domingo, 20 de novembro de 2011

Descobertos corpos de crianças sacrificadas há sete séculos no Peru


LIMA, Peru, 20 Nov 2011 (AFP) -Os restos de 44 crianças sacrificadas há  600 e 700 anos foram descobertos por arqueólogos peruanos perto de uma torre funerária pré-incaica do sítio arqueológico de Sillustani, em Puno - região andina do sul, informou o especialista Eduardo Arisaca.
"São crianças de até três anos e bebês de ambos os sexos, sacrificados entre 1.300 e 1.400 anos depois de Cristo. Foram enterrados em grupos dentro de cestas funerárias em volta da 'chullpa' (torre funerária) chamada lagarto", disse o arqueólogo em entrevista, neste domingo, à imprensa local.
Cada criança enterrada tem sobre o peito uma pedra de material vulcânico e, ao lado, várias oferendas de animais e cerâmicas, como cântaros e pratos, apresentando gravuras diferentes.
"Seus rostos estão dirigidos para o leste (de onde nasce o sol), e os crânios apresentam-se alargados por um tratamento prévio", disse Arisaca.
Segundo os primeiros estudos, os sacrifícios das crianças teriam sido produzidos num contexto de guerra, devido à iconografia dos objetos de cerâmica encontrados.
As 'chullpas' são torres funerárias de piedra da antiga cultura pré-incaica Kolla surgida às margens da lagoa Umayo, entre 1200 e 1450 da nossa era.

Fonte; Uol - www.uol.com.br

sábado, 19 de novembro de 2011

2° Guerra Mundial Parte 12 - A Retirada na Rússia

Olá Pessoal,
Nesse capítulo, vamos ver sobre a a derrota da Alemanha na Rússia, fato que marcou o inicio da derrota alemã na segunda guerra mundial.
Após as primeiras derrotas russas que causou a tomada de Stalingrado pelos alemães, os russos se reorganizaram em sucessivos contra ataques maçicos contra o exercito alemão que contaram também com o rigoroso inverno russo que dificultou o envio de armas e suprimentos da Alemanha para os soldados da frente oriental causando o colapso de suas tropas.
Boa Leitura,
Bruno Mingrone

A Retirada na Rússia


Cartaz russo conclamando para a guerra
O inverno de 1941 viu as forças de Hitler fora de Moscou e seu avanço na Rússia, vacilante. Foi quando planejou uma nova ofensiva para a primavera de 1942. Ao norte investiria novamente contra Leningrado, mas a ofensiva principal ocorreria ao sul, onde era necessário garantir os campos de petróleo do Cáucaso para abastecer de combustível o esforço de guerra da Alemanha. Essa investida deveria ser acompanhada e protegida por uma manobra de contornamento a sudeste, rumo à Stalingrado, a qual, se bem sucedida, isolaria as forças russas que rumavam para o Cáucaso.

Quem atacou primeiro, porém, foram os russos. A 12 de maio de 1942, uma grande força russa avançou para Karkov, mas o assalto foi vencido. No fim do mês, o General Timoshenko e 240.000 homens tinham sido aprisionados. Com os russos vacilantes, o 1o Exército Panzer de Kleist irrompeu pelo corredor Don-Donets em junho e, avançando, tomou a cidade-chave de Rostov, cortando o fornecimento de petróleo caucasiano dos russos. As forças de Kleist em seguida abalaram para o sul, mas pouco depois a falta de combustível e a região montanhosa retardaram o avanço, que foi detido em outubro.

Enquanto isso o General von Paulus e o 6o Exército alemão, marchando pelo corredor Don-Donets abaixo, tinham alcançado a curva do Don perto de Kalach, a apenas 64 km de Stalingrado, em 28 de julho. A 23 de agosto o ataque a Stalingrado, que acabaria por anunciar o fracasso do avanço alemão sobre a Rússia, foi desferido. Tomou a forma de um movimento de pinça, realizado pelo 6o Exército, do nordeste da cidade, e pelo 4o Exército, do sudoeste. Entretanto, os defensores mantiveram os dois braços da pinça bem separados, e os alemães responderam com um ataque direto do oeste. Essa combinação produziu um front semicircular, que gradualmente começou a convergir sobre a cidade, tornando-se cada vez mais apertado. Os russos estavam lutando de costas para o Volga, ali com 3,6 km de largura, e determinados a não ceder terreno. Os alemães lançaram ataque após ataque, mas quando o front se estreitou, ficou mais fácil para os russos enfrentar um assalto vindo de qualquer direção. Enquanto isso, o inexorável esforço alemão para executar o ataque exauria as reservas de homens e de máquinas da Alemanha, o que tornava suas forças de contornamento gradativamente mais fracas.

Em setembro a luta atingiu os subúrbios. A cidade fora reduzida a escombros pelo bombardeio alemão, mas seus habitantes e soldados não cediam. Construíram barricadas improvisadas nas ruas cobertas de destroços e puseram sentinelas nas casas em ruínas. Nos árduos combates de rua que se seguiram, os alemães se viram medindo em centímetros o progresso do seu avanço. O ataque a Stalingrado tornara-se uma batalha de desgaste, de pesadelo, mas era evidente que os defensores russos estavam perdendo terreno. Fazia-se necessário um contra-golpe, que logo ocorreu.

Nos dias 19 e 20 de novembro de 1942, duas colunas russas rumaram para oeste, partindo do norte e do sul da cidade, depois viraram para dentro, cercando hábil e completamente o exausto exército de von Paulus. Esse movimento clássico, planejado pelos generais Zukov, Vassilievski e Voronov, foi executado em 23 de novembro, acompanhado de um amplo cerco a oeste, visando a aparar qualquer possível investida alemã com a finalidade de socorrer o exército encurralado. O apelo que von Paulus dirigiu a Hitler, solicitando permissão para tentar uma retirada da cidade, foi sumariamente rejeitado, mas Manstein recebeu instruções para preparar uma operação de socorro. Na metade de dezembro, o exército do Don, de Manstein, apressadamente reunido, moveu-se do sul numa tentativa de se juntar ao 6o Exército de von Paulus, e penetrou a até 50 km do seu objetivo, mas foi forçado a parar pelos russos.

O destino do 6o Exército estava selado, agora, e uma vasta contra-ofensiva russa tomou corpo. Perdendo a supremacia, as forças alemães de repente se puseram em retirada. Os russos varreram-nas do corredor Don-Donets, ameaçando dividi-las no Cáucaso. Numa corrida desesperada para escapar antes que a passagem se fechasse, as tropas alemães se precipitaram do Cáucaso por Rostov, fugindo no final de janeiro de 1943, quando a porta fechava-se atrás deles.

A 10 de janeiro os russos tinham desferido um maciço ataque de cerco contra o exército encurralado em Stalingrado, e finalmente, no dia 31, apesar das instruções de Hitler no sentido de lutarem até a morte, Von Paulus capitulou. Seguindo a precipitada retirada do Cáucaso, a rendição em Stalingrado, quando 92.000 alemães se entregaram, reduziu a pedaços as ambições da Alemanha na Rússia, enquanto para o povo alemão o nome de Stalingrado passava a simbolizar ruína e insensatez. Ao norte, igualmente, a Alemanha sofreu um revés, e Hitler, um golpe em seu orgulho, quando as forças russas finalmente conseguiram abrir uma brecha no cerco alemão a Leningrado e levar suprimentos à cidade assediada, embora mais um ano devesse passar antes que o cerco fosse finalmente rompido.

Katyucha, conhecido como "orgão de Stalin", poderosa arma russa.

Fevereiro de 1943 viu a continuação das ofensivas russas em diferentes pontos do setor sul, culminando com uma arremetida ao sul, no final do mês. Isso representou outra tentativa de separar as forças alemães no sul, mas um contragolpe dos alemães restabeleceu parcialmente a sua posição; em seguida houve uma pausa de três meses. Durante esse período Hitler se concentrou em organizar e reparar seu exército, preparando-se para uma nova ofensiva.

Ele tinha poucas dúvidas quanto ao que seria o objetivo; na realidade, esse objetivo, o convidativo bojo da saliência de Kursk, era tão óbvio para os russos quanto para ele. Planejou atacar a saliência e cercar as forças russas que lá se encontravam com outro envolvimento clássico pelo exército de Manstein vindo do norte e de Von Kluge vindo do sul.

A operação iniciou-se em 5 de julho, mas nenhuma das duas alas atacantes foi capaz de realizar uma penetração decisiva. Os russos haviam espalhado minas em profusão pelo caminho e estabelecido fortes posições de defesa em antecipação aos movimentos de Hitler. Depois de uma semana, tornou-se claro para Manstein e Von Kluge que suas perdas iam num ritmo que não podiam acompanhar, e Von Kluge começou a recuar. Os russos então desferiram uma investida à saliência adjacente do Orel, dominada pelos alemães, em 12 de julho, forçando os alemães para trás. As forças em retirada resistiram por todo o caminho e, quando tentaram firmar-se em posições a leste do Dnieper, sua linha de frente se tornara tão delgada devido às perdas na luta contínua, que fracassaram. Tivessem conduzido uma rápida retirada após o colapso de suas posições em torno do Orel, e teriam sido capazes de se entrincheirar a leste do Dnieper e deter o avanço russo.

Mapa do avanço alemão na URSS.
Em 6 de novembro os alemães perderam Kiev, e no inverno e na primavera seguintes o avanço russo foi acelerado tanto no setor sul quanto no norte. Em janeiro de 1944 Leningrado foi libertada; em abril chegou a vez da Criméia. Em junho os russos desencadearam uma ofensiva com 166 divisões ao norte dos pântanos do Pripet, cronometradas para coincidir com a invasão da Normandia e assim provocar uma pressão máxima em todos os fronts. Num movimento de pinças, em Minsk, que representava uma barreira vital e um importante centro de comunicações, 100.000 alemães foram encurralados.

