terça-feira, 16 de outubro de 2012

2° Guerra Mundial Parte 17 - A Queda do Japão

Olá Pessoal,
 
Chagamos ao último capitulo desse resumo sobre a 2° Guerra Mundial, no qual falaremos sobre a queda do Japão.
 
O tema sobre a SGM sempre foi um de meus favoritos, qualquer coisa relacionada a ela me fascina. Sejam filmes, livros, documentários...enfim tudo...rs.
 
Sempre fico imaginado como foi ter participado desse evento, o horror que deve ter sido o medo tomando conta dos soldados sejam eles Aliados ou do Eixo, os civis vendo suas casas e cidades sendo destruídas, seus pais e filhos sendo mortos.....
 
Bom, falando sobre esse último capitulo, ele começa falando sobre as conquistas das ilhas do pacifico pela frota americana, visto que o exercito imperial japonês já não tinha a mesma força de antes, passando pelo próprio Japão através da invasão da ilha de Okinawa chegando finalmente ao clímax com os americanos lançando as bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki causando assim a rendição do Império Japonês decretando oficialmente o fim da 2° Guerra Mundial.
 
Boa Leitura e até a próxima.
Bruno Mingrone



A Queda do Japão

Em abril e maio de 1944 os Aliados desembarcaram perto de Hollandia, na costa norte da Nova Guiné holandesa, na ilha de Wakde, a pouca distância da praia, e na ilha de Biak. Com essas posições guarnecidas, era tempo de se prepararem para o estágio seguinte, a conquista das Marianas. Havia guarnições japonesas em Saipan, Tinian e Guam, grupo esse que representava uma importante plataforma nas comunicações do Japão com o seu império no sudoeste do Pacífico. Para os americanos, as bases nessas ilhas colocariam as suas Super-Fortalezas B-29 dentro de um fácil raio de bombardeio sobre o Japão e as Filipinas.

Reuniu-se uma frota de invasão, com 130.000 homens a bordo, que no dia 15 de junho desembarcaram em Saipan. Os japoneses haviam planejado uma operação de oposição à invasão americana. O objetivo era esmagar a frota americana entre uma força de porta-aviões avançando de leste para as ilhas, e aviões estacionados em terra voando da ilha para oeste, e quando os desembarques tivessem início a frota do Almirante Toyoda rumaria para o mar das Filipinas, nos estágios de abertura do plano.

Em 19 de junho teve lugar a Batalha do Mar das Filipinas, com os japoneses enfrentando a potentíssima 5a Frota do Almirante Spruance. A posição japonesa estava enfraquecida pela sua inabilidade em exercer pressão sobre os americanos com aviões estacionados em terra, visto que suas forças aéreas nas Marianas já tinham sido largamente dizimadas. Assim, sofreram uma derrota retumbante. Nas duas fases da batalha, perderam quase 500 aviões e três porta-aviões de esquadra, enquanto muitos de seus outros navios eram avariados. Sua retirada eliminou qualquer possibilidade real de obstruir o subseqüente progresso americano sobre as Filipinas, e permitiu à invasão das Marianas prosseguir sem obstáculos. Os desembarques ocorreram em Guan no dia 21 de julho e em Tinian no dia 23, e embora a resistência japonesa fosse obstinada e feroz, não havia mais dúvidas quanto à conquista das ilhas.

O alvo seguinte eram as Filipinas, cuja defesa foi conduzida pelo General Yamashita, comandante das forças japonesas vitoriosas na Malásia em 1942. Depois da captura da ilha Morotai (ao sul de Mindanao) e das ilhas Palau, em setembro, as tropas de MacArthur desembarcaram em Leyte, no dia 20 de outubro. Essa ilha encontra-se no meio do arquipélago filipino: a posse dela dividiria ao meio a defesa japonesa. Os japoneses estavam determinados a defender as Filipinas, e haviam planejado uma sedutora armadilha para a frota de invasão americana. A isca seria uma força naval, incluindo quatro porta-aviões, comandada pelo Almirante Ozawa, que navegaria para o sul partindo do Japão, na esperança de atrair a frota americana ao seu encontro. Isso deixaria vulneráveis os transportes da invasão e suas escoltas ao largo de Leyte. Para esmagá-los o Almirante Kurita subiria de Cingapura, dividindo sua força para atacar de noroeste e de sudoeste, num movimento de pinças. Para essa operação, confiou inteiramente em navios tradicionais, incluindo os maciços vasos de guerra Yamato e Musashi, com canhões de 457 mm.

