial monográfico da Nova Juventude sobre o marxismo, que foi publicado no outono de 1919. A publicação deste número da Nova Juventude dedicado ao marxismo, em um momento em que o movimento de reforma política e cultural conhecido como Movimento do Quatro de Maio estava em plena eclosão, atraiu para o marxismo muitos leitores da influente revista, incluído o próprio Chen Duxiu. Assim, Li Dazhao se converteu no introdutor do marxismo na China. Em colaboração com Chen Duxiu começou a atrair jovens interessados no marxismo e o movimento despertou a atenção da União Soviética, que através da organização internacional Komintern tentava propagar o comunismo no mundo.




29 de Outubeo de 1897 - Nasce Joseph Goebbels, Chefe da Propagando Nazista

Nascido no dia 29 de outubro de 1897,  Joseph Goebbels foi um líder nazista alemão. Depois de ganhar um doutorado da Universidade de Heidelberg, ele se juntou ao Partido Nazista e foi nomeado líder do distrito de Berlim por Adolf Hitler, em 1926. Grande orador, Goebbels também editou o jornal do partido e começou a criar o mito de Führer em torno de Hitler, organizando as manifestações do partido que converteram as massas ao nazismo. Depois que Hitler assumiu o poder, em 1933, Goebbels passou a controlar a  máquina de propaganda nacional. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele era o responsável pela blitz de propaganda para aumentar as esperanças alemãs no confronto. Nomeado chanceler, ele ficou com Hitler até o fim. Um dia após o suicídio do líder alemão, Goebbels e sua mulher se suicidaram, matando também seus seis filhos no dia 1o. de maio de 1945, em Berlim.




29 de Outubro de 1911 - Morre Joseph Pulitzer

Joseph Pulitzer nasceu em 10 de abril de 1847 e faleceu em 29 de outubro de 1911. Foi um destacado editor norte-americano conhecido pelos prêmios jornalísticos que levam seu nome (Pulitzer Prizes: os Prêmios Pulitzer) e por ter originado o chamado jornalismo marrom junto com William Randolph Hearst. Nascido em Makó (atualmente, Hungria), Pulitzer iniciou a carreira militar mas foi rejeitado pelo exército austríaco devido a sua frágil saúde e a sua visão deficiente. Emigrou aos Estados Unidos em 1864 para lutar na Guerra Civil Norte-americana. Depois da guerra foi viver em Saint Louis (Missouri) onde em 1868 começou a trabalhar para um jornal de língua alemã, o Westliche Post. Uniu-se ao Partido Republicano e foi eleito em 1869 para a Assembléia do Estado de Missouri. Em 1872 comprou o jornal onde trabalhava, por 3000 dólares. Depois, em 1872, comprou o St. Louis Dispatch, por 2700 dólares e fundiu os dois diários para criar o St. Louis Post-Dispatch, que acabou sendo o jornal diário de Saint Louis. Foi aí onde Pulitzer desenvolveu seu papel como porta-voz do homem corrente com matérias exclusivas e com uma aproximação à notícia fortemente populista. Em 1883, já milionário, adquiriu o New York World, um jornal que vinha perdendo dinheiro ano após ano. Pulitzer dirigiu a atenção do jornal para histórias de interesse humano, escândalos e sensacionalismo. Em 1885 foi eleito para a Câmara de Representantes dos Estados Unidos, mas renunciou depois de poucos meses de serviço (ao que parece por não encontrar na política um meio que satisfizesse seus interesses de realização pessoal). Em 1887, recrutou o famoso jornalista de investigação Nellie Bly. Em 1895 o jornal introduziu a popular historieta Yellow Kid de Richard F. Outcault, que seria a primeira vinheta a cores de um jornal. Sob a direção de Pulitzer, o jornal aumentou sua circulação de 15.000 para 600.000 exemplares, transformando-o no primeiro jornal do país em difusão. O editor do jornal rival New York Sun atacou Pulitzer em 1890 chamando-o de "o judeu que abandonou sua religião". Depois do ataque, que tinha por objetivo lhe tirar os leitores judeus, a já frágil saúde de Pulitzer se deteriorou rapidamente e ele teve que abandonar a atividade jornalística de forma direta, continuando, porém, a dirigir ativamente o jornal, de sua mansão em Nova York e enquanto gozava de sua aposentadoria em Bar Harbor, Maine. Em 1892, Pulitzer ofereceu ao presidente da Universidade de Colúmbia, Seth Low, para financiar a primeira escola de jornalismo do mundo. A Universidade recusou inicialmente o dinheiro, evidentemente influenciada pela polêmica figura de Pulitzer. Em 1902, o novo presidente da Universidade, Nicholas Murray Butler, foi mais receptivo ao plano da escola e à idéia de instaurar alguns prêmios. Mas não seria até a morte de Pulitzer que este sonho se tornaria realidade. Pulitzer deixou para a Universidade 2 milhões de dólares em seu testamento, o que permitiu a criação em 1912 da Columbia University Graduate School of Journalism, a escola de jornalismo que seria uma das mais prestigiosas do mundo, mesmo já tendo sido criada outra antes na Universidade de Missouri. Joseph Pulitzer morreu a bordo de seu iate no porto de Charleston, Carolina do Sul, em 1911. Está enterrado no cemitério Woodlawn do Bronx, em Nova York. Em 1917, foram oferecidos os primeiros Prêmios Pulitzer de acordo com os desejos de Pulitzer. Em 1989 Pulitzer foi assinalado no passeio da fama de Saint Louis.