Em agosto as forças russas atingiram o Vístula. Avançaram tanto e tão depressa, que suas comunicações e linhas de abastecimento se tornaram praticamente intermitentes, permitindo que os alemães se reagrupassem. No fim de agosto as tropas russas no setor sul atravessaram a Romênia, encurralando o 6o Exército alemão, que perdeu vinte divisões. Em seguida lançaram suas divisões motorizadas sobre a Europa oriental, alcançando Budapeste em novembro, onde foram detidas por tropas alemães e húngaras.

No final de 1944, a linha de frente russa se estendia da fronteira oriental da Prússia Oriental, via Varsóvia e Budapeste, até o lago Balaton. Em janeiro de 1945 desferiram uma nova ofensiva que rompeu a linha em todos os setores, e no fim de fevereiro, os exércitos russos do centro haviam alcançado a linha Oder-Neisse, dentro da Alemanha, onde os alemães, à custa de suas defesas ocidentais, conseguiram detê-los. O fim não estava muito longe.

Fonte; http://www.segundaguerramundial.com.br/

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Proclamação da República do Brasil

Olá Pessoal,

Hoje é o aniversário de de 122 anos da proclamação da República do Brasil, fato que ocorreu em 15 de Novembro de 1889 pelo Marechael Deodoro da Fonseca que posteriormente se tornou o primeiro Presidente do Brasil.

Aproveitando a data, vou dar uma pausa na história da 2° Guerra Mundial e postar um pequeno resumo de todos os acontecimentos que antecederam a proclamação de república e o próprio ato da problamação da república.

Boa Leitura,
Bruno Mingrone


A Proclamação da República

Marechal Deodoro da Fonseca
Juntamente com a agitação abolicionista da década de 1870, chegou também ao Brasil a propaganda republicana. Durante a década de 1880, a idéia de República angariou simpatizantes no país, mas em número menor que o abolicionismo, e num ritmo muito mais lento. Somente após o fim da escravidão, ela entrou na ordem-do-dia. Os primeiros a engrossar as fileiras do novo grupo foram os cafeicultores, revoltados com a monarquia. Responsabilizavam o governo imperial pela perda dos escravos, sem indenização.

Depois da Lei Áurea, de 13 de maio de 1888, os líderes do setor cafeeiro rapidamente se uniram aos idealistas do Partido Republicano, fundado havia quase duas décadas. Até então, a agremiação contava apenas com militantes jovens e idealistas. Mas o partido não decolou. Durante dez anos, seu desempenho eleitoral foi pífio: não conseguia eleger seus candidatos à Câmara e ao Senado.

Escravos no Exercito

Entretanto, durante nos anos 1880, a política não era feita somente na Assembléia, mas também nos quartéis. O Exército foi uma instituição que saiu fortalecida da Guerra do Paraguai. Literalmente, os soldados tinham sido os salvadores da pátria. Para a tarefa, contribuíram milhares de escravos incorporados às tropas. Os negros formaram a maioria dos batalhões brasileiros naquele momento.

Para não morrer nos campos de batalha, os aristocratas tinham o direito de mandar os escravos em seu lugar. Além disso, para aumentar o número de recrutas, o governo ofereceu liberdade aos escravos que fossem guerrear. Aproximando-se dos soldados nas dificuldes da guerra, os oficiais desenvolveram simpatia pelo abolicionismo. Com isso, mais um elemento veio afastar o Exército da monarquia.

Oficiais sem dinheiro e sem prestígio

Outro motivo de insatisfação com o governo era a origem social da maioria dos comandantes: as classes sociais médias. Para seus membros, a carreira militar parecia uma oportunidade de subir na vida. Entretanto, os oficiais estavam ganhando pouco. Além disso, não tinham sequer a contrapartida do prestígio social ou do poder político.

Nessas circunstâncias, uma grande solidariedade conquistou a oficialidade do Exército, unindo-a entre si e com as tropas e evidenciando diferenças entre o militar e o civil. Nos quartéis, o poder dos civis logo passou a ser questionado. Em 1886, as opiniões dos militares chegaram às ruas através dos jornais.

A Questão Militar

No Piauí e no Rio Grande do Sul, respectivamente, os coronéis Cunha Matos e Sena Madureira atacaram o ministro da Guerra, Afredo Chaves, um civil. Estava aberta uma série de desentendimentos com o governo, que ficou conhecida como Questão Militar.

O Império puniu com a prisão os dois coronéis, lembrando que, de acordo com a Constituição, a participação na política interna do Brasil não era um dever do Exército. Em 1887, depois de outros atritos entre os militares e o Ministério da Guerra, foi fundado o Clube Militar, uma entidade que passou a funcionar como órgão político e porta-voz da categoria. Para a sua presidência, elegeu-se uma das maiores lideranças militares do país: o marechal Deodoro da Fonseca.

Na queda de braço do coronel Sena Madureira com o ministro da Guerra, Deodoro tinha ficado ao lado do coronel. Desde então, passou a ser cortejado tanto pelos oficiais insatisfeitos com a monarquia, quanto pelos republicanos. Como militar, efetivamente não aprovava as atitudes do governo em relação aos militares. Mas não identificava o governo com a monarquia, nem com a pessoa do imperador - a quem respeitava e de quem era amigo.
 
Propaganda Republicana
 
Para a maioria dos militares, o Império talvez devesse chegar ao fim, mas a República podia esperar pela morte de Pedro 2º O respeito ao "velhinho" retardou o rompimento definitivo entre os oficiais e a monarquia. Por isso, a ação dos grupos republicanos ligados aos cafeicultores passou a atacar o imperador através de sua herdeira, a Princesa Isabel.

A sucessão e o futuro reinado foram transformados em fantasmas assustadores pela propaganda republicana. A idéia de uma mulher no trono causava arrepios na mentalidade machista da época. Para piorar, pairava sobre a princesa Isabel a figura do conde D'Eu, antipático e estrangeiro. Em surdina, começou a conspiração que iria derrubar a monarquia.

Desgastado com o poder econômico dos cafeicultores, com a opinião pública e com os militares, o Império tentou promover reformas na ordem política. Em junho de 1889, formou-se um novo ministério, que tinha em sua presidência Afonso Celso de Assis Figueiredo, o visconde de Ouro Preto - que já havia prestado relevantes serviços ao governo no passado. A ele caberia solucionar os problemas sociais e garantir a sucessão da monarquia.

Visconde de Ouro Preto

Ouro Preto tentou resolver a questão militar enfraquecendo o Exército. Procurou distribuir as tropas pela imensidão do território nacional e transferiu comandantes e líderes para lugares afastados. Promoveu uma política de valorização de outros grupos armados, como a Polícia e a Guarda Nacional, além de criar a Guarda Cívica e a Guarda Negra, formada por antigos escravos.

Em contrapartida, os republicanos espalharam o boato de que o governo pretendia acabar com o Exército. Não existia nenhuma evidência nesse sentido, mas o boato incendiou os quartéis. Na manhã de 15 de novembro de 1889, sob o comando do marechal Deodoro, tropas revoltadas saíram às ruas para derrubar o ministério de Ouro Preto. Os soldados teoricamente leais ao governo nada fizeram em sua defesa. Ao contrário, seu comandante, Floriano Peixoto, simplesmente disse que não poderia lutar contra brasileiros.

Após depor Ouro Preto, Deodoro se recolheu em sua casa, pois estava doente. Ao deixar o palácio, escutou um soldado gritar "Viva a República", respondeu: "Cale a boca, rapaz!". Deodoro pretendia esperar a volta do imperador ao Rio de Janeiro, para discutir com ele a situação. Dom Pedro 2º estava em Petrópolis, alheio a todos aqueles acontecimentos. Ao receber as notícias pelo telégrafo, voltou às pressas à corte, para tentar formar um novo ministério. Não houve tempo.

 
Proclamação da República

Entre a queda do ministro Ouro Preto e a volta de dom Pedro 2º ao Rio, enquanto republicanos e líderes militares se perguntavam o que fazer, a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro decidiu proclamar a República por conta própria. A Câmara do Rio, evidentemente, não tinha nenhuma autoridade para falar em nome do Brasil, mas, naquele momento de confusão, seu pronunciamento foi seguido pelos republicanos, com o apoio armado do Exército.

Formou-se então um governo provisório, cuja chefia foi entregue ao marechal Deodoro da Fonseca. Informado de que dom Pedro 2º pretendia compor um novo ministério que teria como presidente um inimigo pessoal seu, o marechal aderiu à causa republicana, de que até aquele instante fora um simples instrumento.

Dom Pedro II Rumo ao Exílio

D. Pedro II
No dia seguinte, no Paço da Cidade, dom Pedro 2º foi notificado de que a monarquia já não era a forma de governo em vigor no Brasil. Como Ouro Preto, o imperador também estava deposto e intimado a deixar o país em 24 horas. O governo provisório tinha providenciado um navio para transportá-lo para o exílio, em Portugal. Dom Pedro 2º não se opôs, declarando aceitar a vontade da opinião pública nacional.