No papel parecia um esquema de ação bastante razoável, mas na prática exigia que os americanos fizessem tudo o que esperava que fizessem. Além disso, a decisão de usar grandes canhões como principal força de choque, quando os porta-aviões haviam provado sua supremacia nessa função, era um erro. De qualquer modo, as coisas deram errado para os japoneses desde o começo. A frota de Kurita foi localizada a tempo pelos almirantes americanos, que puderam se preparar, e a preocupação com a sua aproximação resultou em que não conseguissem notar a chegada da força chamariz de Ozawa - apesar de seus desesperados esforços para chamar a atenção, emitindo sinais não codificados. Em pouco tempo os porta-aviões de Halsey estavam atacando a frota de Kurita em levas sucessivas, afundando o Musashi e forçando os japoneses a recuar. Halsey considerou isso uma retirada final e, tendo finalmente sabido da aproximação de Ozawa, seguiu para o norte com toda a sua frota para enfrentá-lo. Mal zarpara quando recebeu um relatório de reconhecimento afirmando que Kurita fizera meia-volta e estava se dirigindo de novo para a batalha. Resolvido agora a destruir a frota de Ozawa, Halsey não se sentiu inclinado a crer no relatório e continuou rumo ao norte. Estava convencido de que, ainda que fosse verdade, a frota japonesa fora tão reduzida pelo primeiro confronto que a frota do Almirante Kinkaid poderia facilmente se ocupar dela sem ajuda sua. Kinkaid, por sua vez, não estava prevenido de que Halsey não deixara navio algum guardando o seu acesso norte, através do estreito de San Bernardino, e limitou-se a observar o acesso sul, o estreito de Surigao. Quando a força de Kurita chegou do sul, foi forçada a navegar em fila pela estreita passagem e, numa manobra clássica, os americanos explodiram todos os navios japoneses.

A vitória foi completa quando chegaram notícias de que a frota norte japonesa já havia começado a atacar a pequena força que guardava os navios de MacArthur. Kinkaid enviou sinais a Halsey para que voltasse, mas Halsey continuou seu caminho. Então os japoneses, tendo eliminado a oposição à sua frente, moveram-se contra os transportes indefesos. Kinkaid emitiu novos sinais a Halsey, que finalmente voltou - mas avançara tanto, que sua chegada só ocorreu horas depois.

Nessa altura Kurita repentinamente fez meia-volta. Mensagens de rádio interceptadas convenceram-no de que os americanos estavam prestes a bloquear sua rota de evasão, e ele precipitou-se para escapar à ameaça fantasma.

A Batalha do Golfo de Leyte estava, milagrosamente, terminada. Fôra o maior conflito naval de todos os tempos, em termos de número de navios envolvidos. Embora os navios de guerra japoneses tivessem escapado, seus porta-aviões (da frota de Ozawa) foram, os quatro, afundados, e essa perda anunciou o fim do poderio marítimo japonês. Eles tinham, porém, utilizado pela primeira vez uma arma nova, quase impossível de ser enfrentada: o vôo suicida camicase, que iria causar muitas vítimas.