29 de Outubro de 1945 - Presidente Getúlio Vargas Renuncia e dá fim ao Estado Novo

Sem mais condições políticas de seguir como presidente,Getúlio Vargas renunciou ao seu posto no dia 29 de outubro de 1945. O momento político internacional, com a queda dos governos autoritários na Europa, após o fim da Segunda Guerra, indicava que o Estado Novo estava chegando ao fim. Nas ruas, estudantes pediam liberdade e democracia; no Exército armava-se um golpe. Apesar de ter apoio dos seus eleitores, Vargas, sem opção, encerrou seus 15 anos de governo. A gota d´água aconteceu após a nomeação de Benjamin Vargas, irmão do presidente, como Chefe de Polícia, dias após adiar as eleições presidenciais, marcadas para 2 de dezembro. Um dia após sua renúncia, o cargo foi ocupado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, José Linhares, que estabeleceu novamente para o dia 2 de dezembro o pleito que elegeria Eurico Gaspar Dutra. Mesmo fora do governo, Vargas seguiu na vida política, com apoio a Dutra. Cinco anos mais tarde, voltou a se candidatar à presidente e acabou eleito democraticamente. Permaneceu no posto até o dia 24 de agosto de 1954, quando cometeu suicídio.

Fonte; Seu History - http://www.seuhistory.com/

2° Guerra Mundial Parte 6 - A América Antes de Pearl Harbor

Olá Pessoal,

Nesse capitulo, vamos ver como os EUA estavam reagindo a guerra antes do ataque japonês a base de Pearl Harbor.

Os EUA através de seu congresso, mantiveram uma politica rígida de neutralidade desde a invasão da Etiópia por parte da Itália Fascista de Mussoluni até a capitulação da França perante a Alemanha Nazista de Hitler.

Essa situação começou a mudar quando a Inglaterra ficou sozinha na guerra e a própria população americana começou a ver com outros olhos a situação na Europa. A entrada definitiva dos EUA na guerra, aconteceu após o ataque japonês a base de Pearl Harbor que aconteceu no dia 07 de Dezembro de 1941.