O navio partiu na madrugada de 17 de novembro. O horário foi escolhido para evitar manifestações populares favoráveis ao imperador. Um forte esquema de segurança foi montado na cidade para acompanhar a família imperial a bordo. Embora fosse improvável que o povo se levantasse para defender dom Pedro 2º, a República preferia não arriscar. Na verdade, o povo estava à margem dos acontecimentos, mas isso não impedia que manifestasse sua opinião, como nos versinhos abaixo, que circularam no Rio de Janeiro pouco depois do embarque do ex-soberano:

"Partiu dom Pedro Segundo
Para o reino de Lisboa.
Acabou a monarquia
E o Brasil ficou à toa."

A avaliação que o escritor Lima Barreto fez do episódio também merece ser transcrita:

"Uma rematada tolice que foi a tal república. No fundo, o que se deu em 15 de novembro foi a queda do Partido Liberal e a subida do Conservador, sobretudo da parte mais retrógrada dele, os escravocratas de quatro costados".
 
Fonte; Uol Educação - http://educacao.uol.com.br/
 

Aconteceu Hoje na História - 15 de Novembro


15 de Novembro de 1938 - É Travada a Batalha de Ebro.

Foi a mais longa e dura batalha da guerra civil espanhola. Teve lugar no território compreendido entre Mequinenza (Z.) e Tortosa (Tarragona), ao oeste da linha do rio Ebro (Espanha), no dia 15 de novembro de 1938, entre as Forças Rebeldes Espanholas, dirigidas pelo militar Rafael García Valiño e o Exército da República Espanhola, comandadas pelo militar Juan Modesto. Esta sangrenta batalha resultou num total de 7 mil mortos das forças rebeldes e 10 mil dos representantes da II República Espanhola, aproximadamente mais de 70 mil feridos, 25 prisioneiros e 120 aviões derrubados. A tropa das forças rebeldes alcançou a vitória e com ela o domínio de Mequinenza e Tortosa.



15 de Novembro de 1989 - No Centenário de República, Brasil vai as Urnas para Eleger um Presidente.

Após quase 30 anos, o povo brasileiro voltava às urnas para eleger democraticamente um presidente da república. No emblemático dia 15 de novembro, de 1989, no centenário da república, aproximadamente 82 milhões de brasileiros foram às urnas para o primeiro pleito presidencial após a eleição de João Goulart, em 1961, e que seria deposto três anos depois por um golpe militar. Os três principais candidatos desta histórica eleição eram Fernando Collor de Mello, Luís Inácio Lula da Silva e Leonel Brizola. A votação foi para o inédito segundo turno, com a disputa entre Collor e Lula, com o primeiro garantindo a maioria dos votos com 53% contra 46,9%.



15 de Novembro de 1991 - Termina a Guerra entre União Soviética e o Afeganistão.

A invasão soviética ao Afeganistão, também conhecida como Guerra Afegã-Soviética, foi um conflito armado de treze anos entre as forças soviéticas no apoio ao governo marxista do Partido Democrático Popular do Afeganistão (PDPA) contra os rebeldes fundamentalistas islâmicos, principalmente os muyahidines. Este confronto começou em 1978. Ao longo do século XIX, o território do Afeganistão se viu severamente ameaçado pelos britânicos e pelos russos, que buscavam apoderar-se da região. No dia 15 de novembro de 1991, uma delegação de rebeldes do Afeganistão e das autoridades soviéticas chegaram a um acordo para por fim a treze anos de guerra e preparar eleições democráticas. Esta invasão teve outras conseqüências bastante significativas. Por exemplo, quase 60 países se negaram a participar nos Jogos Olímpicos de 1980 realizados em Moscou e no período da invasão, milhares de afegãos buscaram refúgio nos países vizinhos. Foi realizada uma feroz resistência contra os russos nas cordilheiras afegãs.

Fonte; Seu History - http://www.seuhistory.com/

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Aconteceu Hoje na História - 14 de Novembro

14 de Novembro de 1918 - É Fundada a República da Checoslováquia.

A Checoslováquia foi um país da Europa Central que existiu entre 1918 e 1992 (com exceção do período durante a Segunda Guerra Mundial). No dia 1º de janeiro de 1993 foi dividida pacificamente em dois países: República Checa e Eslováquia. Ambos os países fazem parte da União Européia (UE) desde 2004. A Checoslováquia foi fundada em 14 de novembro de 1918 como um dos estados sucessores do Império austro-húngaro ao término da Primeira Guerra Mundial. Consistiu nos territórios atuais da República Checa, Eslováquia e (entre 1939 e 1945) Rutênia de Cárpato (brevemente independente como Cárpato-Ucrânia). Seu território incluia algumas das regiões mais industrializadas do antigo Império austro-húngaro. Foi uma república democrática e próspera durante o período de entre guerras, porém se caracterizou por problemas étnicos devido ao fato de que as duas maiores minorias étnicas (alemães e eslovacos) não ficaram satisfeitas com a dominação política e econômica dos checos, e também pelo fato de que a maioria dos alemães e húngaros da Checoslováquia nunca estiveram de acordo com a criação do novo estado.



14 de Novembro de 1921 - Princesa Isabel Morre no Exílio na Europa.

Uma das mulheres de destaque na história do Brasil, a princesa Isabel morreu no dia 14 de novembro de 1921, durante seu exílio na Europa. Conhecida pela sua luta pelo fim da escravidão no Brasil, ela decretou, no dia 13 de maio de 1888, por meio da Lei Áurea, o fim do trabalho escravo no país. Milhões de escravos foram libertados após mais de três séculos de uso desse tipo de mão de obra. Por ter acabado com a escravidão no Brasil , que atingiu 12 milhões de africanos, o papa João XIII ofereceu à princesa a comenda da Rosa de Ouro. Anos antes, ela já tinha sancionado a Lei do Ventre Livre, no dia 28 de setembro de 1871, que consistiu no passo para a extinção da escravidão. Por esta lei, todos os filhos de escravos nasciam livres. A princesa Isabel foi regente do Império em três ocasiões, sempre durante viagens do imperador Dom Pedro 2º para a Europa. Fato raro na época, a princesa Isabel só teve o seu primeiro filho, Pedro de Alcântara, 11 anos após seu casamento, em 1864, com Gastão de Orléans, o conde d'Eu. Depois, nasceram outros dois filhos: Luiz Maria Felipe e Antônio Gusmão Francisco. Com a proclamação da República, em 1889, a família real deixou o Brasil para se exilar na Europa. A princesa Isabel viveu os seus últimos dias em Paris, com grandes dificuldades de locomoção no final de sua vida. Um curiosidade é o tamanho do seu nome completo: Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon d'Orléans. A princesa nasceu no dia 29 de julho de 1846, no Rio de Janeiro.

Fonte; http://www.seuhistory.com/

2° Guerra Mundial Parte 11 - O Brasil na Guerra

Olá Pessoal,

Esse é um capítulo especial pois fala sobre o papel do Brasil na Segunda Guerra Mundial. A política de Getúlio Vargas no começo de guerra era de pura neutralidade.

Getúlio via nessa neutralidade, a possibilidade de manter um comercio forte com todas as potencias envolvidas no conflito. Porem com o ataque japonês a base de Pearl Harbor, os Estados Unidos fizeram uma forte pressão no governo brasileiro para que Getúlio se definisse a favor dos aliados.

Após o torpedeamento de 5 navios mercantes brasileiros por submarinos alemães, o governo brasileiros declarou estado de beligerância contra as potências do Eixo em 22 de Agosto de 1942.

Quero nesse capítulo, render uma homenagem a três soldados brasileiros que se depararam com uma patrulha alemã na Itália e ao invés de se renderem, combateram os alemães até o ultimo cartucho de munição e morreram bravamente.

Os alemães, admirados com a coragem e resistência dos brasileiros, enterraram os 3 soldados em covas rasas com uma placa escrita; "Drei brasilianische helden". que na tradução significa; "Três heróis brasileiros".

Fica aqui a homenagem do blog 'Um Aprendiz de História" não só para os 3 brasileiros, mas para todos os praças que lutaram e morreram em combate na Segunda Guerra Mundial.

Os 3 soldados brasileiros mortos pelos alemães.
Boa Leitura,
Bruno Mingrone

O Brasil na Guerra

Insignia do Brasil com o lema da FEB
"A cobra vai fumar"
No início do conflito o Brasil procurou ficar neutro, mantendo uma posição de equilíbrio entre as grandes potências, segundo a política externa de Getúlio Vargas. No entanto, com o ataque japonês a Pearl Harbor no final de 1941 e as pressões que vinha sofrendo por parte dos Aliados para que se definisse a seu favor, o governo brasileiro rompeu relações com o Eixo no começo de 1942. Em agosto desse ano, em vista do torpedeamento de cinco navios brasileiros por submarinos alemães, nosso governo decidiu, no dia 22, declarar-se em estado de beligerância contra a Alemanha e a Itália.

A 23 de novembro de 1943 foi então criada a Força Expedicionária Brasileira, englobando a recém-criada 1a Divisão Expedicionária e elementos do Corpo de Exército e dos Serviços Gerais, num total de 25.334 homens, comandados pelo General-de-Divisão João Baptista Mascarenhas de Morais.

Depois de meses de preparativos, os transportes para a Itália deram-se entre 2 de julho de 1944 e 8 de fevereiro de 1945. Juntamente com a FEB seguiu o 1o Grupo de Caças, esquadrão aéreo composto de 42 oficiais e pilotos e 400 homens de apoio, equipados com 28 aviões P-47 Thunderbolt.

Desembarcadas em Nápoles, as tropas brasileiras seguiram depois para a região de Pisa, na província de Toscana, centro-norte do país, onde iniciaram suas operações de guerra. Dali se concentraram na região dos Apeninos, entre os rios Arno e Pó (províncias de Toscana e Emília), estendendo-se as operações, mais tarde, até o Piemonte, no norte da península.

