domingo, 8 de abril de 2012

2° Guerra Mundial Parte 13 - A Normandia e a Libertação da França.

Olá Pessoal,
 
Nesse capítulo, vamos ler sobre a libertação da França. Essa operação foi chamada de Overlord pelas forças aliadas dos EUA e Inglaterra e teve início no dia 06 de Junho de 1944 "O DIA D".
 
Essa operação contou com 30.000 pára-quedistas, 150.000 homens transportados por 2700 embarcações. Foi uma operação de proporções épicas e que deu inicio a declínio militar alemão.
Para quem gosta desse tema, eu indico assistir a série "Band of Brothers" que na minha opinião é a melhor produção feita com o tema, além de ler os livros "O Dia D", "Band of Brothers" e "Soldados Cidadão", todos de Stephen E. Ambrose.
 
Uma Boa Leitura e até a próxima.
Bruno Mingrone
 
 
A Normandia e a Liberatação da França.
 
 
Invasão da Normandia no Dia D
Hitler, de seu lado, não deixara de antecipar a probabilidade de uma invasão da França, e havia destacado Rommel para defender a costa desde a Holanda até a Bretanha. Von Rundstedt, na qualidade de comandante supremo na França, controlaria as operações e manteria reservas móveis na retaguarda de Rommel. Armadilhas para tanques, casamatas e outras fortificações foram erguidas ao longo da costa, formando a “muralha do Atlântico”, mas os preparativos de Hitler foram obstruídos pela falta de informações quanto ao local onde ocorreria o impacto.

Na noite de 5 para 6 de junho, três divisões aliadas foram lançadas do ar sobre a Normandia: duas americanas, na base localizada na península de Cotentin, e uma britânica, mais para leste, perto de Caen. Sua missão era garantir as pontes e outros pontos vitais de comunicação atrás da linha costeira, a fim de retardar a chegada de reforços da Alemanha. Os alemães estavam completamente despreparados para essa manobra: primeiro, o tempo estava tão tempestuoso, que consideraram impossível um ataque; depois, haviam esperado desembarques na área de Calais-Dieppe (onde se encontravam as bases de lançamento das bombas V); e finalmente, nenhum dos comandantes alemães veteranos na área estava disponível. Essa combinação de circunstâncias significava que, no conjunto, a invasão da Normandia contava com um bom início. Depois de atingidos os objetivos dos pára-quedistas, 150.000 homens, transportados por 2.700 embarcações, começaram imediatamente a desembarcar, apoiados por um pesado bombardeio aéreo e naval. Os desembarques nas cinco praias escolhidas foram realizados com diferentes níveis de dificuldade: das duas praias americanas, a oeste, Utah apresentou um quadro mais feliz, e uma cabeça-de-ponte logo foi estabelecida com êxito; mas em Omaha a coisa foi diferente. Muitos dos tanques anfíbios afundaram antes de alcançar a praia; as forças germânicas na área eram fortes o suficiente para resistir; e houve um sério congestionamento na praia, além de dificuldade de movimento e manobra. Nas praias inglesas e canadenses, mais para leste - Gold, Juno e Sword - os desembarques ocorreram com facilidade, auxiliados por estratagemas como tanques equipados com manguais rotativos para abrir uma trilha através dos campos minados.

Com exceção da luta em Omaha, os alemães não opuseram nenhum contra-ataque real. Tinham muito poucos homens na região, muito poucos tanques, e a Luftwaffe foi completamente dominada pela RAF. Rommel sempre defendera o esmagamento de qualquer invasão às praias antes que os invasores pudessem ganhar um ponto de apoio, mas Von Rundstedt não concordava. De qualquer modo, seus superiores no Estado-Maior de Hitler persistiam na crença de que os desembarques na Normandia eram um engodo, e que a invasão principal deveria ser esperada em outro lugar qualquer. Assim, as tropas foram detidas.


Mapa da Operação Overlord sobre a invasão da Normandia

Nessas condições, as forças invasoras logo estabeleceram um firme ponto de apoio, e homens e máquinas continuaram a serem despejados na área. Depois de vinte dias, mais de 1 milhão de homens estavam em terra firme, e construíram portos artificiais para facilitar o descarregamento das enormes quantidades de provisões. Esses portos eram de dois tipos: os Groselha, feitos com alinhamentos de navios mercantes afundados; e os Amora, feitos com enormes pilastras de concreto pré-fabricado que eram rebocadas até o ponto certo e depois afundadas. Além disso, um oleoduto flexível, conhecido como Plutão, foi estendido ao longo da Mancha, para garantir um fornecimento constante de combustível.