Boa Leitura,

Bruno Mingrone



A América Antes de Pearl Harbor


Aviões japoneses atacando um návio de guerra americano.
Por toda a década de 30, a América manteve uma política de rígido isolamento que incluía os acontecimentos na Europa. Quando Mussolini atacou a Etiópia, em 1935, o congresso aprovou um ato impedindo o presidente, Roosevelt, na época, de intervir em qualquer dos lados. Igualmente, quando rompeu a Guerra Civil espanhola, o congresso insistiu em que a América adotasse uma posição neutra, proibindo remessas de armas para qualquer das partes. Atado por uma legislação dessa ordem, Roosevelt não podia fazer mais, à medida que a situação na Europa se tornava mais e mais ameaçadora, do que exortar os americanos a adotar uma atitude mais aberta em relação ao exterior, esperando que a opinião pública gradativamente se voltasse contra os regimes fascistas na Europa, que representavam uma ameaça, ainda que distante, para a paz mundial. Mas nem a ocupação da Checoslováquia, a invasão da Polônia ou a declaração  de guerra da Inglaterra e seus aliados europeus foram capazes de gerar um movimento unificado pró-abandono da neutralidade americana. Quando a França caiu, porém, e a Inglaterra permaneceu sozinha entre a agressão alemã e os Estados Unidos, o sentimento popular mudou da noite para o dia. Finalmente o congresso autorizou um programa de mobilização e adoção de medidas visando ao fornecimento de ajuda à Inglaterra. Primeiro enviou-se um excedente de armamento; depois, concluiu-se um acordo de transferência de destróieres americanos da primeira guerra mundial para as bases navais britânicas e por fim o Congresso aprovou a Lend-Lease Bill (Lei de Empréstimos e Arrendamentos), estipulando o fornecimento de equipamento de guerra para os adversários do fascismo em condições de pagamento fácil. No momento em que Roosevelt terminou suas conversações com Churchill a bordo do navio de guerra Prince of Wales, ao largo da Terra Nova em agosto de 1941, era evidente que a neutralidade americana não era mais que formal, pois a nação se comprometera com o lado aliado.

Aviões americanos decolando para combater os japoneses.
Hitler não gostou nem um pouco disso. E se indispôs ainda mais com os Estados Unidos quando a América tomou a iniciativa de proteger a chegada de fornecimentos transportados pelo Atlântico, oferecendo cobertura de escolta. Submarinos alemães atacaram pela primeira vez navios americanos em 1941, e quando a navegação americana na zona de segurança ao largo da costa oriental se tornou um alvo para submarinos, pelo final do mesmo ano, os Estados Unidos fizeram seus preparativos finais para a ação, embora sem declarar guerra formalmente. Foi nesse período de inquietação que o Japão atacou Pearl Harbor.

As relações entre os Estados Unidos e o Japão andavam tensas há algum tempo, e o principal ponto de discórdia eram as tentativas japonesas de colocar a China sob o controle do império do sol nascente, por meios bélicos. A Guerra Sino-Japonesa começara em 1937, provocando protestos americanos, visto que os Estados Unidos tinham fortes interesses na China. A recusa do Japão em dar ouvidos a esses protestos moveu o governo americano a declarar um embargo na exportação de certos produtos para o Japão, inclusive petróleo, o que gradualmente reforçou a disputa. Privados de uma importante fonte de combustível, os japoneses tinham duas alternativas: aceitar um acordo humilhante com uma América pretendendo a inviolabilidade da China; ou procurar petróleo em outro lugar, se necessário pela força.

Não conseguindo firmar o acordo com o governo das Índias Orientais Holandesas para o fornecimento de petróleo, os japoneses decidiram negociar mais uma vez com os Estados Unidos, no verão de 1941, esperando que ainda houvesse uma chance de romper o embargo em termos aceitáveis. Se isso falhasse, teriam que recorrer a força nas Índias. Falhou, e houve endurecimento de atitude de ambas as partes.