General alemão se rendendo aos soldados
brasileiros na Itália.
A 5 de agosto de 1944 o 1o escalão da FEB é incorporado ao 5o Exército americano, comandado pelo General Mark Clark. Decidiu-se que a nossa Força Expedicionária (Grupamento Tático) ficaria agregada ao 4o Corpo de Exército, com exceção do Q-G Divisionário, ficando o comando do grupamento, do General Zenóbio da Costa, subordinado ao daquele Corpo de Exército a 13 de setembro de 1944.

Em 16 de setembro o Destacamento da FEB (Grupamento Tático) deslocou-se de Vada a Vecchiano, tomando posse da linha Monte Comunale-Il Monte. Aí se dão as primeiras vitórias brasileiras, com a ocupação de Massarosa e Bozzano. A 18 o General Zenóbio decidiu ocupar Camaiore. Dali lançou-se todo o contingente à conquista das elevações que dominam a rodovia La Rena-Gattoria. Assim conseguiu o destacamento cerrar os prováveis postos avançados do sistema defensivo dos Apeninos, a linha Gótica. A 26 de setembro o General Zenóbio, num avanço de 18 km, resolve atacar as posições inimigas em Monte Prano.

Em 28 de setembro o 4o Corpo de Exército ordena ao General Zenóbio que prossiga até Castelnuovo di Garfagnana, pelo vale do rio Sachio. Porém, com a ocupação das localidades de Fornaci e Coreglia Antelminelli e a captura de uma fábrica de munições e acessórios para aviões, aquela ordem foi suspensa.

Em outubro de 1944 o General Dutra visita o teatro de operações da Itália e recebe a direção temporária do 6o Corpo de Exército Provisional, composto do Destacamento FEB e de um grupamento tático americano, a Task Force 45.

                     Filme feito pelos EUA sobre a entrada do Brasil na guerra
 

A 30 de outubro os brasileiros conquistaram La Rochette, Lama di Sotto, Lama de Sopra, Prodescello, Pian de los Rios, Colle e o monte San Quirico. Esse avanço encerra a primeira parte da operação relativa a Castelnuovo de Garfagnana, chegando-se a 4 quilômetros da posição inimiga.

Nesse mesmo dia o General Mark Clark reúne todos os comandantes de tropas em seu QG de Passo de la Futa. Então, a 1a Divisão de Infantaria Expedicionária é incorporada ao 4o Corpo de Exército, substituindo os exaustos elementos da 1a Divisão Blindada americana.

No dia 21 de fevereiro de 1945, depois de uma série de marchas e contramarchas, com vitórias parciais e derrotas, a 10a Divisão de Montanha, recentemente chegada, apoderou-se de Monte Belvedere, ao passo que a 1a DIE lançava nova investida sobre Monte Castelo, capturando-o. Aos poucos, a 10a Divisão de Montanha conquista o monte Della Toraccia, graças à tomada de La Serra pela 1a DIE. A 5 de março de 1945 são conquistados, por fim, os montes Della Castellana e de Castelnuovo, possibilitando a abertura da estrada Porreta Terme-Marano ao tráfego aliado.


                   Vídeo contando sobre a FEB na 2° Guerra Mundial                                  

Tendo em vista completar a ruptura da linha inimiga a oeste do rio Reno, em 16 de abril a 10a Divisão e a 1a Divisão Blindada apoderam-se das regiões de Vergato e Tole, chegando ao vale do Pó. No dia 21 as tropas brasileiras apoderam-se ainda de Montese e depois Montello e Zocca. A partir daí coube ao 4o Corpo de Exército cerrar sobre o vale do Pó. Em 28 de abril os brasileiros intimaram a 148a Divisão de Infantaria alemã a se render em Fornovo, aprisionando 14.779 soldados inimigos.

No fim de abril, com os Aliados rompendo todas as linhas inimigas, vem a derrocada final dos alemães na Itália. A 1a DIE ocupa então as localidades de Piacenza e Alessandria, enquanto a 1a Divisão Blindada toma Novara e segue para Turim, onde o 75o Corpo de Exército alemão, comandado pelo General Joseph Pemsel, se rende. A última etapa da jornada, a 2 de maio, culminou na ligação do Grupamento 11, brasileiro, com a 27a DI francesa em Susa, próximo à fronteira francesa.

Em 29 de abril chegavam emissários dos generais alemães Vietinghoff-Scheel e Wolff, levando os termos da rendição. Finalmente, a 2 de maio de 1945, em Florença, é assinada a capitulação incondicional dos alemães pelo General von Senger und Etterlin e o General Mark Clark.


domingo, 13 de novembro de 2011

Aconteceu Hoje na História - 12 de Novembro

12 de Novembro de 1803 - O Haiti torna-se Estado independente

A luta pela independência do jugo francês no Haiti, se desenvolveu em várias etapas. Na primeira, os grandes proprietários de terra, os escravos, os comerciantes e os brancos pobres -chamados petits blancs- se solidarizaram com o movimento revolucionário que havia estourado na metrópole e formaram uma assembléia local que reivindicava o fim do pacto colonial. Em uma segunda etapa, os mulatos livres começaram a apoiar a revolução metropolitana, acreditando que com isso obteriam dos brancos residentes na colônia a plena igualdade de direitos para os homens livres, independentemente da etnia. Contudo, em 1790 os plantadores brancos reprimiram ferozmente as reivindicações dos libertos. E estes, por sua vez, não tiveram alternativa senão se aliar, um ano depois, com dois grupos de escravos sublevados ou marrons. Finalmente se conseguiu a unidade de negros e mulatos. Logo após uma série de campanhas, estes obrigaram as tropas francesas a capitular; e assim foi proclamada a independência, no dia 12 de novembro de 1803. Desta forma o Haiti se converteu no primeiro Estado independente da América Latina. Dessalines, um escravo nascido em uma plantação do Norte, tornou-se o chefe do recente Estado haitiano. Depois de seu primeiro ano de mandato, decidiu proclamar-se a si mesmo Imperador do país com o nome de Jacques I. O imperador deu a seu governo uma forte marca nacionalista, mas ao mesmo tempo buscou consolidar seu poder pessoal criando um Estado autocrático, similar ao que nascia na França nesta época.

Fonte; http://www.seuhistory.com/

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

2° Guerra Mundial Parte 10 - Luta na Itália - (1943 - 1945)

Olá Pessoal,

Nesse capitulo vamos ver sobre a luta na Itália que ocorreu de 1943 à 1945. A estratégia inicial defendida pelos americanos após a vitória na África do Norte era iniciar o desembarque na Normandia imediatamente.

Porem Churchill defendia a ideia de iniciar uma invasão na Europa através da Itália no qual Churchill considerava o "ponto fraco da Europa", assim abriria um novo front conforme Stalin queria para poder desviar o poderio alemão da Rússia.

O resto vocês conferem abaixo!!...rs

Boa Leitura,

Bruno Mingrone


Luta na Itália - (1943 - 1945)

Vários fatores contribuíram para a decisão aliada de invadir a Sicília e a península italiana. Quiseram garantir suas comunicações no Mediterrâneo; formar um segundo front, conforme Stalin solicitava, que desviasse as forças alemães do front russo; e fazer pressão sobre os italianos e alemães, de modo que os preparativos para os planejados desembarques na Normandia pudessem ser completados.

Depois da vitória final na África do Norte, os americanos insistiram para que o desembarque na Normandia ocorresse o mais depressa possível, mas Churchill estava convencido de que uma rápida investida contra o que chamava de “o ponto fraco” da Europa poderia ter um efeito decisivo, e os planos para a campanha na Itália foram avante. O supremo comandante das operações era Eisenhower, com Alexandre como vice, enquanto os exércitos ingleses e americanos eram comandados por Montgomery e Patton, respectivamente.

A campanha acabou tendo êxito, embora atrasada e com conseqüências menos significativas do que as desejadas. Entre as razões do seu sucesso nas fases iniciais estavam o fato de Hitler e Mussolini terem enviado tropas em excesso para a África do Norte nos estágios finais da campanha do deserto e depois não as terem evacuado de volta para a Itália; a relutância de Mussolini em aceitar auxílio alemão para a defesa da Itália; e a própria extensão da linha costeira, indo da Grécia ao Atlântico, que Hitler tinha que defender.

Mussolini e Hitler planejando a desefa da Itália

As operações se iniciaram com um assalto na Sicília, a 9 de julho de 1943, realizado por tropas americanas e inglesas lançadas do ar. Infelizmente houve tempestades e o assalto foi dispersado, com muitos planadores carregados de tropas acabando no mar, mas essa natureza casualmente dispersa do ataque causou o feliz efeito de provocar confusão entre os defensores. O principal ataque marítimo começou no dia seguinte, 10 de julho. As forças britânicas comandadas por Montgomery desembarcaram na extremidade sudeste da Sicília, enquanto o exército americano de Patton desembarcava na costa sul, cerca de 32 km para oeste. A resistência italiana aos desembarques foi facilmente superada, e ambas as alas logo estavam avançando para o interior. Montgomery dirigiu-se para  Messina. Patton, enquanto isso, fez seus homens contornar a costa oeste e depois rumar para leste, tomando Palermo. As tropas americanas foram as primeiras a entrar em Messina, a 17 de agosto, quando as forças remanescentes alemães e italianas já tinham atravessado o estreito, retirando-se para a península.

