sábado, 19 de novembro de 2011

2° Guerra Mundial Parte 12 - A Retirada na Rússia

Olá Pessoal,
Nesse capítulo, vamos ver sobre a a derrota da Alemanha na Rússia, fato que marcou o inicio da derrota alemã na segunda guerra mundial.
Após as primeiras derrotas russas que causou a tomada de Stalingrado pelos alemães, os russos se reorganizaram em sucessivos contra ataques maçicos contra o exercito alemão que contaram também com o rigoroso inverno russo que dificultou o envio de armas e suprimentos da Alemanha para os soldados da frente oriental causando o colapso de suas tropas.
Boa Leitura,
Bruno Mingrone

A Retirada na Rússia


Cartaz russo conclamando para a guerra
O inverno de 1941 viu as forças de Hitler fora de Moscou e seu avanço na Rússia, vacilante. Foi quando planejou uma nova ofensiva para a primavera de 1942. Ao norte investiria novamente contra Leningrado, mas a ofensiva principal ocorreria ao sul, onde era necessário garantir os campos de petróleo do Cáucaso para abastecer de combustível o esforço de guerra da Alemanha. Essa investida deveria ser acompanhada e protegida por uma manobra de contornamento a sudeste, rumo à Stalingrado, a qual, se bem sucedida, isolaria as forças russas que rumavam para o Cáucaso.

Quem atacou primeiro, porém, foram os russos. A 12 de maio de 1942, uma grande força russa avançou para Karkov, mas o assalto foi vencido. No fim do mês, o General Timoshenko e 240.000 homens tinham sido aprisionados. Com os russos vacilantes, o 1o Exército Panzer de Kleist irrompeu pelo corredor Don-Donets em junho e, avançando, tomou a cidade-chave de Rostov, cortando o fornecimento de petróleo caucasiano dos russos. As forças de Kleist em seguida abalaram para o sul, mas pouco depois a falta de combustível e a região montanhosa retardaram o avanço, que foi detido em outubro.

Enquanto isso o General von Paulus e o 6o Exército alemão, marchando pelo corredor Don-Donets abaixo, tinham alcançado a curva do Don perto de Kalach, a apenas 64 km de Stalingrado, em 28 de julho. A 23 de agosto o ataque a Stalingrado, que acabaria por anunciar o fracasso do avanço alemão sobre a Rússia, foi desferido. Tomou a forma de um movimento de pinça, realizado pelo 6o Exército, do nordeste da cidade, e pelo 4o Exército, do sudoeste. Entretanto, os defensores mantiveram os dois braços da pinça bem separados, e os alemães responderam com um ataque direto do oeste. Essa combinação produziu um front semicircular, que gradualmente começou a convergir sobre a cidade, tornando-se cada vez mais apertado. Os russos estavam lutando de costas para o Volga, ali com 3,6 km de largura, e determinados a não ceder terreno. Os alemães lançaram ataque após ataque, mas quando o front se estreitou, ficou mais fácil para os russos enfrentar um assalto vindo de qualquer direção. Enquanto isso, o inexorável esforço alemão para executar o ataque exauria as reservas de homens e de máquinas da Alemanha, o que tornava suas forças de contornamento gradativamente mais fracas.

Em setembro a luta atingiu os subúrbios. A cidade fora reduzida a escombros pelo bombardeio alemão, mas seus habitantes e soldados não cediam. Construíram barricadas improvisadas nas ruas cobertas de destroços e puseram sentinelas nas casas em ruínas. Nos árduos combates de rua que se seguiram, os alemães se viram medindo em centímetros o progresso do seu avanço. O ataque a Stalingrado tornara-se uma batalha de desgaste, de pesadelo, mas era evidente que os defensores russos estavam perdendo terreno. Fazia-se necessário um contra-golpe, que logo ocorreu.

Nos dias 19 e 20 de novembro de 1942, duas colunas russas rumaram para oeste, partindo do norte e do sul da cidade, depois viraram para dentro, cercando hábil e completamente o exausto exército de von Paulus. Esse movimento clássico, planejado pelos generais Zukov, Vassilievski e Voronov, foi executado em 23 de novembro, acompanhado de um amplo cerco a oeste, visando a aparar qualquer possível investida alemã com a finalidade de socorrer o exército encurralado. O apelo que von Paulus dirigiu a Hitler, solicitando permissão para tentar uma retirada da cidade, foi sumariamente rejeitado, mas Manstein recebeu instruções para preparar uma operação de socorro. Na metade de dezembro, o exército do Don, de Manstein, apressadamente reunido, moveu-se do sul numa tentativa de se juntar ao 6o Exército de von Paulus, e penetrou a até 50 km do seu objetivo, mas foi forçado a parar pelos russos.