Pelo final de 1941 parecia que a guerra era inevitável, e os dois lados apressavam seus preparativos. Para ganhar tempo um embaixador japonês foi enviado a Washington na metade de novembro, a fim de apresentar uma última oferta do Japão, cuja rejeição era conclusão previamente determinada, mas deveria manter as discussões em andamento até que o Japão estivesse pronto para atacar. Os americanos também, contemporizaram. Finalmente, quando Roosevelt foi informado das intenções do Japão em romper relações diplomáticas, aeronaves japonesas atacaram a base naval americana de Pearl Harbor, na ilha havaiana de Oahu.

Mapa japonês com a estratégia de ataque.

Isso aconteceu às 8 horas da manhã de 7 de setembro de 1941, a frota americana e os campos de pouso estavam desprevenidos, e o estrago foi feito em meia hora. Sete navios de guerra foram destruídos ou seriamente danificados. Apenas os porta-aviões escaparam, porque não estavam no local no momento. Tendo desmembrado a frota americana, os japoneses podiam dar prosseguimento a seu programa de conquista no Pacífico.

Fonte; Portal Segunda Guerra Mundial - ttp://www.2guerra.com.br/novosite

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O Blog "Um Aprendiz de História" está na final do prêmio TOP BLOG 2011

Olá Pessoal,

Primeiramente quero agradecer a todos pelos votos no meu blog. Graças a vocês, meu blog se classificou entre os top 100 e está na final do 2°turno.

Agora conto mais uma vez com vocês para votarem em meu blog nesse 2°turno. Basta clicar no link do lado direito e votar. Após o voto, por favor confirme o através do seu e-mail.




Mais uma vez meu muito obrigado,
Conto com vocês,

Bruno Mingrone

2° Guerra Mundial Parte 5 - A Invasão da Rússia

Olá Pessoal,

Nesse capitulo, vamos ver sobre a invasão da Rússia por parte da Alemanha Nazista. Hitler através do pacto Molotov-Ribbentrop de 1939, nunca pensou em manter a Rússia como sua aliada. Ele esperava apenas que a Rússia não fosse interferir na frente ocidental da guerra contra Inglaterra e suas aliadas evitando a possibilidade da mesma cortar os suprimentos de petróleo da Romênia que eram vitais para a máquina de guerra alemã.

Mas Hitler nutria um ódio pelos comunistas, igual ou pior do que ele nutria pelos judeus. Sendo assim com a rendição total da França, Holanda, Bélgica e o colapso do exercito inglês resultando na retirada de Dunkerque, Hitler viu a possibilidade de abrir a frente oriental da guerra e invadir a Rússia visando suas vastas reservas de trigo e petróleo. Estava assim iniciada a "Operação Barbarossa".

Boa Leitura,
Bruno Mingrone

A Invasão da Rússia


Retrato de Stalin na época da 2° Guerra
O pacto de Hitler com a Rússia, o pacto Molotov-Ribbentrop de 1939, foi um expediente estratégico que capacitou o Fuhrer a invadir a Polônia e subseqüentemente assolar o ocidente sem recear uma intervenção russa. Mas, nutrindo fanática convicções anticomunistas, não é de admirar muito que, mais tarde, invadisse o território de sua antiga aliada. Seus motivos, porém, não foram puramente ideológicos. A longo prazo a Rússia oferecia um Lebensraum quase sem limites, os campos de trigos e os celeiros da Ucrânia, e o petróleo do Cáucaso. A curto prazo Hitler achou que ela estava ameaçando o seu fornecimento de petróleo da Romênia e conspirava para intervir no lado inglês da guerra da Alemanha contra a Inglaterra. “A Inglaterra”, insistia ele, “deve ser conquistada; portanto, a Rússia tem que ser eliminada.” 