A queda da Sicília acabou pondo fim à vontade do povo italiano de continuar participando da guerra. Mussolini foi deposto por um golpe de Estado e seu regime fascista caiu instantaneamente. A 3 de setembro, dia em que o 8o Exército de Montgomery desembarcou na ponta da bota italiana, os italianos assinaram um armistício com os Aliados. Entretanto, os alemães estavam resolvidos a dar prosseguimento à luta e já havia tropas se movimentando para a Itália e para o sul, pois Hitler não deixara de prever o colapso da resistência italiana.

Os desembarques no sul da Itália, na ponta e no calcanhar da bota, depararam com pouca resistência. Tarento foi tomada a 9 de setembro, o valioso porto de Bari no dia 22, e as forças britânicas moveram-se firmemente, ainda que com lentidão, para o norte. Mas essa operação era diversionária, destinada a iludir os alemães, pois o desembarque principal deveria ocorrer em Salerno, na costa oeste, seguido de um avanço sobre Roma. A 9 de setembro, o General Mark Clark, comandando o 9o Exército, desembarcou em Salerno e encontrou uma resistência alemã tão forte que, numa determinada altura, começou a considerar a possibilidade de se retirar das praias. Os alemães não tinham sido enganados pelos desembarques no sul, e lutaram furiosamente para deter o estabelecimento de uma cabeça-de-ponte e subseqüentes incursões para o interior. Porém, ajudadas por uma barragem naval altamente eficaz efetuada por pesados canhões navais ao largo (incluindo os devastadores canhões de 381 mm dos navios de guerra britânicos Warspite e Valiant), as forças de Clark foram capazes de passar, e na primeira semana de outubro tinham atingido o rio Volturno, ao norte de Nápoles, que passou para as mãos dos Aliados. Aqui os alemães se detiveram algum tempo, antes de recuar para a linha Gustav, uma barreira defensiva ligeiramente mais para o norte, que o comandante alemão, Marechal-de-Campo Kesselring, erguera às pressas. A fortaleza nessa linha, que corria da costa oeste até leste, era Monte Cassino, guardando a vital Rodovia 6, que levava a Roma. Aqui o avanço aliado foi detido, e houve um embate que deveria durar até a primavera de 1944. Os Aliados desferiram assaltos a vários pontos da linha em novembro e dezembro, mas todos falharam, com pesadas perdas.

O próximo esforço de peso para desalojar os alemães de suas posições ocorreu em janeiro de 1944. No dia 12 desse mês foi desfechado um assalto importante contra a fortaleza de Cassino e outros pontos ao longo da linha Gustav; no dia 22 as forças aliadas fizeram um desembarque em Anzio, na costa oeste, atrás da linha Gustav. O plano era que os homens de Anzio atacassem Cassino pela retaguarda e ajudassem as forças provenientes do sul, que marchavam igualmente sobre Cassino, a atravessar a defesa. Entretanto, a manobra falhou. O ataque contra Cassino foi rechaçado e a força de Anzio, cercada pelos alemães, foi empurrada para trás, rumo ao mar, embora tenha dado um jeito para agüentar até a eventual tomada de Cassino, que ocorreria em maio.

A 11 de maio, após meses de preparativos, os Aliados desfecharam um ataque final contra a linha Gustav. O front não tinha menos que 21 quilômetros de largura, e essa tática pegou os alemães de surpresa. No dia 18, o regimento polonês capturou a fortaleza de Cassino e expulsou os defensores alemães do entulho a que fora reduzido o mosteiro em ruínas; no dia 23 os alemães abandonaram a linha Gustav. A tropa de Mark Clark em Anzio agora podia prosseguir da sua longamente defendida cabeça-de-ponte, e era intenção de Alexandre que essa tropa avançasse para leste, a fim de rodear as forças alemães que estavam deixando a linha Gustav. Clark, porém, tinha outras idéias. Separando apenas uma divisão para tentar o cerco, efetuou uma conversão para o norte, com quatro divisões, e dirigiu-se para Roma, onde seus homens entraram em 4 de junho, depois de Kesselring tê-la declarado cidade aberta, preferindo isso a vê-la destruída em combate.

Mapa da Sícilia com a posição das tropas aliadas e do eixo

Dois dias após a entrada em Roma, em 6 de junho, começou a invasão da Normandia. A campanha italiana tivera um êxito limitado no seu objetivo de tornar Hitler incapaz de organizar sua resistência no norte da França, e em si mesma só produziu resultados desapontadores.

Os fatos que se seguiram à captura de Roma não contribuíram em nada para diminuir o desapontamento dos Aliados. As forças de Kesselring defenderam cada centímetro do caminho por onde os Aliados avançaram, e embora Alexandre tivesse pretendido alcançar a próxima linha defensiva alemã, a linha Gótica, em 15 de agosto, sua ofensiva contra essa linha não foi aberta antes do dia 25. Fez-se um progresso muito lento, e após meses de luta, por volta do Natal de 1944, a ofensiva se exauriu. Os Aliados continuaram na defensiva a fim de organizar forças para uma investida maior na primavera. Essa investida ocorreu na metade de abril, e no final desse mês, com a linha rompida e a maior parte das forças alemães cercada, a resistência chegou ao fim. A 2 de maio de 1945 os alemães capitularam.

Fonte; http://www.2guerra.com.br/

Aconteceu Hoje na História - 11 de Novembro


11 de Novembro de 1821 - Nasce o escritor russo Fiódor Dostoiévski.

No dia 11 de novembro de 1821, nascia em Moscou, na Rússia, o escritor Fiódor Dostoiévski, um dos grandes nomes da literatura mundial do século XX. Dostoiévski desistiu da carreira de engenheiro para se tornar escritor. Em 1849, foi preso por fazer parte de um grupo de discussão radical e foi condenado à pena de morte. Contudo, foi perdoado no último momento e, durante quatro anos, realizou trabalhos forçados na Sibéria. Por conta disso, passou a sofrer de epilepsia e experimentou um aprofundamento da sua fé religiosa. Mais tarde, publicou e escreveu para vários periódicos, produzindo seus melhores romances. Seus livros abordam temas como a fé, sofrimento e o sentido da vida. Seus textos são famosos por sua profundidade psicológica, discernimento e seu tratamento quase proféticos sobre questões de filosofia e política. Pobre gente, seu primeiro romance, em 1846, foi seguido no mesmo ano pelo O duplo: poema de Petersburgo. Recordação da casa dos mortos (1862) é baseada em sua prisão, e O jogador (1866), em seu próprio vício em jogo. Seus livros mais conhecidos são as Notas do Subterrâneo (1864), Crime e Castigo (1866), O Idiota (1869), Os demônios ou Os possessos (1872), e Os Irmãos Karamazov (1880), que incide sobre o problema do mal, a natureza da liberdade, e o desejo dos personagens em algum tipo de fé. Dostoiévski morreu no dia 9 de fevereiro de 1881, em São Petersburgo, na Rússia.

Fonte; http://www.seuhistory.com/

quinta-feira, 10 de novembro de 2011


Polônia reabre investigações sobre crimes da era nazista


VARSÓVIA (Reuters) - A Polônia reabriu as investigações sobre os crimes cometidos no campo de extermínio nazista de Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial, em um esforço para rastrear os empregados sobreviventes do acampamento antes que morram.

Até 1,5 milhão de pessoas, a maioria judeus, pereceram nas mãos dos alemães nazistas em Auschwitz, perto da cidade de Cracóvia, no sul da Polônia, durante a guerra que terminou em 1945.


Portão de Entrada de Auschwitz, a mensagem diz; "O trabalho liberta".

Na era do pós-guerra comunista, Varsóvia abriu investigações para crimes cometidos em Auschwitz, mas encerrou a iniciativa na década de 1980 porque interrogar testemunhas e perpetradores que moravam no exterior era muito difícil em um momento em que a Polônia fazia parte do bloco soviético.

"Nós não excluímos a possibilidade de encontrar vivos os ex-funcionários do campo de concentração Auschwitz-Birkenau", disse Piotr Piatek, do Instituto Nacional de Lembrança da Polônia (IPN, na sigla em inglês), à agência de notícias estatal PAP nesta quinta-feira.

"Neste caso, eles podem ser acusados de crimes contra a nação polonesa", disse ele.

O IPN é uma instituição estatal que investiga crimes das eras comunista e nazista e pode processar aqueles que considera terem cometido "crimes contra a nação".

Não ficou imediatamente claro se a investigação reaberta cobriria outros campos de extermínio nazistas que operavam em solo polonês durante a guerra.


Linha do trem que levava prisioneiros judeus polonoses para Auschwitz. Ao fundo a entrada de Auschwitz. 

Grupos judaicos saudaram o anúncio feito nesta quinta-feira pelo IPN.

"(Nós) saudamos esse esforço para tardiamente levar à Justiça e à conscientização pública os autores dos crimes monstruosos que os nazistas infligiram na consciência do mundo há mais de meio século", disse Elan Steinberg, de uma organização de sobreviventes do holocausto.

"Não é só a Justiça que está sendo servida, mas os valores da educação e da lembrança que vão dar sentido a isso."

(Por Gareth Jones)

Fonte; Reuters

Aconteceu Hoje na História - 10 de Novembro

10 de Novembro de 1483 - Nasce Martínho Lutero

Martinho Lutero nasceu em Eisleben (Alemanha) no dia 10 de novembro de 1483. Foi um teólogo, frade católico agostiniano, reformador religioso, e em cujos ensinamentos se inspirou a Reforma Protestante. Inaugurou a doutrina teológica e cultural denominada luteranismo e influenciou as demais tradições protestantes. Sua exortação para que a Igreja regressasse aos ensinamentos da Bíblia impulsionou a transformação do cristianismo e provocou a Contra Reforma. Suas contribuições à civilização ocidental foram além do âmbito religioso, já que suas traduções da Bíblia ajudaram a desenvolver uma versão padrão da língua alemã e se converteram em um modelo na arte da tradução. Seu casamento com a monja alemã Catalina Bora, no dia 13 de junho de 1525, iniciou um movimento de apoio ao matrimônio sacerdotal dentro de muitas correntes cristãs.