No Natal de 1944, a resistência japonesa na ilha Leyte terminou, e em 3 de janeiro de 1945 uma frota americana de 164 navios zarpou do golfo de Leyte para efetuar desembarques na principal ilha filipina, Luzon. Em 8 de janeiro esses desembarques foram realizados, no golfo de Lingayen, ao norte de Manila, e logo forças americanas estavam avançando para o sul, rumo à capital. Em 4 de março, após combate corpo a corpo nas ruas, Manila estava nas mãos dos americanos, enquanto a península de Bataan e a ilha de Corregidor (ambas cenário de derrotas americanas anteriores) tinham sido capturadas.

Restavam dois degraus, agora, entre os americanos e o Japão: as ilhas de Iwo Jima e Okinawa. Iwo Jima, oferecendo bases de bombardeiros tão distantes de Tóquio quanto as bases das Marianas, foi dominada primeiro. Essa ilha, com 6,5 km de comprimento, estava defendida por uma forte guarnição de 25.000 homens, que se haviam entrincheirado muito bem. O Almirante Spruance, comandante da operação, desencadeou um pesado bombardeio aéreo e naval antes de por os marinheiros em terra firme no dia 19 de fevereiro, mas ainda assim os americanos sofreram 2.500 baixas nesse dia. Após um selvagem combate, a resistência cessou em 26 de março. As perdas americanas subiram a 26.000, mas a guarnição japonesa lutou literalmente até a morte, restando apenas umas poucas centenas de homens, que foram feitos prisioneiros.

Em Okinawa os japoneses haviam organizado uma força de 110.000 homens. Era uma ilha muito maior, com terreno acidentado, e mais uma vez as posições japonesas estavam profundamente fortificadas. Okinawa, quase eqüidistante de Formosa, Japão e China, era um desejável objetivo estratégico, mas os americanos perceberam que precisariam empregar uma força enorme para tomá-la. Campos de pouso no Japão foram atacados antes da invasão, a fim de minimizar a ameaça das forças aéreas japonesas, e mais de 250.000 homens foram reunidos.

Em 1o de abril ocorreram os desembarques na costa oeste; em seguida os americanos rumaram para o sul da ilha. Surpreendentemente, a interferência japonesa foi mínima, e foi muito fácil estabelecer uma cabeça-de-ponte na praia. No dia 3 a ilha fora atravessada, mas um movimento ao sul provocou uma firme oposição. Centenas de aviões camicase acometeram os invasores - até o navio de guerra Yamato, em 6 de abril, foi enviado sem combustível para uma viagem sem retorno, numa insípida missão suicida, que culminou com a sua perda e com baixas apavorantes.

As forças americanas então avançaram para o norte e o sul. No dia 19 de abril foi desferido um ataque de peso contra posições japonesas ao sul, mas os defensores estavam bem entrincheirados e os atacantes sofreram consideráveis baixas para poucos ganhos.

Os japoneses estavam ficando impacientes. Depois de obedecer rigidamente à determinação de manter uma defesa obstinada, desencadearam uma contra-ofensiva no começo de maio. Conseguiram penetrar as linhas inimigas, mas tiveram uma perda de 5.000 homens. No começo de junho tinham sido forçados a descer para o extremo-sul da ilha, e no meio do mês, após um vasto emprego de lança-chamas, conseguiram abrir uma brecha. Nessa batalha os japoneses utilizaram grande quantidade de ataques camicase e lutaram com terrível determinação, mas, significativamente, a proporção de soldados que acabou se rendendo no final foi muito maior. Suas perdas foram de 110.000 homens contra 45.000 dos americanos.

Enquanto as operações de limpeza da área prosseguiam em vários pontos, o Japão era submetido a um maciço bombardeio americano, que começou em outubro de 1944, das Marianas. Embora isolados de abastecimentos essenciais, e com sua produção de guerra dizimada, o país se recusou a capitular nos termos incondicionais dos Aliados. Finalmente, recorreu-se às novas bombas atômicas: uma foi lançada sobre Hiroxima em 6 de agosto, outra em Nagasáqui no dia 9. A 2 de setembro, a bordo do navio de guerra americano Missouri os japoneses capitularam.
 
 

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