Pelo fim de 1940, o general Von Paulus, que mais tarde comandaria o exército que se rendeu aos russos em Stalingrado, foi instruído por Hitler para fazer um plano detalhado para a ofensiva contra a Rússia. A 5 de dezembro Hitler emitiu ordens para que fossem feitos preparativos para Barbarossa - a invasão da Rússia -, que deveriam esta completos em 15 de maio de 1941. De fato, a invasão provavelmente teria ocorrido nesta data se a atenção de Hitler não tivesse sido desviada para a expedição de tropas alemães para os Bálcãs. 
Hitler quisera garantir o controle dos Bálcãs por meio de diplomacia armada, antes de invadir a Rússia, prevenindo assim a intervenção britânica naquele setor. A Bulgária submeteu-se, mas a Grécia e a Iugoslávia resistiram, forçando Hitler a desviar divisões Panzer destinadas à ofensiva russa para dominar esses dois países. A intervenção armada da Inglaterra foi quase que complemente ineficaz, e em questão de semanas a Grécia e a Iugoslávia estavam fora de combate, mas o início de Barbarossa teve que ser adiado para a segunda metade de junho, que mais tarde contribuiria para a derrota alemã no leste.

A 22 de junho, tropas alemães atravessaram a fronteira russa em três correntes separadas. Ao norte um exército comandado por Von Leeb avançou contra Leningrado através dos Estados Bálticos ocupados pela Rússia; ao centro, um exército sob o comando de Von Bock moveu-se da área de Varsóvia em direção a Smolensk e depois Moscou; ao sul Von Rundstedt comandou um exército dos pântanos do rio Pripet rumo a Kiev.

Mapa da "Operação Barbarossa" de 1941
Hitler pretendia que esses exércitos avançassem tanto quanto possível em território russo, depois efetuassem um conversão e armassem uma armadilha para os russos com uma série de cercos maciços. Inicialmente o avanço foi quase tão rápido quanto na Polônia e na Franca, mas os alemães não haviam levado em conta a obstinação da resistência russa, que os deteve mais tempo que esperavam. Além disso, as estradas eram precárias e as distâncias a serem cobertas, muito maiores do que as percorridas nas campanhas polonesa e francesa, criaram consideráveis problemas logísticos. A frustração de Hitler crescia à medida que suas forças arremetiam cada vez mais fundo na Rússia e o grande cerco ainda as iludia. Então começou a chover. As estradas sem calçamento transformaram-se em verdadeiros lamaçais. Tanques e outros veículos dotados de esteiras podiam continuar sem impedimento, mas seu abastecimento e a infantaria de apoio, em veículos de rodas, os retardaram.

Apesar desses problemas, as divisões Panzer de Guderian e Hoth foram capazes de capturar 300.000 soldados russos em Smolensk, em julho, e se não fosse pelo lento progresso dos exércitos de Von Rundstedt ao sul, o avanço sobre Moscou se teria processado velozmente. Mas Rundstedt deparou, em Kiev, com um formidável exército russo, sob o comando do veterano Marechal Budiênni. Hitler estava ansioso de que Rundstedt se habilitasse a arremeter com o máximo de pressa para a Criméia e, ante a insistência de Guderian de que devia continuar perseguindo os russos na estrada que levava a Moscou o Fuhrer ordenou a uma parte do exército de Bock, incluindo as divisões Panzer de Guderian, que voltasse para o sul e ajudasse Rundstedt a derrotar Budiênni e seus homens em Kiev. Guderian, atacando ao sul, e Kleist, atacando ao norte, encontram-se a leste de Kiev, num brilhante movimento de pinças que cercou por volta de 600.000 russos, mas já era fim de setembro antes que o avanço se pusesse em marcha de novo. Outro cerco de exércitos de Bock em torno de Viazma fez outros 600.000 prisioneiros, mas o tempo estava piorando e novas forças russas se reunindo diante Moscou.


