História dos reis de Roma é cercada de lendas
Situada entre sete colinas, Roma teria tido também sete reis que reinaram 245 anos, isto é, sete vezes sete lustros (um lustro é um período de cinco anos). Na realidade, esse número é muito provavelmente uma ficção mitológica e, se alguns desses reis de fato existiram, as vidas que lhes são atribuídas pelos historiadores antigos têm caráter inequivocamente fantástico. De qualquer modo, a tradição apresenta a seguinte seqüência cronológica:
Fundação de Roma | 753 a.C. |
Rômulo - primeiro rei | 753-715 a.C |
Numa Pompílio | 715-673 a.C |
Tulo Hostílio | 673-642 a.C. |
Anco Márcio | 642-617 a.C. |
Tarqüinio Prisco, ou o Antigo | 616-579 a.C. |
Sérvio Túlio | 578-535 a.C. |
Tarquínio, o Soberto | 534-510 a.C. |
Tirania
Os primeiros reis de Roma eram eleitos pelo Senado, o conselho dos anciãos, formado pelos grandes proprietários de terra. Os reis etruscos, ao contrário, tomaram o poder à força, com o apoio dos plebeus (pequenos proprietários, comerciantes, artesãos e estrangeiros). O poder de um único homem, que contava com a sustentação do povo, mais do que a da aristocracia, recebeu em grego o nome de "tirania". Por isso, o último Tarqüíno recebeu o nome de Soberbo, isto é, o Orgulhoso, que equivalia em grego a "tirano".
Para contar com os plebeus, os reis etruscos multiplicaram as guerras de conquista, que resultavam em grandes saques, e as grandes obras (financiadas pelos butins de guerra), que davam trabalho aos artesãos. Eles também aumentaram o número de senadores, para levar ao Senado outras famílias além dos tradicionais patrícios.A República
A deposição de Tarquínio, o Soberbo, em 509 a.C., e o fim da monarquia foi uma reação da aristocracia. Na República então implantada o monopólio do poder voltou aos patrícios, deixando os plebeus à margem. Contudo, os plebeus não se acomodaram e, ao longo de séculos, promoveram manifestações e reivindicações, de forma que a República romana, em seu apogeu e declínio, chegou a se aproximar da democracia ateniense, em que o poder se dividia entre o Senado, os magistrados e as assembléias.
Vale à pena mencionar que a derrubada da monarquia gerou uma aversão ao regime monárquico que se estendeu de 509 a.C. até o início do Império, cerca de meio século antes de Cristo. Em 44 a.C., Marco Antônio ofereceu a coroa de rei a Júlio César, que a recusou. Em 47 a.C, Otávio Augusto se tornou o primeiro imperador. Contudo, ele procurou manter um governo aparentemente republicano. Fonte: http://educacao.uol.com.br/historia
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