10- de Novembro de 1937 - Getúlio Vargas Instaura o Estado Novo no Brasil

No dia 10 de novembro de 1937, Getúlio Vargas declarou, em pronunciamento à nação pelo rádio, que o Brasil estava sob um novo regime de governo, o Estado Novo. Caracterizado pela centralização do poder, nacionalismo, anticomunismo e pelo autoritarismo, o Estado Novo durou até 1945, quando Getúlio foi desposto pelas Forças Armadas. A chegada de Getúlio ao poder também foi por meio de um golpe e, praticamente, não houve reação contrária. Na época, o ambiente político brasileiro era bastante delicado. Havia comoção popular por causa do Plano Cohen (um suposto plano comunista para a tomada de poder no Brasil), instabilidade política causada pela Intentona Comunista e o medo de novas revoluções comunistas. Assim que tomou o poder, Getúlio Vargas fechou o Congresso Nacional e acabou com os partidos políticos. Ele outorgou uma nova constituição, que lhe concedia controle total do poder executivo, e previa um novo Legislativo. Durante sua permanência no poder, contudo, nunca foram realizadas eleições democráticas. Uma das características do governo de Getúlio Vargas foi a busca de uma identidade nacional para o Brasil. O conceito de "antropofagia cultural", tema da Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo, foi ampliado durante o seu governo. Por meio do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, planejado por Mário de Andrade e colaboradores como Carlos Drummond de Andrade, Oscar Niemeyer, Lúcio Costa e Cândido Portinari, pela primeira vez, a identidade racial brasileira foi definida como a mistura de três raças e culturas pelo governo.

Fonte; http://www.seuhistory.com/

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

2° Guerra Mundial Parte 9 - A Batalha do Atlântico

Olá Pessoal,
Nesse capítulo, vamos ver sobre a batalha do Atlântico. Essa batalha durou por praticamente toda a guerra e o objetivo de Hitler, era cortar o envio de suprimentos e armas de guerra do Canadá e Estados Unidos para a Inglaterra e seus aliados.

A frota alemã, comandada pelo Almirante Doenitz ( que após o suicídio de Hitler, seria o novo Fuhrer conforme seu próprio testamento) causou grandes perdas aos aliados, mas logo o poderio da Kriegsmarine alemã mostrou-se insuficientemente desenvolvida para uma vitória completa.
Boa Leitura,
Bruno Mingrone


A Batalha do Atlântico

 Karl Doenitz
O objetivo estratégico de Hitler na batalha do Atlântico era interromper, na maior escala possível, os fornecimentos de provisões e material bélico da Inglaterra e seus aliados. Foi sua unidade de submarinos, habilmente comandada pelo Almirante Doenitz, que atingiu o maior grau de êxito, mas, felizmente para os ingleses, Hitler e Raeder, o chefe da sua Marinha, persistiram longo tempo na crença de que os grandes navios de superfície eram de importância superior, resultando disso que, até que fosse tarde demais, a força submarina nunca foi suficientemente desenvolvida para conseguir uma vitória completa, embora em março de 1943 a posição aliada fosse extremamente precária.

A luta perdurou por toda a guerra, atingindo o auge entre a metade de 1942 e a metade de 1943. Começou a 3 de setembro de 1939, quando o navio de longo curso Athenia foi afundado por um submarino alemão. No final do mesmo ano, 114 embarcações britânicas e neutras totalizando 420.000 toneladas, tinham sido postas a pique, entre elas o porta-aviões Courageous e o navio de guerra Royal Oak, este último afundado em Scapa Flow pelo submarino alemão U-47, num audacioso ataque noturno.

Nesse meio tempo, os navios alemães de superfície não corresponderam às expectativas: em dezembro, o esplêndido navio de guerra Graf Spee era condenado à morte na desembocadura do rio da Prata e afundado; o Deutschland (depois Lützow) causou pequena impressão em suas incursões pelo Atlântico Norte; e os dois cruzadores de batalha Scharnhorst e Gneisenau fizeram apenas uma breve incursão de reconhecimento.

Iniciando a guerra com uma força submarina de apenas 56 barcos, a Kriegsmarine alemã viu esse número crescer resolutamente, enquanto os comboios aliados permaneciam desesperadamente privados de escolta. A situação foi um pouco abrandada pela entrada em ação, na primavera de 1940, das primeiras corvetas, mas o risco para a navegação aliada redobrou com a queda da França em junho de 1940. Quando isso aconteceu, o Canal da Mancha deixou, naturalmente, de ser seguro, e as rotas de navegação no Atlântico logo foram igualmente ameaçadas por novas bases de submarinos, estabelecidas pelos alemães em Brest, Lorient e outros portos da costa atlântica francesa. Submarinos transoceânicos passavam a poder operar em mais profundidade, no Atlântico, do que as escoltas de destróieres para os comboios de longo curso, e Doenitz não demorou a se aproveitar desse ponto fraco no sistema de comboio.

Cartaz da Kriegsmarine
A única rota que permanecia aberta para os comboios com destino à Inglaterra, ou regressando de lá, passava pelos acessos norte-ocidentais - contornando o norte da Irlanda - , mas nem essa rota escapou aos ataques dos bombardeiros de longo alcance Focke-Wulf Kondor, com bases na Noruega e na França. Em setembro de 1940, Churchill, sem esperanças de reforçar as escoltas de comboios, fez um acordo de concessão de crédito com Roosevelt, segundo o qual a Inglaterra passava a usar 50 destróieres da Primeira Guerra Mundial, com quatro canhões, da reserva naval americana, que foram enviados para bases no lado oposto do Atlântico; mas ainda havia muito pouca escolta, e em outubro de 1940 submarinos alemães afundaram um total de 350.000 toneladas de embarcações, a cifra mais alta até então.

O mau tempo trouxe ao combate um período de calmaria, durante o inverno de 1940-41, mas na primavera Doenitz renovou a ofensiva com uma nova tática devastadora. Começou a desdobrar grupos de submarinos no que foi designado como “matilhas de lobos”. Os membros da matilha se espalhavam e patrulhavam uma vasta área até que um deles localizasse um comboio. Esse submarino então chamava os outros pelo rádio e, depois de todos  se reunirem, a matilha fazia um ataque de superfície, à noite. Sua velocidade em superfície superava a da maioria das escoltas de comboio, mas o mais importante era que o aparato de escoltas de Asdic era incapaz de detectar a presença deles. As matilhas de lobos atacaram noite após noite, retirando-se durante o dia e causando efeitos devastadores, mas felizmente Doenitz não os tinha em quantidade suficiente. De qualquer modo, em março de 1941, vários submarinos, atacantes de superfície (o navio de guerra ligeiro Admiral Scheer e os cruzadores pesados Scharnhorst e Gneisenau) e muitos aviões reivindicavam entre si o afundamento de mais de 500.000 toneladas de navios aliados.

Em maio do mesmo ano ocorreu um dos grandes últimos confrontos de navio a navio. O magnífico navio de guerra alemão Bismarck, em companhia do novo cruzador Prinz Eugen, navegava pelo Atlântico à procura de vítimas. Localizados, o cruzador de batalha britânico Hood e o navio de guerra Prince of Wales partiram em seu encalço para interceptá-los. A 24 de maio entraram em combate, e o potente Hood, de 42.000 toneladas, com oito canhões de 381 mm, foi explodido pela primeira salva do Bismarck, enquanto o Prince of Wales era danificado o suficiente para ser forçado a parar. O Bismarck fôra atingido duas vezes pelo Prince of Wales e tinha um vazamento de combustível; assim, fez meia volta, visando a rumar para um porto atlântico francês, e, após repetidos ataques de bombardeiros britânicos decolados de porta-aviões (dos quais apenas um acertou o alvo, e com um tiro bem fraco), escapou aos atacantes. Alguns dias depois foi novamente localizado e mais uma vez atacado por torpedeiros. Desta vez foi atingido por dois tiros, um dos quais emperrou seus lemes. Deixado sem controle mas aparentemente impossível de ser afundado, foi alvejado primeiro por obuses dos navio de guerra Rodney e King George V, e depois torpedeado pelo Dorsetshire, até que deslizou por sob as ondas. O Prinz Eugen, que o acompanhava inicialmente, conseguiu seguir a salvo para Brest, mas a destruição do Bismarck representou o fim dos esforços alemães para vencer a Batalha do Atlântico com navios de superfície.

Mapa dos comboios de suprimentos e armas no Atlântico
Logo, em março de 1941, a Lend-Lease Bill foi assinada. Segundo seus termos, a Inglaterra podia solicitar armas e provisões sem pagamento imediato. Isso, junto com a ampliação unilateral que os Estados Unidos fizeram da chamada “Zona de Segurança” ao largo da sua costa ocidental (dentro da qual os submarinos tinham que respeitar a neutralidade da navegação americana) e sua decisão de fornecer apoio atlântico à navegação aliada, indicou aos alemães que os americanos estavam se tornando bem menos do que neutros. Essas medidas, porém, melhoraram consideravelmente as chances dos comboios aliados no Atlântico, e quando a Marinha Real Canadense começou a oferecer escoltas até o sul da Islândia, finalmente um sistema de escolta transatlântica contínua entrou em operação.