Vídeo sobre a invasão da Rússia "Redescobrindo a Segunda Guerra" do NetGeo

Os generais alemães pensaram que haviam chegado o momento de parar, devido ao inverno, e consolidar sua posição - até Hitler perdera parte do seu otimismo - , mas Bock achava que deviam continuar, e no começo de dezembro tropas alemães atingiram os subúrbios de Moscou, apenas para serem sumariamente expulsas pelos russos comandados por Zukov. Hitler ordenou a suas forças que não se retirassem, mas estabelecessem posições tão próximas de Moscou quanto possível, e aí ficassem por todo o apavorante inverno russo, mal vestidos e mal equipados para as condições.

Ao sul, os exércitos de Rundstedt haviam entrado na Criméia e na Bacia de Donetz, mas não haviam conseguido tomar os campos de petróleo do Cáucaso, e na primeira semana de dezembro tiveram que bater em retirada. O fracasso de Hitler em tomar Moscou pode ser atribuído ao erro tático de desviar exércitos dirigidos contra Moscou para ajudar Rundstedt em Kiev; ao fato de ter subestimado o tamanho dos exércitos russos que o enfrentaram, que pareciam ter sempre novas tropas para trazer para o front quando sofriam perdas; e ao fato de que a lama ter retardado o avanço a partir de julho.

O ano seguinte deveria testemunhar o inicio da ruína da Alemanha nazista, decretada na Rússia, em Stalingrado.

Fonte; Portal Segunda Guerra Mundial - http://www.segundaguerramundial.com.br/


domingo, 16 de outubro de 2011

2° Guerra Mundial Parte 4 - A Batalha da Grã-Bretanha

A Batalha da Grã-Bretanha


A queda da França e a evacuação de Dunquerque teriam deixado a Inglaterra, com seu Exército em desordem e sua Força Aérea ainda longe da potência adequada, exposta a um assalto devastador por parte da Alemanha, se esse assalto tivesse sido desencadeado imediatamente. Mas Hitler se deteve, primeiro porque os arranjos e preparativos para a invasão da Inglaterra por mar, conhecida como Operação Leão-Marinho, estavam longe de estarem completos, e segundo porque esperava que Churchill, reexaminando a situação perigosamente fraca da Inglaterra, tentasse fazer negociações de paz. Os termos dessa paz, achava Hitler, seriam altamente favoráveis a ambas as partes: a Inglaterra se retiraria do conflito e permitiria a Hitler prosseguir sem ser molestado rumo à dominação da Europa; e a Alemanha, por sua vez, se comprometeria a deixar a Inglaterra e seu império ultramarino tranqüilos.

Londres após ser bombardeada pela Luftwaffe
Churchill, porém, não tomou qualquer iniciativa para entrar em tais negociações, e, com a Leão-Marinho adiada para setembro, Goering foi instruído para lançar um vigoroso ataque aéreo contra Inglaterra, a fim de enfraquecer a possível resistência à invasão quando esta ocorresse. Os chefes do Exército e da Marinha de Hitler soltaram um suspiro de alívio. Tinham sido sempre cépticos quanto às chances de sucesso da invasão, visto que seria uma operação de extraordinária complexidade logística e tática, e estimularam animadamente, portanto, o desejo de Goering de agradar o Fuhrer demonstrando a supremacia do poder aéreo da Luftwaffe.

Em 5 de agosto Goering recebeu a ordem de ir em frente, e a Batalha da Inglaterra começou. Goering tinha à sua disposição cerca de 2.700 aviões - número consideravelmente maior do que o que os ingleses podiam reunir. Entretanto, ambos os lados possuíam uma quantidade quase igual de aviões de combate, e a Inglaterra tinha três pontos a seu favor. Dispunha de um sistema de radar auxiliado por membros do Corpo de Observadores; estava em condições de construir aviões mais depressa (para substituir as perdas); e seus Spitfires e Hurricanes, tendo de voar uma distância menor até a área do conflito, dispunham de combustível para permanecer mais tempo em combate. Em contrapartida, o Hurricane era mais lento do que o Me 109 alemão (embora o Spitfire fosse ligeiramente mais veloz), e a RAF estava com escassez de pilotos treinados, fato que veio à tona quando a batalha terminou.