O destino do 6o Exército estava selado, agora, e uma vasta contra-ofensiva russa tomou corpo. Perdendo a supremacia, as forças alemães de repente se puseram em retirada. Os russos varreram-nas do corredor Don-Donets, ameaçando dividi-las no Cáucaso. Numa corrida desesperada para escapar antes que a passagem se fechasse, as tropas alemães se precipitaram do Cáucaso por Rostov, fugindo no final de janeiro de 1943, quando a porta fechava-se atrás deles.

A 10 de janeiro os russos tinham desferido um maciço ataque de cerco contra o exército encurralado em Stalingrado, e finalmente, no dia 31, apesar das instruções de Hitler no sentido de lutarem até a morte, Von Paulus capitulou. Seguindo a precipitada retirada do Cáucaso, a rendição em Stalingrado, quando 92.000 alemães se entregaram, reduziu a pedaços as ambições da Alemanha na Rússia, enquanto para o povo alemão o nome de Stalingrado passava a simbolizar ruína e insensatez. Ao norte, igualmente, a Alemanha sofreu um revés, e Hitler, um golpe em seu orgulho, quando as forças russas finalmente conseguiram abrir uma brecha no cerco alemão a Leningrado e levar suprimentos à cidade assediada, embora mais um ano devesse passar antes que o cerco fosse finalmente rompido.

Katyucha, conhecido como "orgão de Stalin", poderosa arma russa.

Fevereiro de 1943 viu a continuação das ofensivas russas em diferentes pontos do setor sul, culminando com uma arremetida ao sul, no final do mês. Isso representou outra tentativa de separar as forças alemães no sul, mas um contragolpe dos alemães restabeleceu parcialmente a sua posição; em seguida houve uma pausa de três meses. Durante esse período Hitler se concentrou em organizar e reparar seu exército, preparando-se para uma nova ofensiva.

Ele tinha poucas dúvidas quanto ao que seria o objetivo; na realidade, esse objetivo, o convidativo bojo da saliência de Kursk, era tão óbvio para os russos quanto para ele. Planejou atacar a saliência e cercar as forças russas que lá se encontravam com outro envolvimento clássico pelo exército de Manstein vindo do norte e de Von Kluge vindo do sul.

A operação iniciou-se em 5 de julho, mas nenhuma das duas alas atacantes foi capaz de realizar uma penetração decisiva. Os russos haviam espalhado minas em profusão pelo caminho e estabelecido fortes posições de defesa em antecipação aos movimentos de Hitler. Depois de uma semana, tornou-se claro para Manstein e Von Kluge que suas perdas iam num ritmo que não podiam acompanhar, e Von Kluge começou a recuar. Os russos então desferiram uma investida à saliência adjacente do Orel, dominada pelos alemães, em 12 de julho, forçando os alemães para trás. As forças em retirada resistiram por todo o caminho e, quando tentaram firmar-se em posições a leste do Dnieper, sua linha de frente se tornara tão delgada devido às perdas na luta contínua, que fracassaram. Tivessem conduzido uma rápida retirada após o colapso de suas posições em torno do Orel, e teriam sido capazes de se entrincheirar a leste do Dnieper e deter o avanço russo.

Mapa do avanço alemão na URSS.
Em 6 de novembro os alemães perderam Kiev, e no inverno e na primavera seguintes o avanço russo foi acelerado tanto no setor sul quanto no norte. Em janeiro de 1944 Leningrado foi libertada; em abril chegou a vez da Criméia. Em junho os russos desencadearam uma ofensiva com 166 divisões ao norte dos pântanos do Pripet, cronometradas para coincidir com a invasão da Normandia e assim provocar uma pressão máxima em todos os fronts. Num movimento de pinças, em Minsk, que representava uma barreira vital e um importante centro de comunicações, 100.000 alemães foram encurralados.

Em agosto as forças russas atingiram o Vístula. Avançaram tanto e tão depressa, que suas comunicações e linhas de abastecimento se tornaram praticamente intermitentes, permitindo que os alemães se reagrupassem. No fim de agosto as tropas russas no setor sul atravessaram a Romênia, encurralando o 6o Exército alemão, que perdeu vinte divisões. Em seguida lançaram suas divisões motorizadas sobre a Europa oriental, alcançando Budapeste em novembro, onde foram detidas por tropas alemães e húngaras.

No final de 1944, a linha de frente russa se estendia da fronteira oriental da Prússia Oriental, via Varsóvia e Budapeste, até o lago Balaton. Em janeiro de 1945 desferiram uma nova ofensiva que rompeu a linha em todos os setores, e no fim de fevereiro, os exércitos russos do centro haviam alcançado a linha Oder-Neisse, dentro da Alemanha, onde os alemães, à custa de suas defesas ocidentais, conseguiram detê-los. O fim não estava muito longe.

Fonte; http://www.segundaguerramundial.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário