domingo, 3 de julho de 2011

A História do Videogame 1989-1990

1989

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Capa de "Tetris" da Tengen (Atari). Hoje, uma raridade para NES
A Atari descobre um meio de passar pelo chip de bloqueio do NES e lança jogos não autorizados pela Nintendo, sob a marca de Tengen.

Seguem-se inúmeros processos e recursos. A Atari ganha os direitos de lançar para o NES as versões de "Shinobi", "Alien Syndrome" e "Afterburner", todos da Sega, e conversões de arcades da própria Atari. As brigas continuam, desta vez envolvendo os direitos de "Tetris". A Atari criou uma versão com melhores gráficos para até dois jogadores, mas a Nintendo vence nos tribunais. Resta a Atari retirar seus cartuchos do mercado.

Um armazém da Tengen, abarrotado de jogos "Tetris", é destruído. Varejistas fazem a festa e vendem as cópias que têm por US$ 100.

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Game Boy começa sua carreira de sucesso nos EUA. "Tetris" e "Alleyway" são os primeiros jogos
A Nintendo lança o Game Boy nos Estados Unidos. Preço: US$ 149,95. O videogame portátil com imagens em preto-e-branco vinha com o cartucho "Tetris" e começou uma história de recordes. Versões de "Super Mario" o "Super Mario Land", um clone de "Breakout", "Alleyway" e um jogo de beisebol foram lançados rapidamente.

A NEC lança o PC Engine nos Estados Unidos com o nome de TurboGrafx-16, por US$ 189,95. Apesar das negociações com grandes softhouses no Japão, a NEC não tinha poder de fogo para combater o NES. O TurboGrafx 16 foi o primeiro console a ter CD-ROM, mas o número de títulos, nos Estados Unidos, era pequeno.

Enquanto a Nintendo, e outras empresas, tem problemas com a imprensa especializada - a Nintendo reluta em passar informações para veículos que não sejam seus, como a Nintendo Power. Já a NEC faz acordos com a Video Games & Computer Entertainment e a Sendai Publishing que anunciam a criação de uma revista especializada para TurboGrafx, com informações vindo direto dos relações públicas da empresa.

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Mega Drive chega aos Estados com novo nome: Sega Genesis. Gráficos de 'última geração' fazem do console 16-bits da Sega um sucesso
Ainda dependendo da Tonka e de uma filial pequena, mas em crescimento, a Sega lança o Genesis - Mega Drive para brasileiros e japoneses - nos Estados Unidos. No Japão, o console já tinha relativo sucesso. Ao preço de US$ 249,95, o Genesis vinha acompanhado de "Altered Beast". O marketing da Sega, que valorizava o potencial da máquina para conversões de arcades, ajudou o Genesis a ser um sucesso.

A Atari também lança um portátil, o Lynx, desenvolvido pela Epyx que já andava mal das pernas. Ainda assim, a Epyx lançou grandes jogos para o Lynx e a Atari fez conversões do 7800 e de seus arcades. Apesar de colorido e do bom hardware, o portátil da Atari não pegou. Além de mais caro que o Game Boy - custava US$ 179,95 -, o aparelho enfrentou os boatos de falência que envolviam sua criadora.


"GOLDEN AXE", "STRIDER", "MARIO" E OUTROS (1989-1990)

1990

"Super Mario Bros. 3", o jogo mais vendido de toda a história, é lançado. Apesar de enfrentar a concorrência do Mega Drive e do TurboGrafx, o NES teve o seu melhor ano. console contou com a ajudinha extra das softhouses que lançaram cartuchos com chips para que os gráficos fossem melhores.

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O Super Famicom causou filas no Japão, em 21 de novembro de 1990
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Game Gear, portátil da Sega com a tecnologia do Master System, saiu no Japão em 6 de outubro de 1990
No Japão, o Super Famicom, Super NES para os brasileiros e americanos, é lançado. O console de 16 bits da Nintendo, guardadas as devidas proporções, é que mais se parece com os videogames atuais. Acompanhado de "Super Mario World", o Super Famicom provocou filas gigantescas diante das lojas especializadas.

Nos EUA, a Nintendo briga na justiça com a rede de locadoras Blockbuster e defende a tese de que o aluguel de cartuchos derruba as vendas.

A SNK, que durante muito tempo desenvolveu jogos para NES, como a série "Ikari Warriors" e "Crystallis", lança seu sistema de 16 bits, o Neo Geo. A plataforma, com versões profissionais (arcade) e domésticas, era muito superior aos consoles existentes, tanto em desempenho quanto em preço. Os consoles da SNK custavam US$ 500; os cartuchos, US$ 150. Esses números nada convidativos mantiveram as vendas em baixa.

A Sega mantém a política de conversão de jogos do arcade para o Mega Drive. O console ganha versões de "E-Swat", "Afterburner II" e outros sucessos, além de garantir os direitos do fantástico, porém desconhecido, arcade "Strider", o primeiro jogo de console com oito megabits. A Capcom já havia lançado uma versão adaptada de "Strider" para o NES. Mas é a conversão da Sega é que se destaca, tanto que "Strider" ganhou títulos de melhor jogo do ano. No departamento de hardware, a companhia lança o portátil Game Gear, com a mesma tecnologia do Master System, em 6 de outubro no Japão. O aparelho chegaria ao Ocidente no ano seguinte.


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"Strider" para Mega Drive (Sega Genesis): melhor jogo de 90

Mais um portátil é lançado: TurboExpress, da NEC. O TurboExpress podia ser conectado a um sintonizador de TV. Na verdade, era um TurboGrafx portátil, com um ótimo monitor de cristal líquido. Preço: US$ 299,95. Pela segunda vez na história, um console vira portátil e, pela primeira vez, vem com monitor. O primeiro console a virar portátil foi o TV Boy, versão compacta do Atari 2600. Sem monitor e com entrada para cartucho, apesar de ter 100 jogos na memória, O TV Boy funcionava com pilha.

Fonte; UOL

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