Os alemães chamaram o 13 de agosto como Adletag, ou seja, Dia da Águia. Assinalava o lançamento de um esquadrão de 1.400 aviões alemães, com ordens para destruir as bases da RAF e as instalações de radar a sudeste de Londres. Entretanto, os primeiros movimentos não corresponderam às expectativas de Goering. O radar inglês e o sistema de observação davam à RAF condições de ter seus aviões no ar imediatamente, prontos para enfrentar a Luftwaffe, e por uma perda de 45 aviões alemães Goering pôde apenas relatar danos sérios em duas bases inglesas e a destruição de 13 aviões da RAF. O tempo nublado restringiu as atividades da Luftwaffe no dia seguinte, 14 de agosto, mas a 15 de agosto ocorreu o ataque mais violento da batalha inteira. Mais de 1.500 aviões alemães, mais de um terço dos quais composto de bombardeiros, atravessaram a costa britânica. Era a tentativa de Goering para esmagar de uma vez a resistência aérea dos adversários. Houve dois ataques a campos de pouso no norte da Inglaterra: uma feroz resistência obrigou uma esquadrilha de bombardeio, escoltada por aviões Me 110 que não puderam fornecer muita proteção, a voltar atrás sem causar prejuízos sérios; a outra, embora sem escolta, infligiu pesados danos à base da RAF de Duffield, em Yorkshire, apesar de sofrer graves perdas também.

No sul da Inglaterra, as bases de Hawkinge e Lympne foram atacadas, sendo que a última ficou temporariamente fora de ação. Por todo o dia, numa desconcertante variedade de ataques, os alemães tiveram os aviões de combate ingleses à sua cola. Felizmente para os ingleses, os ataques alemães não foram bem coordenados e puderam, portanto, ser rechaçados, mas quando duas investidas maciças foram desfechadas no sul da Inglaterra em rápida sucessão, à noite, os ingleses foram forçados a revidar com uma resposta maciça. Para enfrentar o primeiro ataque, nada menos do que 170 aviões de combate decolaram - um tributo à coordenação e ao controle do Comando de Combate. Ambos os ataques foram repelidos, sem que provocassem grandes danos.

As perdas da Luftwaffe nesse dia totalizaram 76 aviões, enquanto os ingleses perderam apenas 34. Estava ficando claro que o domínio do ar sobre a Inglaterra era um objetivo mais difícil do que se supusera. A 16 e 18 de agosto, foram desferidos ataques em escala bem maior, mas ambos conseguiram pouca coisa, e as perdas alemães foram graves. Goering havia superestimado as perdas inglesas e, acreditando que a RAF estaria tão enfraquecida em números que o uso do radar não seria mais um fator crucial, concentrara seus esforços sobre as bases da RAF mais do que sobre as instalações de radar. Mas estava errado em ambas as considerações e pagou pelo erro com a perda de mais de 450 aviões nas primeiras três semanas de agosto.

A 24 de agosto, depois de uma breve bonança, Goering desferiu uma segunda ofensiva contra uma Inglaterra sitiada. A superioridade que a RAF conservava até então dessa vez não foi mantida sem sacrifício: houve pesadas perdas, que não estavam sendo compensadas pela velocidade de produção de novos aviões; fábricas e campos de pouso sofreram danos consideráveis; os pilotos estavam tensos e exaustos; não havia novos pilotos saindo dos centros de treinamento com rapidez suficiente para substituir os que tinham sido perdidos. Além disso, a tática de Goering melhorou, e o final de agosto viu um aumento assustador nas perdas britânicas. Mas as perdas da Luftwaffe haviam-lhe reduzido consideravelmente a potência, e quando a 7 de setembro Hitler instruiu Goering para mudar sua política de visar incessantemente o Comando de Combate da RAF para uma série de bombardeios diurnos sobre Londres, aquele comando teve uma chance para recuperar parte de sua força. Naquele dia Goering e Kesselring se puseram sobre os penhascos da costa norte da França e observaram o maciço esquadrão de 1.000 aviões alemães passar por cima de suas cabeças em direção à Londres. O cais, o centro e o leste de Londres foram bombardeados, causando morte ou ferimentos a 1.600 civis. A oposição de solo e ar foi muito fraca - havia canhões insuficientes e a RAF chegou tarde em cena - e um reforço alemão enviado na mesma noite perdeu apenas um avião em ataques que duraram a noite toda.