Pelo final de 1941, as perspectivas pareciam mais animadoras, embora ainda houvesse deficiência de aviões de longo alcance para missões de proteção a comboios, e os submarinos, agora sendo produzidos com cascos soldados a pressão em lugar dos antigos blindados e rebitados, estavam se tornando mais difíceis de afundar. No entanto, os acontecimentos deveriam dar uma guinada, e para pior. Depois que a América entrou na guerra, em resposta ao bombardeio de Pearl Harbor em dezembro de 1941, a Zona de Segurança deixou de existir. Doenitz não demorou a perceber que agora poderia fazer inúmeras vítimas ao largo da costa ocidental americana, e as cifras de 500.000 toneladas postas a pique em fevereiro de 1942 e 700.000 em junho testemunham o sucesso dessa nova ofensiva. Em agosto de 1942, mais de trezentos submarinos estavam em serviço, e em novembro, apesar da introdução de aparelhos de radar de 10 centímetros e de equipamento HFDF (que podia localizar um submarino por transmissões de rádio), os Aliados sofreram a perda de 729.000 toneladas.

Planta do Submarino Alemão U-47
No começo de 1943, porém, os Aliados tinham finalmente desenvolvido o que se revelou ser um sistema de contra-ataque verdadeiramente eficaz e, o que talvez tenha sido mais importante, aviões Liberator de longuíssimo curso se tornaram disponíveis, afinal, para missões de escolta de longo alcance. Embora em março se tenham perdido 627.000 toneladas de embarcações, as cifras de abril e maio mostraram um progressivo e impressionante declínio. Em maio, Doenitz calculou que para cada três submarinos que tinha no mar, perdia um, e a 23 de maio, vendo que não resistiria a tais perdas por muito tempo, ordenou a seus submarinos que se retirassem do Atlântico Norte.

Embora a campanha continuasse até o fim da guerra, em junho de 1943 a construção de novos navios mercantes tinha finalmente superado as perdas, e a batalha estava ganha.

Aconteceu Hoje na História - 07 de Novembro

07 de Novembro de 1811 - É Travada a Batalha de Tippecanoe

A Batalha de Tippecanoe teve como data o dia 7 de novembro de 1811 e foi um confronto entre o exército dos Estados Unidos da América liderado pelo militar William Henry Harrison, governador do território de Indiana, contra os guerreiros da confederação dos povos indígenas aliados, sob o comando de Tecumseh, líder da tribo dos Shawnee. O confronto aconteceu nos arredores de Prophetstown, perto da atual Battle Ground, Indiana. Embora o exército de Harrison tivesse sofrido um maior número de baixas, apesar de contar com um contingente superior de homens, a batalha foi interpretada como uma importante vitória política e simbólica para as forças norte-americanas. A Batalha de Tippecanoe foi um sério golpe para o sonho de Tecumseh, mas apesar disso continuou representando um importante papel nas operações militares na fronteira. Foi somente depois da morte de Tecumseh em 1813, durante a batalha do Thames, que sua confederação deixou de ameaçar a expansão dos colonos. Quando William Henry Harrison se apresentou como candidato a Presidente dos Estados Unidos da América durante as eleições de 1840 utilizou como slogan a frase "Tippecanoe and Tyler too" ("Também Tippecanoe e Tyler") para lembrar às pessoas seu papel nessas duas batalhas. Esta mesma frase deu lugar a uma canção que foi muito popular durante tais eleições.



07 de Novembro de 1905 - Explode a Revolução Russa

 Revolução Russa explodiu no dia 7 de novembro de 1905, e representou um dos mais importantes fatos ocorridos na época e um dos mais violentos de todos os tempos. Foi uma revolta antigovernamental e espontânea, generalizada em todo o Império Russo. Aparentemente não teve direção ou controle, nem tampouco objetivo algum reconhecido. É geralmente considerada como o ponto de partida das mudanças políticas, econômicas e sociais na Rússia. Seu impacto foi palpável tanto na América como na Europa. Ainda que a Revolução não tivesse feito expandir o comunismo como efeito imediato, deu a outros países convulsos do terceiro mundo um exemplo a seguir. Com a Revolução Russa o proletariado se ergueu como condutor do conjunto dos oprimidos e instaurou sua dominação política assentando as bases de um novo regime social, sem exploradores nem explorados, abrindo um novo horizonte histórico para a humanidade.



07 de Novembro de 1993 - Ayrton Senna Vence sua Última Corrida

No dia 7 de novembro de 1993, o piloto brasileiro Ayrton Senna conquistou a sua última vitória na Fórmula-1 ao vencer o GP de Adelaide, na Austrália, o último da temporada. A prova também foi a despedida de Senna da equipe McLaren. O brasileiro, que já havia vencido o mundial de F-1 três vezes - 1988, 1990 e 1991 - largou na pole e praticamente não teve dificuldades em vencer a corrida, deixando para trás o seu eterno rival Alain Prost, que se sagrou campeão mundial daquele ano e terminou a corrida na Austrália na segunda colocação. Senna conquistou a sua 41ª vitória, nos 158 grandes prêmios que havia disputado até então.


Fonte; http://www.seuhistory.com/

domingo, 6 de novembro de 2011

Obrigado, meu Blog está na lista semanal do TOP 30!

Valeu Pessoal,

Graças aos votos de vocês meu blog entrou na lista semanal dos TOP 30. Continuo contando com vocês para ajudarem a divulgar e acompanhar o blog e a votarem também né?





Muito Obrigado,
Bruno Mingrone

sábado, 5 de novembro de 2011

2° Guerra Mundial Parte 8 - A Guerra do Deserto

Olá Pessoal,

Nesse capitulo, vamos ver sobre a Guerra do Deserto que praticamente foi o inicio da entrada da Itália na guerra. O ditador italiano Benito Mussolini, ao ver que a França estava praticamente dominada pela Alemanha e a Inglaterra então estaria praticamente sozinha na guerra, viu a oportunidade perfeita para a entrada da Itália no teatro de guerra visando aumentar o território ultramarino italiano.

O que a Itália não contava é que mesmo com um exercito maior e mais bem equipado do que o britânico, sofreria tantas perdas para os ingleses do general Wavell. somente em 3 batalhas, foram feitos 115 mil prisioneiros italianos.

O situação só começou a mudar para o lado italiano, quando Hitler envia o general Erwin Rommel mais tarde conhecido como "Raposa do Deserto" para ajudar os italianos. O resto da história vocês podem conferir abaixo.

Boa Leitura,
Bruno Mingrone


A Guerra no Deserto (1940 - 1943)

Erwin Rommel
Na altura em que a batalha na França já podia ser considerada como oscilando decisivamente a favor de Hitler, a Itália entrou na guerra, conduzida por Benito Mussolini. Viu que a França logo cairia e que a Inglaterra seria, portanto deixada sozinha numa posição vulnerável - um momento ideal, pensou ele, para depô-la de sua posição no Mediterrâneo e na África e para aumentar as possessões ultramarinas da Itália.

Nessa altura, também, um pequeno exército britânico no Egito, comandada pelo General Sir Archibald Wavell, defrontou-se com uma força italiana na Cirenaica, comandada pelo Marechal Graziani, muitíssimo superior numericamente. Antes que Graziani tivesse tempo para organizar uma ofensiva, Wavell moveu-se no Egito num ataque-relâmpago que iria acarretar resultados de largo alcance num espaço de tempo bem curto - o tipo de ação, aliás, que iria caracterizar os oscilantes sucessos de ambas as partes na guerra do deserto. Movendo-se em direção à fronteira egípcia, as forças de ataque britânicas, inclusive a 7ª Divisão blindada, que ganharia o apelido de Ratos do Deserto, tomou o forte Capuzzo aos italianos em 14 de junho de 1940. Graziani reagiu contra a ameaça avançando para o leste a 13 de setembro e estabelecendo uma cadeia de acampamentos em torno de Sidi Barrani, contra quais Wavell ordenou ao general O’Connor que investisse. A 7 de dezembro começaram os ataques britânicos aos acampamentos, com os tanques Matilda do 7º Regimento Real de Tanques na vanguarda, e em três dias os italianos estavam debandando, sendo aprisionados 40.000 deles. Esse sucesso retumbante foi seguido pela captura da fortaleza italiana de Bardia, no litoral, onde 45.000 italianos foram aprisionados, e, mais tarde, por uma investida para o oeste, que culminou com a captura do porto-chave de Tobruk, a 21 de janeiro de 1941, e de mais de 30.000 prisioneiros. Durante toda a campanha, os tanques Matilda desempenharam um papel crucial.

Enquanto isso, O’Connor estava necessitando desesperadamente de reforços e novo equipamento, mas a mente de Churchill estava fixada no envio de tropas para ajudar os países balcânicos a resistir contra a Itália e Alemanha, e os reforços foram negados. Entretanto, O’Connor recebeu permissão para avançar para oeste, com a finalidade de tomar o porto de Benghazi. À medida que o avanço prosseguiu, o reconhecimento de terreno revelou que os italianos estavam se aprontando para partir de Benghazi rumo a El Agheila, pela estrada litorânea, e apesar de seus recursos exauridos, O’Connor audaciosamente resolveu tentar separá-los avançando para o interior e interceptando-os quando contornassem o promontório. Os Ratos do Deserto investiram através do deserto. Tomaram posição em Beda Fomm, e em  6 de fevereiro os italianos em retirada foram desbaratados, 20.000 deles caindo prisioneiros.