Logo os exércitos começaram a avançar para o interior. Patton e o 3o Exército americano marcharam para o sul, através de St. Lo; depois a tropa se dividiu, uma ala marchando para sudoeste, rumo à Bretanha, a fim de desobstruir a área de possíveis forças alemãs, e a outra marchando para o sul e para leste, em direção de Paris. Enquanto isso os ingleses e canadenses eram detidos pelos alemães nas cercanias de Caen. Hitler viu nessa situação uma oportunidade para dividir ao meio as forças invasoras investindo através dos Avranches, na costa oeste, e assim separar o exército de Patton das forças aliadas ao norte. Mas esse contra-ataque realizado por quatro divisões Panzer foi contido, e em pouco tempo se transformou numa retumbante derrota. Patton seguiu para o norte, e os canadenses avançaram para o sul, visando a pegar os alemães pela retaguarda, mas, encontrando forte resistência, não puderam avançar tanto quanto o exército de Patton, o qual recebeu ordem de parar. Relutante, ele obedeceu, mas isso fez falhar o cerco pretendido. De qualquer modo, as tropas alemães em Falaise sofreram um terrível ataque e, embora uma parte dos efetivos tenha conseguido recuar para Paris, 50.000 homens foram feitos prisioneiros.

Em 19 de agosto as forças francesas de resistência levantaram-se contra os alemães em Paris, e no dia 25, depois da rendição do comandante alemão, o General de Gaulle proclamava a libertação da cidade, desfilando pela Avenue des Champs Élysées. A primeira ala das forças aliadas a entrar na cidade fora a França Livre, comandada pelo General Leclerc, chegando para apoiar os combatentes clandestinos.

Nesse meio tempo, os exércitos aliados estavam disparando através da França num vasto front, com o 21o Grupamento de Montgomery avançando ao longo da costa norte, tomando Le Havre, Boulogne, Calais e Dunquerque, e o 3o Exército de Patton rumando para leste, pelo centro. Montgomery defendia uma única investida concentrada no centro industrial alemão no norte, o Ruhr; Patton queria seguir para o Reno, ao sul de Frankfurt. O combustível e o transporte eram insuficientes para as duas operações. Eisenhower foi colocado face a uma traiçoeira decisão: que procedimento, ou que combinação de procedimentos, derrotaria mais depressa a Alemanha? Assumiu o risco: Montgomery poderia ter a parte do leão nos combustíveis até garantir a Bélgica e, portanto, o acesso à Alemanha. Então o impulso do leste, ao norte e ao sul das Ardennes, seria retomado. Patton, contrariado, anunciou sua intenção de prosseguir até que seus veículos ficassem sem combustível, o que aconteceu no Meuse em 31 de agosto. No dia 3 de setembro as forças de Montgomery tomaram Bruxelas e, no dia seguinte, Antuérpia. Patton então recebeu sua cota de combustível, mas a pausa em seu avanço dera tempo aos alemães para organizar alguma oposição, e os americanos foram obrigados a parar.

O estágio seguinte das operações de Montgomery no norte iniciou-se em 17 de setembro, quando ocorreram desembarques aéreos visando a garantir a ponte sobre o Reno, em Arnhem, e as pontes sobre o Maas e o Waal, em Eindhoven e Nijmegen. Os pára-quedistas em Eindhoven e Nijmegen atingiram com êxito os objetivos, mas os ingleses em Arnhem saíram-se pessimamente. O 2o Exército britânico, que deveria marchar para o norte a fim de se juntar a eles, foi detido, e após nove dias de luta contínua, sem qualquer apoio, os pára-quedistas que escaparam à morte, aos ferimentos ou à captura, recuaram. Dos 10.000 homens lançados, apenas 2.000 retornaram.

Nessa altura o avanço falhara em todos os fronts. Os alemães estiveram o tempo todo organizando e engrossando uma linha defensiva, e nem uma ofensiva aliada conjunta chegou a fazer grandes progressos. A contra-ofensiva de Hitler no final do ano deveria manter os Aliados na baía ainda algum tempo.

Fonte; www.segundaguerramundial.com.br

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