                         Famoso discurso de Churchill em 1940 - Nunca nos Renderemos

Seguiu-se uma série de ataques noturnos a Londres, durando até 3 de novembro, conhecida como Blitz. Apesar do início vacilante, os ingleses logo passaram a dar um tratamento ainda mais violento à Luftwaffe. As defesas antiaéreas foram consideravelmente aumentadas e o Comando de Combate, aproveitando a folga concedida pelo relaxamento da pressão sobre suas bases, logo recuperou forças.

Em 14 de setembro, data marcada para o desencadeamento da Operação Leão-Marinho, a frota para a invasão estava pronta, mas Goering não havia destruído nem Londres nem a RAF, e a invasão foi adiada. Não podia ser adiada por muito tempo, porém, pois as condições de tempo se tornariam desfavoráveis, e na manhã de 15 de setembro Goering e Kesselring lançaram mil aviões sobre Londres, num maciço ataque diurno. Num combate que se estendeu por todo o dia, 60 aviões alemães foram abatidos, as perdas da RAF contaram 26 unidades, e finalmente, permanecendo intactas as defesas britânicas, o ataque foi rechaçado.

A 18 de setembro deu-se a ordem para que a frota Leão-Marinho, devido ao mau tempo e aos persistentes ataques de bombardeiros da RAF, fosse dispersada. A única finalidade do assalto aéreo alemão à Inglaterra - o enfraquecimento para a invasão - fôra frustrada, e embora o bombardeio continuasse por algum tempo, o clímax havia passado.

A 3 de novembro, pela primeira vez em meses, nenhum alarme antiaéreo preveniu os londrinos de um ataque iminente. Entretanto, uma nova ofensiva estava a caminho. A 14 de novembro iniciou-se uma campanha de bombardeios noturnos sobre as cidades, centros industriais e portos ingleses. Coventry foi a primeira a sofrer, depois Birmingham, Southampton, Bristol, Plymouth e Liverpool. Londres foi alvo de um ataque pesado em 29 de dezembro, e depois a Luftwaffe abrandou, devido ao inverno. Em março os ataques recomeçaram e a 10 de maio Londres sofreu um assalto realmente violento, mas a 16 do mesmo mês a Luftwaffe desviou a atenção para a iminente invasão da Rússia e o pior havia passado.

Nessa famosa batalha, a Alemanha chegou muito mais perto da vitória do que a Inglaterra admitiu ou Hitler imaginou. Se os ingleses não tivessem bombardeado Berlim em 25 de agosto, Hitler não teria ordenado à Luftwaffe que concentrasse o ataque sobre Londres, e o ataque às bases avançadas do Comando de Combate poderia ter sido repelido num momento em que a RAF estava em seu ponto mais fraco. E se mais tarde a Luftwaffe tivesse persistido mais tempo em seus ataques contra centros industriais, a Inglaterra teria sido posta de joelhos. Dois erros táticos, análogos ao erro de não liquidar com a BEF em Dunquerque, afrouxaram o aperto de Hitler na Inglaterra - e ela sobreviveu para lutar noutra ocasião.

Fonte; Portal Segunda Guerra - http://www.segundaguerramundial.com.br/