Com as forças italianas em confusão, as perspectivas de finalmente expulsá-los da África do Norte por meio de um avanço sobre Trípoli eram excelentes, mas Churchill, ainda convencido de que os conflitos nos Bálcãs era de maior importância, ordenou que seus homens fizessem alto. O fato seguinte, funesto para os ingleses, foi a chegada do General Erwin Rommel, mais tarde conhecido como “Raposa do Deserto”, para apoiar as forças italianas na Líbia. Chegou a 12 de fevereiro e sua presença se revelou tão decisiva que, pela metade de abril, a força britânica toda, com exceção da guarnição retida em Tobruk, fora empurrada para trás, de volta à fronteira egípcia. Vendo que o avanço inglês fora detido, Rommel decidiu, ainda que dispondo de forças bastante inadequadas, tomar a ofensiva. Rapidamente retomou a garganta de El Agheila e tocou para Benghazi, que também retomou. Em 14 de abril assediou Tobruk, que foi corajosamente defendida pela 9a Divisão australiana, comandada pelo General Leslie Morshead; não conseguiu atravessar as defesas e, na terceira semana de maio, o cerco foi levantado.

Então planejou avançar sobre o Egito, mas seus pedidos de reforços foram negados porque Hitler estava dando prioridade à invasão da Rússia. O resultado foi que a Alemanha perdeu uma oportunidade perfeita de conseguir uma vitória decisiva e expulsar a Inglaterra da África do Norte.


Mapa com as posições das tropas do Eixo e dos aliados em Al Alamein

Havia pouco tempo, porém, para uma mudança de opinião, pois Wavell acabava de receber o auxílio por que esperava tanto tempo. Com suas ambições balcânicas frustradas, Churchill enviou um comboio à África do Norte através do perigoso Mediterrâneo, conduzindo um grande carregamento de novos tanques. Quando chegaram, organizou-se um contra-ataque britânico. A 13 de maio Wavell desencadeou a Operação Brevidade, destinada a reunir-se à guarnição sitiada de Tobruk e socorrê-la. Não teve êxito, e no final do mês os ingleses estavam de volta ao Egito mais uma vez. Depois, na metade de junho, ocorreu a Operação Arpão, uma tentativa de peso para recuperar a iniciativa, mas no decorrer da campanha os ingleses perderam 91 tanques contra doze alemães, e também esta operação fracassou.

Churchill agora estava totalmente resolvido a vencer a campanha do deserto, e despejou homens e equipamentos na região. Wavell foi substituído pelo General Sir Claude Auchinleck, e prepararam-se planos para a ofensiva seguinte, a Operação Cruzada, que foi desencadeada na metade de novembro. Compreendia um movimento duplo: uma força deveria se ocupar das tropas de fronteira de Rommel; a outra, contornar-lhe o flanco, destruir os blindados, e avançar sobre Tobruk. Em suas tentativas de abater os blindados altamente móveis de Rommel, a força de contornamento se dispersou, mas conseguiu atingir Sidi Rezegh, 20 km a sudoeste do perímetro de defesa de Tobruk. Aqui ocorreu uma importante batalha de tanques, que resultou na vitória de Rommel, embora com o sacrifício de setenta preciosos tanques. Enquanto os ingleses se recuperavam do impacto, Rommel atacou repentinamente pela retaguarda, visando a cortar as comunicações dos adversários. Moveu-se velozmente em direção à fronteira egípcia, mas o ataque perdeu grande parte da sua potência devido à dificuldade de comunicações e à deficiência de combustível, e Rommel acabou fazendo meia volta. Os ingleses em seguida manobraram para investir rumo a Tobruk, e Rommel recuou para a garganta de El Agheila,  chegando lá em janeiro de 1942.

Uma vez em El Agheila, recebeu novos tanques e equipamento, e a 21 de janeiro moveu-se para leste novamente, tomando Benghazi e logo alcançando os limites de Gazala, 80 km a oeste de Tobruk. Depois de uma luta feroz, a fortaleza britânica em Gazala caiu, e Rommel rumou para Tobruk, que tomou em junho, junto com 35.000 prisioneiros e grande quantidade de valiosas provisões. Para os ingleses isso representou um desastre que perdeu apenas para a capitulação de Cingapura, ainda mais que logo se viram em plena retirada para o Egito, com Rommel em furiosa perseguição. Nessa precipitada corrida para leste, Rommel cruzou a fronteira egípcia e empurrou os ingleses até uma distância de apenas 100 km de Alexandria.

Aqui, em El Alamein, os ingleses contra-atacaram. As tropas de Rommel estavam cansadas, suas provisões, terminando, e seus tanques, reduzidos em número, mas o ataque britânico não foi de porte suficiente para transformar o avanço alemão em retirada. Entretanto, a vantagem acabou ficando com os ingleses, pois embora suas perdas quase se igualassem às de Rommel, podiam arcar com elas, enquanto ele não - e o avanço foi realmente detido.

No começo de agosto de 1942, o General Bernard Montgomery voou para substituir Auchinleck. Resolveu não empreender qualquer ação ofensiva até ter tempo de organizar uma força para uma vitória decisiva, mas a 30 de agosto Rommel, agora contando com reforços, atacou a posição britânica na cordilheira de Alan Halfa. Foi incapaz de fazer o avanço que planejara e finalmente foi forçado a recuar, devido à deficiência de combustível. Montgomery resolver não dar seguimento a uma tentativa de golpe de misericórdia, preferindo continuar seus preparativos para uma ofensiva posterior, mas a Batalha de Alan Halfa, que fôra bem conduzida e de bom desempenho, representou para os ingleses um grande reforço de autoridade, enquanto finalmente tirava a iniciativa a Rommel à força.

Em 23 de outubro, Montgomery estava pronto, e a Segunda Batalha de El Alamein começou. Rommel estava doente e suas forças eram numericamente bem inferiores, tanto em terra quanto no ar. A batalha abriu com um maciço fogo de barragem combinado com bombardeio às posições do Eixo, mas a primeira investida britânica, a Operação Carga, foi bloqueada, e Montgomery pôs em ação a Operação Supercarga, um ataque de front limitado desferido contra a fraca divisão italiana de Trento, no centro, que pegou Rommel de surpresa. A 4 de novembro as defesas do Eixo foram rompidas e Rommel começou a recuar. Embora Montgomery tenha saído em seu encalço, as tropas de Rommel escaparam e logo estavam de volta à garganta de El Agheila.

A campanha da África do Norte entrava agora em nova fase, a final. A vitória inglesa em El Alamein fôra decisiva, e Rommel viu que dali em diante não poderia fazer outra coisa senão tentar conter o avanço britânico por tanto tempo quanto possível. Juntando-se a essa pressão do leste, ele agora tinha que fazer frente a uma ameaça do oeste, pois tropas britânicas e americanas haviam desembarcado no Marrocos e na Argélia a 8 de novembro, no primeiro estágio da Operação Tocha.


Durante toda a campanha russa, Stalin fizera pressão para que Churchill e Roosevelt abrissem um segundo front e assim desviassem pelo menos uma parte da atenção e do esforço alemães do front russo. Depois de algumas discussões, duas possibilidades vieram à tona: uma invasão na Normandia, que era o que Roosevelt preferia fazer; e desembarques na África do Norte, pelo que Churchill optava. Escolheu-se a primeira possibilidade, mas quando Rommel irrompeu no Egito no meio de 1942, Churchill conseguiu convencer Roosevelt das sérias implicações da ameaça de Rommel ao Canal de Suez, e elaboraram-se então planos para desembarques na África do Norte, sob o codinome de Operação Tocha.

O desembarque ocorreu em Casablanca, Orã e Argel. A resistência das forças francesas de Vichy foi superada ou evitada, mas isso retardou o começo das operações na Tunísia por tempo suficiente para que as tropas do Eixo na região fizessem movimentos ofensivos bem sucedidos e estabelecessem excelentes posições defensivas contra os assaltos aliados do leste e oeste. Os Aliados não queriam prosseguir antes de se reforçarem completamente, mas quando chegou dezembro eles viram que as forças do Eixo tinham sido consideravelmente aumentadas, e isso, junto com o começo do mau tempo, atrasou o avanço na Tunísia até fevereiro de 1943.

Rommel, cujos homens estavam guardando os acessos a leste, percebeu que, se os alemães não tomassem a ação ofensiva, as tropas aliadas logo os encurralariam, sem esperanças,  pelos dois lados, e imediatamente pleiteou uma ofensiva a oeste, onde os Aliados eram mais fracos. Mas o comandante alemão a oeste, General von Arnim, fez um ataque muito tímido, que não conseguiu deter o avanço inimigo, e Rommel foi forçado a correr em seu auxílio. Estava começando a fazer algum progresso contra o adversário (tomando o passo de Kasserine), quando teve que correr para leste a fim de desviar uma ameaça de apoio por parte das tropas de Montgomery. Chegou tarde demais, porém, e gradualmente os exércitos do Eixo foram empurrados de ambos os lados para o norte da Tunísia. Hitler recusou-se a sancionar uma evacuação ao estilo de Dunquerque, e a 12 de maio de 1943 todas as tropas do Eixo capitularam. A guerra na África do Norte tinha chegado ao fim. Mussolini fracassara totalmente na obtenção dos territórios que tanto cobiçara no começo; Churchill, enviando reforços em 1941, para impulsionar a Operação Cruzada, fizera isso às custas da força britânica no Extremo Oriente, contribuindo indiretamente, talvez, para o desastroso colapso da resistência britânica em Cingapura; e Hitler, enviando vastos reforços a seus exércitos combatendo na Tunísia, e deixando de evacuá-los antes que fosse tarde demais, fez com que a Sicília e a península italiana ficassem desprovidas de tropas para repelir os desembarque aliados, oferecendo condições para o primeiro estágio da conquista da Europa pelos Aliados.

Fonte; www.segundaguerramundial.com.br